Dilma perdeu. Projeto do PT também.
Há certas coisas das quais não se pode fugir, não se consegue escapar.
Uma delas é escrever em um blog opinativo um texto sobre a queda da (agora ex)
presidente (com “e”) Dilma Roussef. Nem que não quisesse. É natural. É um dos
fatos políticos mais importantes da história do país. Assim como Dilma também
não conseguiria escapar do impeachment.
Calcado juridicamente nas chamadas “pedaladas fiscais” o impedimento de Dilma
foi alicerçado na crise econômica, mas antes disso na própria arrogância
petista durante os 13 anos de poder.
Dividir o país entre prós e contras é um câncer. Faz mal para a nação,
fez pior para quem dividiu. Não entendo por que, mas há uma tendência que
parece muito natural os petistas verem os adversários como inimigos. Se você
não pensa como eles, está contra eles. E não é assim que a coisa funciona na
prática. Muito menos em um país democrático. Você pode, sim, discordar sem ser
inimigo; criticar sem querer a derrocada. A nação não precisa ser azul ou
vermelha; não precisa estar a favor ou contra. Isto apequena o debate, não
contribui com o avançar da democracia. É totalmente desinteligente.
Nesses 13 anos de poder, esta arrogância criou repulsa. Conseguiu
colocar mais gente contra do que a favor. Conseguiu subtrair ao invés de somar.
Isto terminou neste dia 31 de agosto (considerado no Brasil o “Dia das Bruxas”)
no Senado Federal, por 61 votos a 20. Terminou antes nas ruas. Sepultou num
projeto que poderia até ir além, não fosse a capacidade de ter arregimentado tantos
inimigos. Que o modus operandi
petista até aqui, enquanto poder, sirva de lição do que não deve ser feito.
A prática dos governantes, seus assessores e militância reflete no
estado de ânimo dos cidadãos, até mesmo de seus comandados. Primeiro se perde a
admiração, depois o respeito, por fim o apoio. Respeito se conquista, não se
impõe. Com ele, o apoio vem ou permanece. A derrocada de um projeto depende da
inteligência com que se trabalha o respeito às pessoas e às discordâncias. Já
dizia um velho ditado que “a política é a arte de administrar os contrários”. Diria até mais do que isso: de tratar bem, com o respeito devido, também os parceiros.
ERA OUTRO
Meu texto principal de hoje falaria sobre o eleitor. Mais precisamente
sobre a postura do eleitor, vislumbrando a eleição que se avizinha. Mas como
disse lá em cima, na primeira linha, há certos dias de que não se consegue
fugir de certos temas. “O eleitor” fica pra semana que vem.
NÃO VAI
O país vai virar o mundo de Alice (das maravilhas) com a queda de
Dilma? Não, não vai. Mas a zoeira que
gerava insegurança política e econômica que vivíamos deve acalmar. Aos poucos,
o mercado pode responder e quem sabe sairemos da crise com mais rapidez. Temer
não é santo. Ok, ninguém é. Se ele trabalhar só um pouquinho, sem mirabolâncias
nem arrogância, quem sabe a gente comece a sair do buraco. Não é a salvação.
Longe disso. Mas acende uma réstia de esperança.
DESANDOU
Se os números não mentem, a matemática mostra que foi pior Dilma ir ao
Senado tentar se defender. Na votação anterior, quando os senadores votaram
pela admissibilidade do impeachment,
a ex-presidente teve 59 votos contra si. Hoje, depois de sua autodefesa de
ontem, foram 61.
CONSOLAÇÃO
CARA
O prêmio de consolação que resolveram dar para Dilma no apagar das luzes,
mantendo seus direitos políticos, vai custar caro aos brasileiros. Cunha deve
ser o próximo a obter a vantagem. E todos os outros corruptos futuramente
cassados também.
CORRE DO
PAU
Houve uma época em que ser candidato a reeleição era bom, todos queriam.
A coisa mudou. A crise econômica nacional e a míngua na qual vivem os municípios,
provocada pela má distribuição dos recursos arrecadados por impostos e taxas,
fez pelo menos três prefeitos de cidades conhecidas dos blumenauenses recuarem
e jogarem a toalha. Foi assim em Florianópolis, Jaraguá do Sul e Taió. Por
razões diferentes, preferiram cuidar de suas vidas do que ficar com a bomba na
mão.
EM ALTA
Depois que a Justiça Federal abriu precedente para que amantes possam
ingressar judicialmente para dividir pensão com a esposa, em caso de morte do
amante-marido, agora em país europeu um projeto de lei quer que as mulheres
sejam obrigadas a identificar seus amantes. Pelo visto o mercado está em
alta...
WEB DEPRÊ
Agora a ciência quer comprovar matematicamente que algumas fotos podem
indicar viés de depressão do dono da rede social. O pacote ‘descobridor’ vai de
muitas selfies (fotos solitárias) a
filtros que tiram a ‘vida’ das fotos (mais sépia ou preto e branco). Estudo
aplicado na prática acertou 70% dos casos.
FEIO
DEMAIS
Erros de português são mais comuns (embora não menos errados ou feios)
do que parece. Mas, como já disse há algum tempo, aqui mesmo, em esquema
profissional não se pode errar. Fico de cara com as postagens da Ford nas redes
sociais que trazem, sempre, o “a partir” com crase (errado assim: à partir).
Se uma fabrica de carros não tem dinheiro para pagar um profissional que
cuide disto, melhor fechar. Se tem, pode demitir (o cara, a agência...).
BONITO
DEMAIS
Os pegas da mais recente etapa do campeonato do Kart Clube Blumenau
foram demais. Aconteceu de tudo um pouco, mais muita velocidade e emoção. Na
Light, vitória de Naldo Borges com Jackson Ramos e Nilton Leitempherger em
segundo e terceiro. Na Máster, Bona na frente, com os amigos Sandro em segundo
e Carlos em
terceiro. Classificação embolou e as últimas três etapas
prometem. Setembro promete!
Podium da categoria Máster em Ascurra. Agosto 2016.
Classificação Geral 2016
Categoria Máster
Lugar
|
Piloto
|
Pontos
|
1º
|
Eduardo Bonononi
|
88
|
2º
|
Fabrício Wolff
|
87
|
3º
|
Sandro Locatelli
|
86
|
4º
|
Alexandre Pereira
|
85
|
5º
|
Rodrigo Pereira
|
82
|
6º
|
Carlos Ribeiro
|
78
|
7º
|
Cristiano Baifus
|
70
|
8º
|
Rodrigo Estevão
|
28
|
9º
|
Thiago Schwaemlle
|
18
|
10º
|
Dudu Cunha
|
14
|
11º
|
Categoria Light
Lugar
|
Piloto
|
Pontos
|
1º
|
Naldo Borges
|
100
|
2º
|
Nilton Leitempergher
|
78
|
3º
|
João Paulo / Piske
|
66
|
4º
|
Guilherme Puerari
|
63
|
5º
|
Jackson Ramos
|
62
|
6º
|
Alexandre Caminha
|
52
|
7º
|
Augusto Ittner / Diorgnes
|
52
|
8º
|
Jaime Avendaño
|
44
|
9º
|
Oscar Grotmann (Casico)
|
32
|
10º
|
Everton Siemann
|
28
|
11º
|
Jandyr Nascimento
|
15
|
Podium da categoria Light no mesmo dia 27 de agosto, em Ascurra.