quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O NEGATIVISMO E A MALDADE


Na teoria do jornalismo existem os critérios de noticiabilidade. Na prática isto define porque um fato é notícia e outro não. Um dos critérios de noticiabilidade mais utilizados é o da negatividade. Se um fato é negativo, ruim, tem grande chance de virar notícia. Difícil explicar o porquê. Qual o motivo que faz com que as pessoas gostem de fatos negativos, de noticias ruins, de casos tristes?  Se procurarmos uma explicação psicológica, quem sabe poderemos encontrar uma razão. O fato é que as pessoas (ou pelo menos boa parte delas) gostam da desgraça alheia. É muito provável que este seja o motivo pelo qual os noticiários estão recheados de notícias ruins. Tantas que, por vezes, nos assustamos com tanta energia negativa, com a impressão de que há muito mais acontecimentos ruins e maldades no mundo do que fatos bons e boas ações. Também é fato de que boas ações dificilmente vendem, raramente dão audiência. Por isso as ruins dominam o noticiário.

Não é à toa que nas redes sociais este comportamento negativo, quase homicida/suicida das pessoas esteja tão latente. Não é anormal, mas está longe de ser bom, positivo. As redes sociais viraram ‘terra de ninguém’ de tão democráticas que são. Com isso proliferam pessoas negativas criticando. Geralmente criticam o que for, pelo simples fato de colocar uma carga negativa na esfera virtual. Jogam todas as suas amarguras nas redes, como se todos os outros que por ela passam fossem obrigadas a aguentar seus rancores, mal humores, frustrações. Por isso, muita gente de bem está tendo o bom senso de excluir de seus “amigos” ou mesmo bloquear os chatos de plantão. Dia desses já escrevi neste mesmo espaço sobre os que querem opinar, mas não sabem do que estão falando. São muito mal informados para isso, incapazes de buscar e triar as várias informações sobre um tema para, daí, formar sua opinião própria. É outra praga dos tempos modernos, a rede social democrática e burra. Fiquemos com o democrática.

Neste rol de chatos raivosos que destilam suas neuras nas redes, tem também os que o fazem por maldade. Tem outra intenção, geralmente para seu próprio benefício ou simplesmente para detratar os outros. Este tipo de bicho é muito comum quando a esfera tratada é a política. Buscam confundir e desinformar os incautos das redes sociais (sim, eles são poucos mas existem. Afinal, o Brasil é um país que não forma consciências, cabeças pensantes na escola. Os que pensam são minoria e geralmente tem mais informação em casa, quando pequenos). Talvez este último tipo de ser negativo, os que sabem que estão destilando ódio apenas para enganar os outros e levar alguma vantagem, seja o pior deles. Isto porque não são necessariamente tolos. São apenas do mal em segunda potência.


Culpa das redes sociais?  Não, claro que não.  Elas podem ser utilizadas para o bem, para ajudar os outros, ou simplesmente para registrar bons momentos pessoais, dividi-los com os amigos mais chegados, com a família que por vezes mora longe e guardá-los virtualmente como lembrança. No viés prático, o problema é educacional e, por consequência, cultural. No filosófico, pode-se dizer que é, também, um problema da humanidade.  Desde sempre o ser humano é, também, destrutivo, animal, irracional. E, convenhamos, é muito mais fácil (embora muito menos prazeroso para quem tem consciência e nada natural para quem tem ética) destruir do que construir.


sábado, 16 de janeiro de 2016

A FAVOR DA PENA DE MORTE

É necessário mudar as leis para que a Justiça possa agir.

O assunto é sério e ainda causa certa polêmica. Confesso que não entendo bem por quê. Parece-me que a vida dos assassinos têm valor e a das vítimas não. Estamos perdendo de goleada para bandidos que não dão a mínima para a vida dos outros. Sabem que as polícias mal funcionam, a Justiça é lenta e a lei é frouxa. O cara tira uma vida e ''se'' for pego e condenado, sai rapidinho pelos benefícios da pena.

Dia desses, ao ver o noticiário da GloboNews, me deparei com mais um crime onde uma vida foi tirada por nada. Uma vendedora foi morta a tiros porque se apavorou quando dois bandidos, a pé, tentaram abordar o carro dela. Os ladrões estavam fora do carro e ela, assustada, só tentou arrancar. Morreu. O vídeo está neste link: http://g1.globo.com/…/video-mostra-assalto-mulher-que-morre….

Há quem diga que com a pena de morte um inocente pode ser condenado por engano. Meia verdade. Haveria critérios (crimes com morte por motivo fútil ou violenta, por exemplo) e necessidade de provas. Ainda assim, se de 1000 condenados outros 999 fossem bandidos, talvez um erro não seja razão suficiente para o sofrimento de tantas famílias que tem a vida de seus entes queridos tiradas. É preciso dar uma basta nesta situação!

Há ainda quem argumente que ninguém pode tirar a vida de um ser humano, a não ser um Deus. Então há alguma coisa muito errada nas milhares de pessoas mortas todo ano por bandidos, em crimes sem sentido nem perdão.

Está mais do que na hora das pessoas de bem serem tratadas como pessoas de bem e pessoas que tiram a vida de pais, mães ou filhos, destruindo as famílias,serem tratadas como pessoas do mal que são.Tapar o sol com a peneira, fingir que um dia nossa malfadada estrutura educacional, legislativa e prisional dará conta de conter esta avalanche de assassinatos, é uma utopia fatal. Fatal para as comunidades, para a sociedade, para as pessoas de bem.

Sim, há muito tempo penso sobre o tema e sou a favor da pena de morte porque cansei de ver o mal vencer o bem nas ruas do meu país. Não é justo, não é correto. A vida das pessoas de bem precisa ser preservada. E a bandidagem sem coração nem escrúpulos precisa temer algo. Se não diminuírem os crimes porque não vierem a temer, o que duvido muito, pelo menos que morram!


NO FACEBOOK

O texto anterior, postado no facebook por mim, teve pouquíssimas curtidas. Achei divertido. Muito menos do que um prato de saladas ou um por do sol. Demonstra que as pessoas não curtem temas mais sérios naquela rede social. Mas demonstra, também, que há muita gente com receio de se posicionar – a favor ou mesmo contra – quando o tema é polêmico. Faz parte. Não foi postado para ter curtidas, mas para fazer pensar.


OLHOS VISTOS

Prédios crescem rápido nas ruas atrás do ginásio Galegão.

A região ao longo da rua Humberto de Campos está crescendo a olhos vistos. Para cima. Grandes prédios estão aparecendo naquela área, sempre atingida quando há enchentes em Blumenau. O sucesso da Vila Germânica, tornado um ponto turístico o ano todo, aliado ao prolongamento da rua Humberto de Campos, também deve ter contribuído para a decisão das empresas imobiliárias de se movimentar para aqueles lados. Em um futuro não muito distante, será o novo quintal dos espigões de Blumenau, tal qual o bairro Victor Konder.


ERA UMA VEZ

Difícil dizer o que está acontecendo com o Supermercado Angeloni em Blumenau. Pelo menos na loja localizada em frente ao Terminal da Proeb, onde o centro faz divisa com o bairro da Velha. Começou com a falta de alguns produtos, especialmente hortifrutigranjeiros. Alface, tomate, cenoura... quando não faltam, a qualidade costuma ser sofrível. Leite em saco, sempre adquirido abaixo da demanda. Considerado o supermercado com os preços mais altos da cidade, não oferece serviços à altura há algum tempo. Empacotadores sumiram. O ar condicionado é desligado bem antes do supermercado fechar. Se você for depois das 22h, vai passar calor feio. E o número de caixas é cada vez menor, provocando grandes filas.

Não era assim. Por isso, a impressão de que algo está estranho por aquelas bandas...

Apenas 4 caixas rápidos em pleno dia de sexta-feira (15).

FINAL DE FÉRIAS



Férias é sempre especial. Tempo de descansar, recarregar as baterias e viver um pouco mais intensamente as horas fazendo aquilo que se quer. Este ano foi show. Mas é hora de voltar a acelerar rumo a 2016. É agora que o ano começa pra valer.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

LISTA DE PROPÓSITOS DE 2016


Quando chega o Ano Novo, é comum ouvir sobre grandes propósitos. Queremos a paz no mundo, o fim da fome, justiça – inclusive social. Acredito que se fizermos diferente e praticarmos aquilo que desejamos, unindo discurso e prática, podemos contribuir com pequenas mudanças ao mundo em nossa volta. Se conseguirmos isto, teremos mudado o que nos é possível. Se cada um fizer um pouquinho, somente aquilo a seu alcance, o mundo mudará. Aos poucos, bem lentamente, talvez nem sintamos tais mudanças... mas ele mudará.

Como já dizia Renato Russo na música Perdidos no Espaço de sua Legião Urbana, “a mudança levou tempo por ser tão veloz”. Temos uma pequena passagem pelo Universo, uma vida de um punhado de décadas e isto é muito pouco na história da humanidade. O tempo – unidade de medida que só o ser humano utiliza – é muito diferente para o indivíduo em relação à sociedade. Muito mais ainda em relação ao cosmo. Então, façamos o que nos é possível, com clarividência de que podemos mudar uma centelha do mundo se agirmos como falamos - e se tivermos bons propósitos.

Se eu fosse fazer uma listinha de como melhorar o mundo através das minhas práticas, ela seria mais ou menos assim:

1 – Não me meter na vida dos outros.

2 – Respeitar as pessoas e fazê-lo da maneira que eu considere correto.

3 – Jamais pré-julgar as pessoas e fazer todo o esforço do mundo para nunca julgá-las.

4 – Ser verdadeiro, porém sempre educado.

5 – Tentar combater a maldade sempre que possível, inclusive nas redes sociais, onde proliferam.

6 – Afastar-me dos mal humorados, ignorantes, desinteligentes e mal educados, tentando compreender suas razões, por mais que não concorde com elas.

7 – Nunca me dobrar às convenções, exceto àquelas que eu considere corretas, embora resguarde a ética em minhas ações.

São apenas 7 itens. Muitos outros poderiam ser agregados, mas resvalariam nos já enunciados, seriam desdobramentos. Embora seja uma lista curta, tenho clareza da dificuldade de cumpri-la. Há alguns anos venho repetindo-a e só na insistência do caminho é possível alcançar esses objetivos. 

Parece bobagem, não é?  Então tente fazer uma lista que afaste ao máximo possível a hipocrisia de sua vida e busque cumprir na prática sua pequena lista. Porque sem a real tentativa da prática, somos o mais comum dos comuns, pregando em discurso aquilo que não se busca, somos aquilo que muitas vezes condenamos, aquele que prega a moral de cuecas.


Feliz 2016!