quarta-feira, 10 de agosto de 2016

QUAL O PAÍS EM QUE VOCÊ QUER VIVER?

 Bandeira do movimento O Sul é Meu País.


Movimento O Sul é Meu País (sullivre.org) está tirando o sono da Justiça. Grupo que quer transformar a região Sul em outro país, separando-a do Brasil, havia previsto plebiscito para o mesmo dia das eleições municipais. A Justiça proibiu tanto a realização da consulta na data das eleições (causaria confusão) quanto o uso do nome plebiscito (termo que, dizem, só pode ser utilizado pela Justiça Eleitoral). A organização O Sul é Meu País, então, mudou a data da consulta de 02 de outubro para 01 de outubro e o nome do plebiscito, que agora chama Plebisul (plebisul.org). Tem certas coisas que são difíceis de entender. Uma delas é a Justiça querer criminalizar uma simples consulta pública.

A constituição brasileira diz que o país é composto por 26 estados indissolúveis e que é crime tentar separá-lo. Por conta disso, a Justiça até solicitou à Polícia Federal que enquadre os caras do tal movimento abrindo inquérito policial. A meu ver, estão cometendo dois erros. Primeiro, dando ainda maior repercussão pro movimento. Segundo, usando um peso e duas medidas. Se a constituição diz que não se pode separar o país, também diz que a liberdade de expressão é garantia constitucional. Cá para nós, fazer uma consulta não é separar o país. A coisa não acontece automaticamente, em um passe de mágica. É simplesmente saber o que os sulistas pensam do tema. Para separar estados de um país, precisaria haver, quem sabe, um outro processo muito mais complicado e burocrático – inclusive com mudança da própria constituição.

É temeroso imaginar que uma simples consulta possa ser proibida no país. Estaríamos diante de uma Justiça antidemocrática, o que por si só já é um perigo. Por outro lado, se formos analisar o mérito do movimento, sempre fui da opinião de que administrar países menores é muito mais fácil. Simplesmente não existe um único país presidencialista de grandes dimensões que dê certo (os EUA não contam, pois os estados são independentes tanto legalmente quanto tributariamente). As vantagens de países pequenos são imensas, muitas, mas vou ficar só em três delas para exemplificar: facilidade de administração pelas autoridades, facilidade de fiscalização por parte da população (eleitores, contribuintes, organismos) com consequente facilidade de combate à corrupção e, claro, maior justiça na divisão do bolo tributário.

Se o Sul deve ou não se separar do Brasil é um debate interessante. Porém, para que o hoje Brasil efetivamente viesse a tentar dar certo, seria necessário ter espaços menores para administrar. A divisão do Brasil em 6 ou 7 países, pelo menos, se não mais, poderia dar uma esperança de que esses países menores pudessem funcionar melhor. Claro que não é a simples divisão que resolveria o problema. Precisaria haver uma cultura mais cidadã, mais consciência eleitoral, esquecer o jeitinho para privilégio pessoal em troca do que é bom para a coletividade. Algo que, no Sul, parece-me bem mais próximo do possível pela própria característica das pessoas que aqui vivem. Por fim, as leis não são feitas e não podem existir para engessar e eternizar o que não dá certo. Elas representam o costume de uma população e são naturalmente flexibilizadas ao longo dos tempos, quando a ética e a moral se adaptam às necessidades de mudança.  


FAVAS CONTADAS

Dilma virou ré ontem à noite (quarta, 9) quando, por 59 a 21 votos, o Senado Federal aceitou o pedido de impeachment contra ela. O resultado mostra duas situações incontestáveis: 1. Dilma fora do governo não tem força de negociação. Nem a Olimpíada, momento de distração, aliviou a derrota de ontem no Congresso. 2. Na votação que definirá a cassação da presidente afastada, ela será expurgada com 54 votos, 5 a menos do que ontem. Parece que já era.


DIFÍCIL REALIDADE

Em Brasília o novo governo (ainda interino) cede cada vez mais no aperto econômico que queria implantar. Mais um pouco e ficaremos na mesma. Qualquer meia tampa que acompanhe a situação econômica do Brasil sabe que se o governo federal não fizer o “dever de casa”, o caldo entorna ali na frente.


REFORMINHA

A reforminha eleitoral que fizeram e definiu, entre outras coisas, a impossibilidade de reeleição nos cargos executivos (prefeito, governador, presidente) a partir de agora, não usou do mesmo tom para impedir a ‘imortalidade’ dos legisladores. Vereadores, deputados e senadores podem ficar quanto tempo quiserem. O ideal seria permitir uma, no máximo duas reeleições.


CORTAR NA CARNE?

Mas como quem vota essas regras são os próprios interessados... esquece. Uma reforma política de verdade, só se for eleita uma câmara específica só para estudar, tratar e votar o tema. Depois, dissolve este grupo legislativo temporário e pronto. Jamais as regras mudarão se esperarmos que deputados e senadores cortem na própria carne.


NA PONTA DOS PÉS

A campanha já vai começar. A largada será dada dia 15 de agosto, com a homologação de candidaturas pelos TREs. Dia 26, já tem horário eleitoral gratuito em rádio e tv. Por conta da situação nacional, candidatos terão que ter muita paciência. Eleitores estão de saco cheio.


IDEIA BOA

Celesc tem um programa de eficiência energética que prevê a compra de aparelhos eletrodomésticos com 50% na troca pelo usado. Claro que tem algumas regrinhas a seguir. O aparelho usado tem que ter mais de 5 anos de uso e não pode ter o selo Procel, de economia de energia. A vantagem vale também para aquisição de lâmpadas de led, só que melhor. É só levar uma lâmpada comum e trocar, de graça, pela nova tecnologia.



OLIMPÍADAS

Pouca gente sabe, mas o tour que a tocha olímpica faz da Grécia até a cidade que sedia os jogos como marco da união entre os povos, foi ideia de Joseph Goebbels, ‘marqueteiro’ de Hitler. Tudo para fantasiar o regime do fürer, já que Berlim receberia as Olimpíadas em 1936. Hitler já era visto como um ditador, uma ameaça à Europa, mas o marketing vendeu outra realidade ao mundo. Três anos depois, começaria a segundo guerra mundial. Matéria foi publicada no jornal O Globo dia 05 passado. Amigo postou o texto no facebook.

Fato que impressiona é que o símbolo de paz e harmonia entre os povos, hoje representado na viagem da tocha, foi criado por um marqueteiro para disfarçar interesses de guerra.


NO FUTEBOL

Que o brasileiro é muito criativo, todo mundo já sabe. E a oportunidade faz a diferença. Para o jogo desta noite, recebi pelo whatsapp a mensagem: “Não perca o jogo de hoje à noite: Dinamarca x Nadamarca”.  


NADA OLÍMPICO

Nem por isso menos criativa, é a imagem abaixo:
  


Imaginar a cena é hilário. Nada como o bom humor..!

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