Eduardo Marinho, artista plástico
Descobri
no facebook e youtube alguns vídeos de um cara chamado Eduardo Marinho. Ele é
conhecido como um artista de rua, mas na verdade é um baita filósofo da vida
real. Acabei postando alguma coisa em meu face. O cara é de uma clareza em
pensamento mais profundo invejável. Em um dos vídeos, fala de como a
humanidade, apesar do caos que se encontra, melhorou. Mas o que me impressionou
naquele vídeo foi a realidade de como nós, seres humanos, somos condicionados a
sermos ‘homo produtivus’ (o termo é meu, viu?). Estamos na vida para produzir,
condicionados a termos prazer somente nas horas de folga. Ele explica como este
condicionamento vem lá da escola, nos primeiros anos de “compromisso”. Faz
relação entre aprendizado e o recreio. Bingo!
É por isso que o trabalho costuma ser um fardo e apenas as horas de
folga um prazer. O homem condicionado a não poder ser feliz o tempo todo, a
odiar o seu trabalho.
Em
um segundo vídeo, este cidadão fala da relação religiosidade e espiritualidade.
Quebra tabus ao dizer que o ser humano é muito pretensioso ao querer falar com
Deus – seja ele o que for. Acredita que Deus seria um desocupado se em um
universo tão imenso, onde nosso sistema solar é uma poeira cósmica, pudesse nos
dar atenção, aceitar nossos pedidos, punir os “pecadores”. Vai mais longe ao
dizer que espiritualidade não tem nada a ver com religião, com meditação ou
templos. Ele pratica a espiritualidade da matéria, no mundo real em que vive.
Isso vai desde simples atitudes como tratar bem as outras pessoas, animais,
natureza. O cara é, como um bom artista de rua, de bem com a vida. Diz por que
a religião existe e que há pessoas que precisam dela, as que estão no “jardim
de infância” da vida. Fala dos necessitados de um código de conduta.
Neste
segundo vídeo ele começa contando sobre o encontro com um padre que tinha
dúvidas. Um homem de fé com dúvidas. E lembra o quão importante são as dúvidas
para as pessoas. Foi neste início nietzschniano que me chamou a atenção.
Afinal, ‘a dádiva da dúvida é a dívida do óbvio’ (minha também, grafada até em meus livros de poemas). E valeu a pena
ver o vídeo inteiro. Poucas vezes alguém me chama a atenção de forma tão
intensa por falar o que pensa. Talvez este seja o grande dilema do mundo
contemporâneo: o pensar. As pessoas agem, na maioria das vezes por impulso ou
condução, e o pensar fica de lado, esquecido. Pensar é a única coisa que nos
difere dos seres ditos irracionais. Pensar é a única coisa que pode fazer a
diferença. Mas há a necessidade de buscar conhecimento, informações, como forma
de amadurecer e aprofundar o pensamento. Porque se o ato de pensar (de verdade)
já é raro, o aprofundamento do pensamento nas questões é quase um E.T. entre
nós.
Fica
a dica para os vídeos do cara. Eduardo Marinho. Artista de rua.
VIOLÊNCIA NATALINA
O
estado de baderna em Natal, comandado por presidiários revoltosos porque
instalaram equipamentos para cortar sinal de celular na penitenciária, mostra a
fragilidade da sociedade atual. Desagrada a bandidagem e a comunidade sofre. É
muito direitos humanos pra pouco pulso firme.
O SAMBA
Lula
desdisse o que tinha dito sobre aquilo que sequer sabia que disse. Afinal,
faliu ou não falou? As investigações da Lava Jato acendem um sol de alerta
sobre que tipo de político ainda queremos no Brasil. E tudo começa pelas
eleições municipais.
INVESTIGA MAIS
Pelas
respostas do Partido dos Trabalhadores à mídia toda vez que é citado nas
investigações da Lava Jato (aquele sonoro control c – control “as contas da
campanha foram aprovadas pelo TSE”), está na hora de investigar com intensidade
o Tribunal Superior Eleitoral. É possível que tenha passado sob as vistas dos
analistas do tribunal eleitoral tantos caixas 2?
Está
na hora do TSE prestar contas de seu trabalho...
PRATO CHEIO
Outra
investigação nacional que estoura agora, dois meses antes da eleição, é a que
envolve o transporte coletivo em 17 cidades do país. Embora empresas do grupo
Constantino (leia-se Piracicabana) tenham sido citadas, nada tem a ver com
Blumenau – cujo Seterb inclusive fez questão de, preventivamente, enviar a
ideia do edital para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para avaliação e
verificação de possíveis pontos falhos.
Mas
que a notícia nacional, embora não tenha a ver com Blumenau, vai ser usada pela
oposição como se algo houvesse, ah, isso vai...
ÉTICA BÁSICA
Ética
é algo que se aprende em casa, geralmente pelos exemplos. E se aplica na rua.
NISSSSSANNN
Kicks: até a sonoridade do nome ajuda
Um comentário:
Muito boa a materia sobre o artista e filosofo de rua. Faz a gente prnsar e sair do obvio. Parabens Fabricio por nos brindar com este texto tão rico de verdades que muitas vezes esquecemos no burburinho de nosso dia a dia.
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