Dúvida 1
Os técnicos do Ministério da Integração Nacional já chegaram a Blumenau?
Dúvida 2
Mas o ministro Gedel Vieira não tinha dito à senadora Ideli Salvati que eles seriam disponibilizados imediatamente?
Conclusão
Ah, mas não eram os técnicos de obras emergenciais que estavam disponíveis. Eram os de obras de prevenção... deve ser por isso que não vieram.
Numerologia
O 13o. post do mês, escrito no dia 31, talvez traga alguma sorte. Principalmente relacionada a Brasília.
Vaga lembrança
Aliás, 31 de março era lembrada como a data do golpe militar de 1964, que derrubou o vice-presidente João Goulart (PTB), eleito vice de Jânio Quadros (UDN), que renunciara. Revolução para os militares, golpe na democracia para os demais, era sempre lembrada, por uma razão ou por outra. Era.
Vagarilho
Anunciada a morte natural de um andarilho sobre um sofá de uma lavação de carros, onde permaneceu por dez horas antes de ser recolhido, duro e frio naquelas alturas, chega-se a uma questão semântica. Blumenau não tem andarilhos. No máximo, vagarilhos.
Explica-se: andarilhos são aquelas pessoas que andam de uma cidade para outra, sem parada fixa. Os de Blumenau apenas vagam entre a cozinha do padre João Bachmann e a Feira Livre nas imediações da Vila Germânica, geralmente com uma garrafa de cachaça na mão. Quando muito, chegam e se estarram na escadaria do supermercado Angeloni. Logo, são fixos deste trajeto e não se enquadram na definição de andarilhos. Então, cria-se uma denominação especial para os de Blumenau (que chique!): vagarilhos.
Eureca!
Descobri o novo emprego do ex-ministro Dílson Funaro! Lembra dele? Inventou o congelamento de preços no Plano Cruzado, nos anos 80. Hoje ele trabalha na Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, secção Santa Catarina. Só pode ser. Porque a Fenabrave/SC lançou uma tabela de preços médios de veículos em todo o país. Em sua congelada tabela, uma Ecosport XLT 1.6 2004, por exemplo, custa R$ 28,6 mil em Santa Catarina. Se você encontrar um neste preço, me chame. Compro dois.
Os garagistas de Blumenau pedem de R$ 37 a R$ 39 mil por um carro desses. Logo, das duas uma. Ou o Funaro está trabalhando na Fenabrave/SC e congelou os preços, ou os garagistas de Blumenau precisam ser imediatamente internados – não presos. Estão totalmente fora da realidade.
Seleção
Muito interessante o post do blog de um gaúcho sobre a seleção brasileira (antigamente escrito com letra maiúscula). Ele faz uma abordagem sócio-cultural da pobreza atual do futebol jogado pela seleção, com todos os seus importados. Vale o acesso e leitura. Passo o link: http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&post=164824&blog=217&coldir=1&topo=4238.dwt
Última dúvida
Se o Ministério da Integração Nacional anunciar amanhã, dia 1º de abril, a vinda de seus técnicos ou qualquer solução para o problema das obras emergências de reconstrução da cidade, você acreditará?
terça-feira, 31 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
O que estamos fazendo de nossas vidas?
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Para conhecer e saber como participar da Campanha Reage Blumenau on line, clique no ícone artigos. Lá estão as explicações, e-mails e textos.
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Hoje eu vi as árvores balançando ao sabor do vento. O sol era suficiente apenas para colorir suas folhas, desnudando nuances de verde claro e verde escuro. Também senti a brisa em mim, no meu rosto, no meu corpo. Era como ela me acariciasse a alma.
Há poucos dias de completar 60 completos ciclos de 24 horas em meu quarto, devido ao acidente, tenho a oportunidade de olhar pela porta que dá para a sacada, aberta, escancarada, e vislumbrar o verde todos os dias.
Esta é a vista que tenho de minha casa, que fiz construir há quase 12 anos, e que nunca aproveitei. Como não consigo ficar parado, tal qual a maioria de nós, seres humanos robotizados pelo trabalho, work a holics viciados por produzir, passo manhãs e tardes de frente para esta vista, mas ainda assim em muitos dias nem a vejo. Fico fazendo novos projetos no note book e em muitos dias ainda consigo cometer o absurdo de esquecer de me deliciar com a vista que tenho aqui, à minha disposição 24 horas por dia.
De vez em quando, no entanto, paro por alguns minutos e olho para fora. Vejo as árvores balançarem ao vento com seu sussurro quase imperceptível, bem próprio da bela calmaria da natureza, quebrado apenas pelos ruídos produzidos ao longe por alguns seres humanos insensíveis a tudo o que acontece na vida, mas que não acontece na vida deles.
Fico triste ao pensar que sou um deles, quando estou trabalhando normalmente. Fico realmente entristecido ao saber que temos que jogar tanta beleza fora ao ficarmos trancados em escritórios à frente de um computador ou mesmo nas ruas, passando tão rápido pela vida na correria de nosso dia a dia que não conseguimos enxergar mais nada, não temos a capacidade de sentir mais nada.
Quando puder voltar à minha “não vida normal”, quero lembrar de olhar mais vezes para as árvores, de saborear mais vezes a beleza de seu balé ao sabor do vento, e de sentir a brisa no rosto com o descompromisso de quem está neste planeta também para viver as coisas simples da vida. Quando voltar à minha “não vida normal”, quero me lembrar que sou mais do que um corpo atrás da sobrevivência humana.
Não tenho dúvida de que algo mudou neste período e mudará meu modo de viver, para muito melhor. Talvez alguns estranhem quando, no meio do dia, eu parar tudo para olhar as árvores e sentir o vento. Mas isso vai acontecer, porque hoje eu vi as árvores balançando ao sabor do vento. O sol era suficiente apenas para colorir suas folhas, desnudando nuances de verde claro e verde escuro. Também senti a brisa em mim, no meu rosto, no meu corpo. Era como ela me acariciasse a alma. Senti uma leveza tão boa – e ao mesmo tempo quase estranha, como se não pertencesse ao nosso mundo – que resolvi contar para vocês.
Para conhecer e saber como participar da Campanha Reage Blumenau on line, clique no ícone artigos. Lá estão as explicações, e-mails e textos.
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Hoje eu vi as árvores balançando ao sabor do vento. O sol era suficiente apenas para colorir suas folhas, desnudando nuances de verde claro e verde escuro. Também senti a brisa em mim, no meu rosto, no meu corpo. Era como ela me acariciasse a alma.
Há poucos dias de completar 60 completos ciclos de 24 horas em meu quarto, devido ao acidente, tenho a oportunidade de olhar pela porta que dá para a sacada, aberta, escancarada, e vislumbrar o verde todos os dias.
Esta é a vista que tenho de minha casa, que fiz construir há quase 12 anos, e que nunca aproveitei. Como não consigo ficar parado, tal qual a maioria de nós, seres humanos robotizados pelo trabalho, work a holics viciados por produzir, passo manhãs e tardes de frente para esta vista, mas ainda assim em muitos dias nem a vejo. Fico fazendo novos projetos no note book e em muitos dias ainda consigo cometer o absurdo de esquecer de me deliciar com a vista que tenho aqui, à minha disposição 24 horas por dia.
De vez em quando, no entanto, paro por alguns minutos e olho para fora. Vejo as árvores balançarem ao vento com seu sussurro quase imperceptível, bem próprio da bela calmaria da natureza, quebrado apenas pelos ruídos produzidos ao longe por alguns seres humanos insensíveis a tudo o que acontece na vida, mas que não acontece na vida deles.
Fico triste ao pensar que sou um deles, quando estou trabalhando normalmente. Fico realmente entristecido ao saber que temos que jogar tanta beleza fora ao ficarmos trancados em escritórios à frente de um computador ou mesmo nas ruas, passando tão rápido pela vida na correria de nosso dia a dia que não conseguimos enxergar mais nada, não temos a capacidade de sentir mais nada.
Quando puder voltar à minha “não vida normal”, quero lembrar de olhar mais vezes para as árvores, de saborear mais vezes a beleza de seu balé ao sabor do vento, e de sentir a brisa no rosto com o descompromisso de quem está neste planeta também para viver as coisas simples da vida. Quando voltar à minha “não vida normal”, quero me lembrar que sou mais do que um corpo atrás da sobrevivência humana.
Não tenho dúvida de que algo mudou neste período e mudará meu modo de viver, para muito melhor. Talvez alguns estranhem quando, no meio do dia, eu parar tudo para olhar as árvores e sentir o vento. Mas isso vai acontecer, porque hoje eu vi as árvores balançando ao sabor do vento. O sol era suficiente apenas para colorir suas folhas, desnudando nuances de verde claro e verde escuro. Também senti a brisa em mim, no meu rosto, no meu corpo. Era como ela me acariciasse a alma. Senti uma leveza tão boa – e ao mesmo tempo quase estranha, como se não pertencesse ao nosso mundo – que resolvi contar para vocês.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Respostas à Campanha Reage Blumenau
Já chegaram algumas respostas à Campanha Reage Blumenau on line, direto de Brasília. Repassamos aos leitores e participantes para que tenham ciência de que a mensagem está chegando à Capital Federal via sociedade, via cidadão. Ainda falta a solução – a efetiva liberação dos recursos para obras emergenciais de reconstrução de Blumenau. Então, nada melhor do que continuar pressionando, enviando aqueles quatro e-mails diários à Brasília. O blog convida você a fazer parte desta solução.
Veja as respostas que me foram enviadas. Sei que outras pessoas que estão enviando e-mails, também receberam resposta do senador Raimundo Colombo.
Resposta do Gabinete da Presidência da República
Prezado Senhor,
Em resposta a sua mensagem endereçada ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informamos que ela foi encaminhada ao Ministério da Integração Nacional para análise e eventuais providências.
Caso julgue necessário obter informações sobre o tratamento do assunto nela contido, recomendamos-lhe escrever diretamente ao setor pertinente.
Cordialmente,
Claudio Soares Rocha
Diretoria de Documentação Histórica
Gabinete Pessoal do Presidente da República
Resposta do Senador Raimundo Colombo
Caro Fabrício,
Concordo com sua indignação. Tenho tentado lutar pela aceleração da liberação dos recursos. Além do mais, tenho vários projetos de lei que apresentei para atuar neste caso. Conte com minha solidariedade e é preciso que a sociedade de Blumenau se mobilize pela liberação dos recursos.
Obrigado.
A ambos os e-mails respondi que agradecemos a atenção ao pleito, mas que esperamos ansiosamente pela solução efetiva do problema. Os outros parlamentares acionados no mailing da campanha e o próprio Ministério da Integração, não enviaram resposta até o momento.
Veja as respostas que me foram enviadas. Sei que outras pessoas que estão enviando e-mails, também receberam resposta do senador Raimundo Colombo.
Resposta do Gabinete da Presidência da República
Prezado Senhor,
Em resposta a sua mensagem endereçada ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informamos que ela foi encaminhada ao Ministério da Integração Nacional para análise e eventuais providências.
Caso julgue necessário obter informações sobre o tratamento do assunto nela contido, recomendamos-lhe escrever diretamente ao setor pertinente.
Cordialmente,
Claudio Soares Rocha
Diretoria de Documentação Histórica
Gabinete Pessoal do Presidente da República
Resposta do Senador Raimundo Colombo
Caro Fabrício,
Concordo com sua indignação. Tenho tentado lutar pela aceleração da liberação dos recursos. Além do mais, tenho vários projetos de lei que apresentei para atuar neste caso. Conte com minha solidariedade e é preciso que a sociedade de Blumenau se mobilize pela liberação dos recursos.
Obrigado.
A ambos os e-mails respondi que agradecemos a atenção ao pleito, mas que esperamos ansiosamente pela solução efetiva do problema. Os outros parlamentares acionados no mailing da campanha e o próprio Ministério da Integração, não enviaram resposta até o momento.
domingo, 22 de março de 2009
Cotidiano - Blumenau, 22.março.2009
Mais ação
Menos blá, blá, blá, mais ação. É isso que Blumenau precisa dos políticos. De todos, mas especialmente dos de Brasília, que dão uma sobrevoada na cidade, fazem o maior grau, mas não ajudam em nada na liberação de recursos. De pose e discursos na mídia, ninguém precisa.
Call Center
A maior moda entre as empresas e o maior desespero para os consumidores é o tal call center, o atendimento eletrônico por telefone. Do jeito que a coisa está se espalhando, daqui a pouco vai ter call center até em casas de prostituição: digite 1 para massagem, 2 para massagem com loira, 3 para massagem com morena, 4 para massagem com sexo com loira, 5 para massagem com sexo com morena, 6 para sexo com loira sem massagem, 7 para sexo com morena sem massagem, 8 para isso, 9 para aquilo. Se incluírem todos os modus operandi e as variações (negras, orientais, ruivas, etc) possíveis, vai faltar número no teclado do telefone.
Mas no final, vai acabar chegando a este tipo de comércio. Afinal, call center é uma zona mesmo... E no final, quem liga é que se f.... erra.
Dicall center
Aliás, quando você precisar ligar para algum serviço de call center como telefônicas, por exemplo, campeãs de reclamações nos Procons pelo Brasil afora, faça depois do horário comercial. As chances de você ser atendido mais rápido são muito grandes.
0800 fônico
Você pode fazer algo para tentar não pagar mais aquela taxa mensal do telefone fixo, hoje de R$ 40,37 para residências e R$ 56,08 para estabelecimentos comerciais, além de reclamar. É só ligar 0800-619619 (logo, ligação gratuita) e dizer nome, telefone, profissão, cidade e data de nascimento. É um abaixo-assinado eletrônico em prol do projeto de lei n. 5476, que deve ser votado em breve no Congresso. O fone 0800 em questão é da própria Câmara dos Deputados. Ao contrário dos call center da vida, o atendimento é rápido, educado e indolor.
Eu liguei. Fiz a minha parte. E você?
Invasão
Esta semana a polícia deve retirar, por ordem judicial, as famílias que invadiram terreno público na rua Pastor Oswaldo Hesse. Eram desabrigados da tragédia. Agora há informações que já tem aproveitadores lá, também... O problema é que há uma ordem judicial e a PM terá obrigação legal de cumpri-la. As famílias radicalizaram dizendo que não saem, quando poderiam estar em moradias provisórias, como centenas de outras.
Mau exemplo
A verdade é que as autoridades ficaram numa sinuca de bico. Ao tirar as famílias de lá à força, serão criticadas na mídia. Se deixarem as famílias lá, estarão sendo injustas com todos os demais desabrigados e abrirão uma perigosa exceção. Todos (desabrigados daqui e desafornatunados de outras paragens) podem pensar que esta é uma boa tática em Blumenau. Entre uma e outra, o que você preferiria?
Crianças
Há preocupação com as crianças que estão nesta invasão. Também me preocupo. Sou da opinião que seus pais a estão usando como escudo, o que é uma barbaridade. Assim, vai acabar no Conselho Tutelar.
A viagem
Está pegando muito mal, especialmente nos meios de comunicação, a viagem aos EUA do prefeito JPK, neste momento de pressão em Brasília e confusões à vista por aqui. Há o vice, é verdade. É para isso que foi eleito também. Mas o que pega é a imagem que fica.
Com mapas
O Sine de Blumenau, que ficava na Ponta Aguda, mudou para o novo prédio da SDR. O órgão é uma espécie de agenciador de empregos para quem precisa, logo deveria estar em local de fácil acesso da população que não tem carro. Na Ponta Aguda, pelo menos todo mundo sabia onde era e como chegar. Na Vila Nova, além de escondida, a nova sede vai demandar uma ginástica (subida de morro) para quem quiser chegar lá.
Não seria mais fácil (para a população que procura) colocar este serviço perto de um terminal de ônibus, como o da rua Sete ou da fonte luminosa? Enquanto isso o Governo do Estado pode distribuir mapas com a localização da sede atual para os desempregados. A R$ 1,99, para ajudar na reconstrução. Pobres coitados.
Mama mia!...
Sou fã de pizza, pelo menos uma vez por semana. De uma boa pizza, é claro. Mais também não dá, porque as calorias não aconselham. Por isso fiquei assustado, dia desses, com a notícia de que a Vigilância Sanitária de Blumenau encontrou produtos estragados em três pizzarias. 1,7 mil quilos de alimentos recolhidos, que iam para a nossa pizza. Só numa famosa da Fortaleza, 1,5 mil quilos. E só 10 das centenas existentes foram vistoriadas.
Me assusta saber o que andamos comendo por aí...
Futebolizando
Em pleno estado de graça do Metropolitano, penso que é hora de reflexão. Com esta ótima campanha no returno, não fosse o início desastroso de campeonato o time de Blumenau estaria na frente. Logo, as contratações erradas do início e os reforços que chegaram depois, fizeram toda a diferença. Prova de que o futebol não perdoa amadorismo. Só boa vontade, não é suficiente.
Nota 10
Para o atendimento do Besc. Estou conseguindo colocá-los à prova com as mais difíceis situações, graças ao meu “estado acidentado”. E eles estão se superando. O Antônio, um dos gerentes de conta, é um valente... Parabéns funcionários do Besc. E obrigado.
Nostradamus?
"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."
Karl Marx, "Das Kapital", 1867
Qualquer semelhança com a crise mundial atual, provocada pela bolha do mercado imobiliário norte-americano nos moldes que Marx previu, não é mera coincidência. Parece profecia, mas é mais do que isso.
Menos blá, blá, blá, mais ação. É isso que Blumenau precisa dos políticos. De todos, mas especialmente dos de Brasília, que dão uma sobrevoada na cidade, fazem o maior grau, mas não ajudam em nada na liberação de recursos. De pose e discursos na mídia, ninguém precisa.
Call Center
A maior moda entre as empresas e o maior desespero para os consumidores é o tal call center, o atendimento eletrônico por telefone. Do jeito que a coisa está se espalhando, daqui a pouco vai ter call center até em casas de prostituição: digite 1 para massagem, 2 para massagem com loira, 3 para massagem com morena, 4 para massagem com sexo com loira, 5 para massagem com sexo com morena, 6 para sexo com loira sem massagem, 7 para sexo com morena sem massagem, 8 para isso, 9 para aquilo. Se incluírem todos os modus operandi e as variações (negras, orientais, ruivas, etc) possíveis, vai faltar número no teclado do telefone.
Mas no final, vai acabar chegando a este tipo de comércio. Afinal, call center é uma zona mesmo... E no final, quem liga é que se f.... erra.
Dicall center
Aliás, quando você precisar ligar para algum serviço de call center como telefônicas, por exemplo, campeãs de reclamações nos Procons pelo Brasil afora, faça depois do horário comercial. As chances de você ser atendido mais rápido são muito grandes.
0800 fônico
Você pode fazer algo para tentar não pagar mais aquela taxa mensal do telefone fixo, hoje de R$ 40,37 para residências e R$ 56,08 para estabelecimentos comerciais, além de reclamar. É só ligar 0800-619619 (logo, ligação gratuita) e dizer nome, telefone, profissão, cidade e data de nascimento. É um abaixo-assinado eletrônico em prol do projeto de lei n. 5476, que deve ser votado em breve no Congresso. O fone 0800 em questão é da própria Câmara dos Deputados. Ao contrário dos call center da vida, o atendimento é rápido, educado e indolor.
Eu liguei. Fiz a minha parte. E você?
Invasão
Esta semana a polícia deve retirar, por ordem judicial, as famílias que invadiram terreno público na rua Pastor Oswaldo Hesse. Eram desabrigados da tragédia. Agora há informações que já tem aproveitadores lá, também... O problema é que há uma ordem judicial e a PM terá obrigação legal de cumpri-la. As famílias radicalizaram dizendo que não saem, quando poderiam estar em moradias provisórias, como centenas de outras.
Mau exemplo
A verdade é que as autoridades ficaram numa sinuca de bico. Ao tirar as famílias de lá à força, serão criticadas na mídia. Se deixarem as famílias lá, estarão sendo injustas com todos os demais desabrigados e abrirão uma perigosa exceção. Todos (desabrigados daqui e desafornatunados de outras paragens) podem pensar que esta é uma boa tática em Blumenau. Entre uma e outra, o que você preferiria?
Crianças
Há preocupação com as crianças que estão nesta invasão. Também me preocupo. Sou da opinião que seus pais a estão usando como escudo, o que é uma barbaridade. Assim, vai acabar no Conselho Tutelar.
A viagem
Está pegando muito mal, especialmente nos meios de comunicação, a viagem aos EUA do prefeito JPK, neste momento de pressão em Brasília e confusões à vista por aqui. Há o vice, é verdade. É para isso que foi eleito também. Mas o que pega é a imagem que fica.
Com mapas
O Sine de Blumenau, que ficava na Ponta Aguda, mudou para o novo prédio da SDR. O órgão é uma espécie de agenciador de empregos para quem precisa, logo deveria estar em local de fácil acesso da população que não tem carro. Na Ponta Aguda, pelo menos todo mundo sabia onde era e como chegar. Na Vila Nova, além de escondida, a nova sede vai demandar uma ginástica (subida de morro) para quem quiser chegar lá.
Não seria mais fácil (para a população que procura) colocar este serviço perto de um terminal de ônibus, como o da rua Sete ou da fonte luminosa? Enquanto isso o Governo do Estado pode distribuir mapas com a localização da sede atual para os desempregados. A R$ 1,99, para ajudar na reconstrução. Pobres coitados.
Mama mia!...
Sou fã de pizza, pelo menos uma vez por semana. De uma boa pizza, é claro. Mais também não dá, porque as calorias não aconselham. Por isso fiquei assustado, dia desses, com a notícia de que a Vigilância Sanitária de Blumenau encontrou produtos estragados em três pizzarias. 1,7 mil quilos de alimentos recolhidos, que iam para a nossa pizza. Só numa famosa da Fortaleza, 1,5 mil quilos. E só 10 das centenas existentes foram vistoriadas.
Me assusta saber o que andamos comendo por aí...
Futebolizando
Em pleno estado de graça do Metropolitano, penso que é hora de reflexão. Com esta ótima campanha no returno, não fosse o início desastroso de campeonato o time de Blumenau estaria na frente. Logo, as contratações erradas do início e os reforços que chegaram depois, fizeram toda a diferença. Prova de que o futebol não perdoa amadorismo. Só boa vontade, não é suficiente.
Nota 10
Para o atendimento do Besc. Estou conseguindo colocá-los à prova com as mais difíceis situações, graças ao meu “estado acidentado”. E eles estão se superando. O Antônio, um dos gerentes de conta, é um valente... Parabéns funcionários do Besc. E obrigado.
Nostradamus?
"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."
Karl Marx, "Das Kapital", 1867
Qualquer semelhança com a crise mundial atual, provocada pela bolha do mercado imobiliário norte-americano nos moldes que Marx previu, não é mera coincidência. Parece profecia, mas é mais do que isso.
quinta-feira, 19 de março de 2009
CAMPANHA REAGE BLUMENAU - on line
Porque Reage Blumenau?
Diante do descaso das autoridades federais em relação aos estragos provocados pela tragédia de novembro/2008 em nossa cidade, demonstrado claramente na conduta do Ministério da Integração Nacional em não considerar a reconstrução de estradas e pontes como emergenciais e prioritárias;
Diante da impotência dos governos municipal e estadual em pressionarem, sozinhos, os detentores das decisões que, lá de Brasília, afetam diretamente nossas vidas e da nossa cidade;
Diante da total insensibilidade prática que governos e políticos têm demonstrado para com Blumenau e sua gente, que sofre as agruras de uma cidade por reconstruir,
É hora de dizer CHEGA ! BASTA !
Afinal, pagamos impostos e temos direitos. Mas ficar só no discurso, na reclamação ou cobrando das autoridades próximas, não adianta. Nós, somados, é que votamos e elegemos. Então está na hora de mostrarmos a força que temos enquanto comunidade, enquanto sociedade.
Quem quiser ficar de braços cruzados, chorando, que fique. Quem quiser ajudar a pressionar Brasília, entre na Campanha Reage Blumenau!
A participação da imprensa nesta campanha, dos veículos de comunicação, é fundamental. Todos, unidos, para fazer com que Blumenau receba as obras que merece.
Como funcionará a Campanha Reage Blumenau? Como participar?
Apenas e tão somente divulgar a idéia através de seu mailing para todos os seus amigos. A par disso, assumamos o compromisso com Blumenau de enviar quatro e-mails por dia, todos os dias, para Brasília.
Assim que ligarmos o computador, no primeiro momento, como hábito matinal, o primeiro ato que faremos é disparar:
a. um e-mail para o Gabinete da Presidência.
b. um para o Ministério da Integração Nacional.
c. um para os políticos catarinenses que tiveram boa votação por aqui (senadores e deputados).
d. um e-mail para a mesa diretora do Senado e lideranças da Câmara dos Deputados.
Ao receberem 50 e-mails por dia durante dez dias, especialmente se das mesmas pessoas, eles ficarão impressionados. Se receberem 100, depois 200 ao dia, mais ainda. Se conseguirmos fazer com que pelo menos 500 pessoas enviem e-mails todos os dias durante 10, 20, 30 dias, as obras sairão do papel.
Mas podemos fazer mais: enviar 4 e-mails por dia é fácil e gratuito. Depois de enviado no primeiro dia, tudo o que temos a fazer é salvá-los nos itens enviados e reencaminhá-los para o mesmo endereço no dia seguinte. Nos tomará menos de dois minutos e seremos, nós, cidadãos blumenauenses, os agentes da mudança de postura deles e conquistaremos as obras necessárias.
Logo abaixo, estão os endereços para copiar (control c, control v). Depois deles, textos-base para cada um dos destinatários. Se você não quiser perder tempo escrevendo seu texto para eles, faça um control c, control v. O importante é enviar os e-mails.
A. Endereços: separados por destinatários
1. Presidência da República: protocolo@planalto.gov.br
2. Senadores e deputados próximos
ideli.salvatti@senadora.gov.br
raimundocolombo@senador.gov.br
dep.paulobornhausen@camara.gov.br
dep.angelaamin@camara.gov.br
dep.deciolima@camara.gov.br
dep.joaopizzolatti@camara.gov.br
3. Presidente e os dois vices-presidentes do Senado, mais líderes de bancada na Câmara Federal:
sarney@senador.gov.br
marconi.perillo@senador.gov.br
serys@senadora.gov.br
dep.henriqueeduardoalves@camara.gov.br
dep.joseanibal@camara.gov.br
dep.ronaldocaiado@camara.gov.br
dep.marciofranca@camara.gov.br
dep.marionegromonte@camara.gov.br
dep.brizolaneto@camara.gov.br
dep.candidovaccarezza@camara.gov.br
dep.sarneyfilho@camara.gov.br
dep.fernandocoruja@camara.gov.br
dep.ivanvalente@camara.gov.br
4. Para fazer a reclamação direto para o Ministério da Integração Nacional (o que nos ferrou diretamente) ou para o presidente da República, dá um pouquinho mais de trabalho. Se você quiser participar apenas da etapa de cima, tudo bem. Se quiser entrar nesta outra, siga os seguintes passos:
Digite: www.integracao.gov.br . No rodapé da página principal, clicar em Fale Conosco. Abre nova página. Clicar em ouvidoria e, em seguida, em Reclamação. Digitar sua reclamação.
Também: entrar em www.presidencia.gov.br . No alto da página, em Fale Conosco. Depois em Fale com o Presidente. Aí é só preencher a reclamação.
Textos-base para nossa reclamação (se quiser, é só fazer control c, control v e enviar o e-mail):
Para o Gabinete da Presidência:
Senhor Presidente:
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Presidente Lula, isso é um absurdo e demonstra que há incompetência no referido ministério. O senhor esteve em Santa Catarina e prometeu que haveria recursos para a reconstrução das cidades atingidas. Deve ter visto na mídia nacional o caos em que nossa cidade se encontra. E agora isto.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade governamental. Queremos, JÁ, ação de parte do seu governo. Ou teremos que acreditar que o senhor não tem palavra, não é um homem honrado?
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este absurdo cometido por seus comandados.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
Para os políticos (senadores e deputados) catarinenses:
Senhores(a) Congressista(s):
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Senadores e deputados, inclusive de outros estados, vieram a Blumenau ver a desgraça, fazer discursos, e agora, depois de quatro meses da tragédia, continuamos com ruas e pontes destruídas. Como nossos representantes, é seu dever pressionar o Governo Federal de verdade, até que haja o desentrave burocrático e os recursos financeiros sejam liberados para Blumenau. Enquanto isso não acontecer, os senhores(a) estarão em dívida com o povo (eleitor) de Blumenau, Vale do Itajaí e Santa Catarina.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade. Queremos, JÁ, AÇÃO REAL por parte nossos representantes. É hora de provar que cada um dos senhores(a) são pessoas honradas e que honram seus mandatos.
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este descaso absurdo que Blumenau está sofrendo.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
Para a presidência do Senado, vices e também líderes de bancada na Câmara:
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Senadores e deputados, inclusive de outros estados, vieram a Blumenau ver a desgraça, fazer discursos, e agora, depois de quatro meses da tragédia, continuamos com ruas e pontes destruídas. Queremos acreditar que os representantes de uma Nação não fiquem alheios ao sofrimento dos brasileiros de Blumenau. É impossível com nossos senadores e deputados federais sejam tão insensíveis e incompetentes quanto o pessoal do Ministério da Integração Nacional. Precisamos que os senhores (as) pressionem o Governo Federal até que haja o desentrave burocrático e os recursos financeiros sejam liberados para Blumenau.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade. Queremos, JÁ, AÇÃO REAL por parte nossos representantes. É hora de provar que cada um dos senhores(a) são pessoas honradas e que honram seus mandatos.
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este descaso absurdo que Blumenau está sofrendo.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
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Bem, esta é nossa campanha. Apartidária e com um único intuito: fazer acontecer as obras necessárias. Autoridades municipais, estaduais e entidades não governamentais com certeza irão continuar contatos para a liberação, mas acredito que temos força para colaborar nesta reconstrução. Nem dinheiro, nem doação. Apenas quatro e-mails todos os dias, ao ligar o computador. É tudo que pedimos a cada um que vive em Blumenau. É muito menos do que irmãos de todo o Brasil fizeram por nós quando da tragédia, mas o resultado pode ser igualmente importante.
Mais: o blog sugere que ONGs se mobilizem para organizar manifestações públicas contra este descaso, de forma criativa que possa provocar a mídia nacional – a vergonha dos governantes. Entidades beneficentes, associações de moradores, clubes de serviço. Unam-se e mostrem o que podem fazer pela cidade. Blumenau precisa de vocês. Precisa de cada um de nós.
Diante do descaso das autoridades federais em relação aos estragos provocados pela tragédia de novembro/2008 em nossa cidade, demonstrado claramente na conduta do Ministério da Integração Nacional em não considerar a reconstrução de estradas e pontes como emergenciais e prioritárias;
Diante da impotência dos governos municipal e estadual em pressionarem, sozinhos, os detentores das decisões que, lá de Brasília, afetam diretamente nossas vidas e da nossa cidade;
Diante da total insensibilidade prática que governos e políticos têm demonstrado para com Blumenau e sua gente, que sofre as agruras de uma cidade por reconstruir,
É hora de dizer CHEGA ! BASTA !
Afinal, pagamos impostos e temos direitos. Mas ficar só no discurso, na reclamação ou cobrando das autoridades próximas, não adianta. Nós, somados, é que votamos e elegemos. Então está na hora de mostrarmos a força que temos enquanto comunidade, enquanto sociedade.
Quem quiser ficar de braços cruzados, chorando, que fique. Quem quiser ajudar a pressionar Brasília, entre na Campanha Reage Blumenau!
A participação da imprensa nesta campanha, dos veículos de comunicação, é fundamental. Todos, unidos, para fazer com que Blumenau receba as obras que merece.
Como funcionará a Campanha Reage Blumenau? Como participar?
Apenas e tão somente divulgar a idéia através de seu mailing para todos os seus amigos. A par disso, assumamos o compromisso com Blumenau de enviar quatro e-mails por dia, todos os dias, para Brasília.
Assim que ligarmos o computador, no primeiro momento, como hábito matinal, o primeiro ato que faremos é disparar:
a. um e-mail para o Gabinete da Presidência.
b. um para o Ministério da Integração Nacional.
c. um para os políticos catarinenses que tiveram boa votação por aqui (senadores e deputados).
d. um e-mail para a mesa diretora do Senado e lideranças da Câmara dos Deputados.
Ao receberem 50 e-mails por dia durante dez dias, especialmente se das mesmas pessoas, eles ficarão impressionados. Se receberem 100, depois 200 ao dia, mais ainda. Se conseguirmos fazer com que pelo menos 500 pessoas enviem e-mails todos os dias durante 10, 20, 30 dias, as obras sairão do papel.
Mas podemos fazer mais: enviar 4 e-mails por dia é fácil e gratuito. Depois de enviado no primeiro dia, tudo o que temos a fazer é salvá-los nos itens enviados e reencaminhá-los para o mesmo endereço no dia seguinte. Nos tomará menos de dois minutos e seremos, nós, cidadãos blumenauenses, os agentes da mudança de postura deles e conquistaremos as obras necessárias.
Logo abaixo, estão os endereços para copiar (control c, control v). Depois deles, textos-base para cada um dos destinatários. Se você não quiser perder tempo escrevendo seu texto para eles, faça um control c, control v. O importante é enviar os e-mails.
A. Endereços: separados por destinatários
1. Presidência da República: protocolo@planalto.gov.br
2. Senadores e deputados próximos
ideli.salvatti@senadora.gov.br
raimundocolombo@senador.gov.br
dep.paulobornhausen@camara.gov.br
dep.angelaamin@camara.gov.br
dep.deciolima@camara.gov.br
dep.joaopizzolatti@camara.gov.br
3. Presidente e os dois vices-presidentes do Senado, mais líderes de bancada na Câmara Federal:
sarney@senador.gov.br
marconi.perillo@senador.gov.br
serys@senadora.gov.br
dep.henriqueeduardoalves@camara.gov.br
dep.joseanibal@camara.gov.br
dep.ronaldocaiado@camara.gov.br
dep.marciofranca@camara.gov.br
dep.marionegromonte@camara.gov.br
dep.brizolaneto@camara.gov.br
dep.candidovaccarezza@camara.gov.br
dep.sarneyfilho@camara.gov.br
dep.fernandocoruja@camara.gov.br
dep.ivanvalente@camara.gov.br
4. Para fazer a reclamação direto para o Ministério da Integração Nacional (o que nos ferrou diretamente) ou para o presidente da República, dá um pouquinho mais de trabalho. Se você quiser participar apenas da etapa de cima, tudo bem. Se quiser entrar nesta outra, siga os seguintes passos:
Digite: www.integracao.gov.br . No rodapé da página principal, clicar em Fale Conosco. Abre nova página. Clicar em ouvidoria e, em seguida, em Reclamação. Digitar sua reclamação.
Também: entrar em www.presidencia.gov.br . No alto da página, em Fale Conosco. Depois em Fale com o Presidente. Aí é só preencher a reclamação.
Textos-base para nossa reclamação (se quiser, é só fazer control c, control v e enviar o e-mail):
Para o Gabinete da Presidência:
Senhor Presidente:
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Presidente Lula, isso é um absurdo e demonstra que há incompetência no referido ministério. O senhor esteve em Santa Catarina e prometeu que haveria recursos para a reconstrução das cidades atingidas. Deve ter visto na mídia nacional o caos em que nossa cidade se encontra. E agora isto.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade governamental. Queremos, JÁ, ação de parte do seu governo. Ou teremos que acreditar que o senhor não tem palavra, não é um homem honrado?
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este absurdo cometido por seus comandados.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
Para os políticos (senadores e deputados) catarinenses:
Senhores(a) Congressista(s):
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Senadores e deputados, inclusive de outros estados, vieram a Blumenau ver a desgraça, fazer discursos, e agora, depois de quatro meses da tragédia, continuamos com ruas e pontes destruídas. Como nossos representantes, é seu dever pressionar o Governo Federal de verdade, até que haja o desentrave burocrático e os recursos financeiros sejam liberados para Blumenau. Enquanto isso não acontecer, os senhores(a) estarão em dívida com o povo (eleitor) de Blumenau, Vale do Itajaí e Santa Catarina.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade. Queremos, JÁ, AÇÃO REAL por parte nossos representantes. É hora de provar que cada um dos senhores(a) são pessoas honradas e que honram seus mandatos.
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este descaso absurdo que Blumenau está sofrendo.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
Para a presidência do Senado, vices e também líderes de bancada na Câmara:
Nós de Blumenau, Santa Catarina, estamos indignados com a atitude do Ministério da Integração Nacional, que concluiu que as obras de recuperação da cidade em razão dos estragos provocados nas vias públicas e pontes por causa da tragédia de novembro último, não são obras emergenciais. Segundo eles, são obras “preventivas”.
Senadores e deputados, inclusive de outros estados, vieram a Blumenau ver a desgraça, fazer discursos, e agora, depois de quatro meses da tragédia, continuamos com ruas e pontes destruídas. Queremos acreditar que os representantes de uma Nação não fiquem alheios ao sofrimento dos brasileiros de Blumenau. É impossível com nossos senadores e deputados federais sejam tão insensíveis e incompetentes quanto o pessoal do Ministério da Integração Nacional. Precisamos que os senhores (as) pressionem o Governo Federal até que haja o desentrave burocrático e os recursos financeiros sejam liberados para Blumenau.
Estamos cansados de discurso político. Estamos cansados de burocracia e insensibilidade. Queremos, JÁ, AÇÃO REAL por parte nossos representantes. É hora de provar que cada um dos senhores(a) são pessoas honradas e que honram seus mandatos.
Pagamos impostos – e não são poucos, temos nossos direitos e exigimos providências imediatas suas em relação a este descaso absurdo que Blumenau está sofrendo.
Nome do remente do e-mail
Número da Carteira Identidade
Se quiser colocar profissão, etc, à vontade...
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Bem, esta é nossa campanha. Apartidária e com um único intuito: fazer acontecer as obras necessárias. Autoridades municipais, estaduais e entidades não governamentais com certeza irão continuar contatos para a liberação, mas acredito que temos força para colaborar nesta reconstrução. Nem dinheiro, nem doação. Apenas quatro e-mails todos os dias, ao ligar o computador. É tudo que pedimos a cada um que vive em Blumenau. É muito menos do que irmãos de todo o Brasil fizeram por nós quando da tragédia, mas o resultado pode ser igualmente importante.
Mais: o blog sugere que ONGs se mobilizem para organizar manifestações públicas contra este descaso, de forma criativa que possa provocar a mídia nacional – a vergonha dos governantes. Entidades beneficentes, associações de moradores, clubes de serviço. Unam-se e mostrem o que podem fazer pela cidade. Blumenau precisa de vocês. Precisa de cada um de nós.
quarta-feira, 18 de março de 2009
A igreja, o aborto e o vômito
A gente até tenta esquecer, mas a história da menina de apenas nove anos de idade, de Recife, que foi estuprada pelo padrasto e engravidou de gêmeos, é uma violência tamanha que só conseguiu ser superada pela desumanidade da Igreja Católica ao querer forçar que ela levasse a gravidez adiante. Forçar, mesmo. Além de ter entrado com pedido no Ministério Público para impedir o aborto, a igreja ainda ameaçou excomungar médicos, mãe da menina e todo mundo que pense diferente das medievais posições eclesiásticas.
Por competência – e graças ao bom Deus que a igreja tanto prega – os médicos foram mais rápidos e realizaram o aborto. Ora... paremos para pensar: o que representaria para uma menina de nove anos uma gravidez indesejada, fruto da mais vil violência, e prosseguir sua vida (se sobrevivesse ao parto de risco) com duas crianças para criar? Mas a igreja não queria saber de nada disso. Seu dogma, sua posição desumana e desnaturada se sobrepõem a tudo e a todos. Assim pensa a igreja.
Para mim, o que essa posição demonstra é que a igreja condenaria esta criança pela segunda vez. Foi condenada uma vez pelo padrasto, ao ser violentada; seria condenada pela igreja a morrer no parto ou viver infeliz pelo resto da vida. O que esta menina de apenas nove anos fez para merecer tamanho calvário? O que esta criança fez para ser condenada uma segunda vez em tão pouco tempo?
Particularmente, aliás, penso que o direito de aborto a todas as mulheres estupradas deveria ser defendido pela igreja – e por toda a sociedade pensante (porque há aqueles que concordam com posições “superiores”, sem pensar).
A posição da igreja neste caso específico de Recife foi tão absurda, que enoja, dá náuseas. Não há “lei de Deus” que se sobreponha à humanidade, à caridade, ao mínimo bom senso. Invocar a “lei de Deus” para provocar maldade e manter posições ultrapassadas e desumanas é demagogia, covardia e mau-caratismo. Não vamos nem lembrar que a “lei de Deus” foi escrita pelos homens, assim como toda a história da Bíblia. Não vamos nem lembrar que a “lei de Deus” deu poder e respeito à igreja através dos séculos e é essa sua maior beneficiária. Vamos apenas dizer que um Deus bom, jamais condenaria esta criança pela segunda vez. Logo, a igreja não fala mais em nome de Deus. Não neste caso.
Isso nos mostra que cada vez mais a igreja está longe de Deus, para manter posições que, acredita, lhe reserve um restinho de poder e respeito. Mas é exatamente o contrário. Posições como esta lhe tiram todo e qualquer respeito que ainda reste. O poder (de influência na sociedade e nos governos) já se foi faz tempo. O pior é que eles não vêem que afastam cada vez mais as pessoas de sua igreja. Os advogados sabem – e qualquer pessoa medianamente sensata, também – que leis carecem de interpretação. E a Bíblia, feita de metáforas, muito mais. Assim, radical e totalmente ultrapassada, a igreja cai ainda mais no descrédito.
Prova disso é que ninguém deu a mínima à ameaça de excomungação, feita pelo arcebispo de Recife. Ninguém mais leva essas baboseiras a sério. Inferno, céu, vida após a morte... nada disso importa para quem vive aqui. Este episódio final da ameaça de excomungação fez com que a Igreja Católica caísse no completo ridículo, pois deixou à mostra sua falta de respeito e de poder de persuasão.
A igreja acusou o golpe. O presidente da CNBB foi à mídia para dizer que não era bem assim, que o arcebispo não ameaçou no caso concreto, mas que apenas disse que quem é a favor do aborto pode sofrer esta sanção. Até o Vaticano se pronunciou “contrário” ao arcebispo, dizendo que ele se precipitou. Só que a reprimenda parou por aí, pois ele seguiu a cartilha ortodoxa da igreja, a mesma defendida pelo Papa Bento XVI. Espetáculo de jogo de cena, para a platéia. Deprimente.
A nós, que pensamos como seres humanos e não como cordeirinhos pacatos e obedientes a um pastor, resta a indignação. Este imbróglio patrocinado pela Igreja Católica não lhe causou só críticas. Causou repulsa, nojo, náuseas em todas as pessoas de boa fé.
Por competência – e graças ao bom Deus que a igreja tanto prega – os médicos foram mais rápidos e realizaram o aborto. Ora... paremos para pensar: o que representaria para uma menina de nove anos uma gravidez indesejada, fruto da mais vil violência, e prosseguir sua vida (se sobrevivesse ao parto de risco) com duas crianças para criar? Mas a igreja não queria saber de nada disso. Seu dogma, sua posição desumana e desnaturada se sobrepõem a tudo e a todos. Assim pensa a igreja.
Para mim, o que essa posição demonstra é que a igreja condenaria esta criança pela segunda vez. Foi condenada uma vez pelo padrasto, ao ser violentada; seria condenada pela igreja a morrer no parto ou viver infeliz pelo resto da vida. O que esta menina de apenas nove anos fez para merecer tamanho calvário? O que esta criança fez para ser condenada uma segunda vez em tão pouco tempo?
Particularmente, aliás, penso que o direito de aborto a todas as mulheres estupradas deveria ser defendido pela igreja – e por toda a sociedade pensante (porque há aqueles que concordam com posições “superiores”, sem pensar).
A posição da igreja neste caso específico de Recife foi tão absurda, que enoja, dá náuseas. Não há “lei de Deus” que se sobreponha à humanidade, à caridade, ao mínimo bom senso. Invocar a “lei de Deus” para provocar maldade e manter posições ultrapassadas e desumanas é demagogia, covardia e mau-caratismo. Não vamos nem lembrar que a “lei de Deus” foi escrita pelos homens, assim como toda a história da Bíblia. Não vamos nem lembrar que a “lei de Deus” deu poder e respeito à igreja através dos séculos e é essa sua maior beneficiária. Vamos apenas dizer que um Deus bom, jamais condenaria esta criança pela segunda vez. Logo, a igreja não fala mais em nome de Deus. Não neste caso.
Isso nos mostra que cada vez mais a igreja está longe de Deus, para manter posições que, acredita, lhe reserve um restinho de poder e respeito. Mas é exatamente o contrário. Posições como esta lhe tiram todo e qualquer respeito que ainda reste. O poder (de influência na sociedade e nos governos) já se foi faz tempo. O pior é que eles não vêem que afastam cada vez mais as pessoas de sua igreja. Os advogados sabem – e qualquer pessoa medianamente sensata, também – que leis carecem de interpretação. E a Bíblia, feita de metáforas, muito mais. Assim, radical e totalmente ultrapassada, a igreja cai ainda mais no descrédito.
Prova disso é que ninguém deu a mínima à ameaça de excomungação, feita pelo arcebispo de Recife. Ninguém mais leva essas baboseiras a sério. Inferno, céu, vida após a morte... nada disso importa para quem vive aqui. Este episódio final da ameaça de excomungação fez com que a Igreja Católica caísse no completo ridículo, pois deixou à mostra sua falta de respeito e de poder de persuasão.
A igreja acusou o golpe. O presidente da CNBB foi à mídia para dizer que não era bem assim, que o arcebispo não ameaçou no caso concreto, mas que apenas disse que quem é a favor do aborto pode sofrer esta sanção. Até o Vaticano se pronunciou “contrário” ao arcebispo, dizendo que ele se precipitou. Só que a reprimenda parou por aí, pois ele seguiu a cartilha ortodoxa da igreja, a mesma defendida pelo Papa Bento XVI. Espetáculo de jogo de cena, para a platéia. Deprimente.
A nós, que pensamos como seres humanos e não como cordeirinhos pacatos e obedientes a um pastor, resta a indignação. Este imbróglio patrocinado pela Igreja Católica não lhe causou só críticas. Causou repulsa, nojo, náuseas em todas as pessoas de boa fé.
domingo, 15 de março de 2009
O animal, a humanidade real e a imaginária
Há quem se vanglorie de ter um animalzinho em apartamento. É um benfeitor das causas animais, pois cuida de um bichinho. Há os que apenas querem tê-los porque gostam dos animaizinhos, o que é bem normal. Mas, convenhamos. Apartamento não é lugar de animais, especialmente gatos e cachorros. Um peixinho, ainda vá lá. Peixinho de aquário, por sua natureza, não precisa de espaço muito maior. Já foram estuprados em sua natureza ao nascerem tlimitados a um aquário. Mas trancafiar um gato ou um cachorro num apartamento, é condenar o animalzinho à prisão.
Sei que este artigo vai fazer com que muita gente torça o nariz para mim. Mas acredito mesmo que os animais de estimação mereçam esta defesa. E vou logo dizendo: não tenho gato nem cachorro mesmo morando em uma casa. Gosto deles, mas não tenho tempo e paciência o suficiente para lhes dar o carinho e a atenção que merecem. Não sou hipócrita, não vou tê-los para meu deleite pessoal quando eu puder e quiser, relegando-os a segundo plano quando eles precisarem de afeto mas eu não tiver tempo ou vontade de dar isso a eles.
Penso que ter um gato ou cachorro num apartamento é subjugar o animal, afrontar contra sua natureza. Qual a natureza do canino? A liberdade, as matilhas. Qual a natureza do felino? A liberdade, a caça, a espreita. Ambos precisam de liberdade. Ou, pelo menos, de lugar para exercitar seu corpo e dons naturais. Um apartamento está muito longe de oferecer isso aos bichinhos, por mais que seu dono se esforce em passear com eles quinze minutos por dia, na coleira.
Os defensores desta idéia, de ter caninos em apartamento, sempre vem com o discurso de que são bem cuidados, de que a raça “x” é própria para apartamento, de que a raça “y” se adapta muito bem. Já quem tem os felinos argumentam que gatos são calmos, não fazem barulho e por isso se adaptam facilmente aos lugares fechados como um apartamento. Discurso. Já experimentou deixar um animal desses livres num parque, sem coleira, para ver a alegria do bichinho?
Outros defendem que se não os levarem para o apartamento, ficarão largados na rua. Penso que quem deve levá-los é quem reside em uma casa, tem tempo e vontade de cuidar deles. Se há animais na rua, é porque há donos que não têm idéia de sua responsabilidade ao ter um. Ou deixam procriar, ou os abandonam. Ter um animal é tal qual uma paternidade. Deve ser consciente. Extremamente consciente, na prática também. E colocá-los em uma prisão me parece tão ruim quanto deixá-los na rua. Para quem diz que gosta muito do seu animalzinho de estimação e o tem em apartamento: você colocaria seu filho numa prisão?
Tenho a impressão que ao levar um animalzinho desses para um apartamento não se está buscando cuidar do bichinho, apenas. Está se buscando um alento para suas necessidades emocionais, o que, até aí, não tem nada de mais. Porém, enjaular um bichinho que tem em sua natureza mais elementar a liberdade, é uma maldade. O que quero dizer agora é: tolhe-se a liberdade do animal para cuidar das feridas emocionais humanas. Isso é gostar de um animalzinho? Por mais que se trate bem este bichinho, isso é justo para com ele?
Para mim, é igual trancafiar um passarinho em uma gaiola. Igualzinho. Você pode tratar bem o passarinho, com comida, água e até carinho. Mas estará matando sua mais elementar característica: a liberdade de voar. Para um gato ou cachorro, um apartamento é uma gaiola maior. Eu não gostaria disso para mim, então não faria para um bichinho.
Penso que isso é respeito aos animais. Isso é gostar de verdade de um animalzinho. Respeitar sua natureza e sua liberdade. Respeitar suas características mais elementares. Só porque nós, como seres humanos, estamos acostumados a jogar nossa liberdade fora (trabalho, lugares fechados, compromissos e obrigações por toda a vida), ainda que muitas vezes por questões de sobrevivência, não acredito que possamos subjugar outras espécies ao mesmo modo de vida, ao mesmo fim.
O respeito à diversidade passa pelo respeito às espécies. Chamo isso de verdadeira humanidade, ser humano.
Sei que este artigo vai fazer com que muita gente torça o nariz para mim. Mas acredito mesmo que os animais de estimação mereçam esta defesa. E vou logo dizendo: não tenho gato nem cachorro mesmo morando em uma casa. Gosto deles, mas não tenho tempo e paciência o suficiente para lhes dar o carinho e a atenção que merecem. Não sou hipócrita, não vou tê-los para meu deleite pessoal quando eu puder e quiser, relegando-os a segundo plano quando eles precisarem de afeto mas eu não tiver tempo ou vontade de dar isso a eles.
Penso que ter um gato ou cachorro num apartamento é subjugar o animal, afrontar contra sua natureza. Qual a natureza do canino? A liberdade, as matilhas. Qual a natureza do felino? A liberdade, a caça, a espreita. Ambos precisam de liberdade. Ou, pelo menos, de lugar para exercitar seu corpo e dons naturais. Um apartamento está muito longe de oferecer isso aos bichinhos, por mais que seu dono se esforce em passear com eles quinze minutos por dia, na coleira.
Os defensores desta idéia, de ter caninos em apartamento, sempre vem com o discurso de que são bem cuidados, de que a raça “x” é própria para apartamento, de que a raça “y” se adapta muito bem. Já quem tem os felinos argumentam que gatos são calmos, não fazem barulho e por isso se adaptam facilmente aos lugares fechados como um apartamento. Discurso. Já experimentou deixar um animal desses livres num parque, sem coleira, para ver a alegria do bichinho?
Outros defendem que se não os levarem para o apartamento, ficarão largados na rua. Penso que quem deve levá-los é quem reside em uma casa, tem tempo e vontade de cuidar deles. Se há animais na rua, é porque há donos que não têm idéia de sua responsabilidade ao ter um. Ou deixam procriar, ou os abandonam. Ter um animal é tal qual uma paternidade. Deve ser consciente. Extremamente consciente, na prática também. E colocá-los em uma prisão me parece tão ruim quanto deixá-los na rua. Para quem diz que gosta muito do seu animalzinho de estimação e o tem em apartamento: você colocaria seu filho numa prisão?
Tenho a impressão que ao levar um animalzinho desses para um apartamento não se está buscando cuidar do bichinho, apenas. Está se buscando um alento para suas necessidades emocionais, o que, até aí, não tem nada de mais. Porém, enjaular um bichinho que tem em sua natureza mais elementar a liberdade, é uma maldade. O que quero dizer agora é: tolhe-se a liberdade do animal para cuidar das feridas emocionais humanas. Isso é gostar de um animalzinho? Por mais que se trate bem este bichinho, isso é justo para com ele?
Para mim, é igual trancafiar um passarinho em uma gaiola. Igualzinho. Você pode tratar bem o passarinho, com comida, água e até carinho. Mas estará matando sua mais elementar característica: a liberdade de voar. Para um gato ou cachorro, um apartamento é uma gaiola maior. Eu não gostaria disso para mim, então não faria para um bichinho.
Penso que isso é respeito aos animais. Isso é gostar de verdade de um animalzinho. Respeitar sua natureza e sua liberdade. Respeitar suas características mais elementares. Só porque nós, como seres humanos, estamos acostumados a jogar nossa liberdade fora (trabalho, lugares fechados, compromissos e obrigações por toda a vida), ainda que muitas vezes por questões de sobrevivência, não acredito que possamos subjugar outras espécies ao mesmo modo de vida, ao mesmo fim.
O respeito à diversidade passa pelo respeito às espécies. Chamo isso de verdadeira humanidade, ser humano.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Cotidiano - Blumenau, 13.03.2009
Cansei daquele modelo repartindo as notas em internacionais, nacionais e locais, que eu mesmo propus quando iniciei a coluna Cotidiano aqui no blog. Como a “metamorfose ambulante” é uma idéia que me agrada, estou mandando aquele modelito às favas. Até porque não estudei moda...
Sexta, 13
Nunca fui de acreditar em dia de azar. Aliás, nem sorte, nem azar, cético como sou. Mas a sexta-feira 13 não me assusta mais, nem que venha acompanhada da máscara do Jason. Minha sexta 13, por assim dizer, foi 31 de janeiro, dia do acidente que me mantém na cama. E antes que algum crédulo diga que 31 é 13 ao contrário, esclareço que era um sábado.
Atrasadão
Príncipe Charles veio ao Brasil, falou de futebol (e de economia, é claro) e pareceu mais sorridente do que costumam dizer dos ingleses, sisudos por natureza. Só não cravou a pontualidade britânica. Chegou com duas horas de atraso. Prova que nem no Reino Unido a “classe política” representa bem o país.
The Cure
Pode parecer contra-senso, mas juro que não estou louco. Quando fui ver o show da banda inglesa The Cure no Gigantinho, em Porto Alegre, nos idos anos de 1986, a banda pisou o palco às 21 horas em ponto, horário marcado para início do show. O que depreende a interpretação de que até banda de rock faz o que representante oficial de um país não consegue fazer.
Aproveitando
Já que falei de rock, aproveito para dar o toque: Marcelo Nova, único e eterno vocalista da banda Camisa de Vênus, faz show na Choperia Expresso, dia 19, quinta, acompanhado de banda. O show tem o apoio do Clube Anos 80. Ingressos antecipados podem ser encontrados na Be Bop Discos e Rancho do Pastel.
Ein Prosit!
Que legal! Numa lista das 20 melhores cervejas vendidas no Brasil, a Eisenbahn, de Blumenau, emplacou quatro: Lust (2º), Eisenbahn 5 (8º), A Dama do Lago (19º) e Dunkel (20º). O que comprova que minhas papilas (de)gustativas não entendem nada do riscado. Provei a Eisenbahn 5 umas cinco vezes e não tive jeito de gostar. No entanto curto a Weinzenbier, que nem aparece nesta lista.
Amador
Logo, tenho que me conscientizar. Sou um bebedor amador. Mas isso não é de todo ruim. A cerveja Dama do Lago, por exemplo, é receita de um cervejeiro amador, que venceu um concurso promovido pela Eisenbahn. Não estou em má companhia.
A tal lista diz que a melhor cerveja do Brasil é a Demoiselle, do interior de São Paulo. Não a beberei. Deixarei para meu amigo Giovani. Ela é fabricada pela Cervejaria Colorado – e eu sou gremista.
Processo LHS
Dois governadores (Maranhão e Paraíba) já rodaram na mão da alta corte judiciária do país. O próximo na mira é o de Santa Catarina, Luís Henrique da Silveira (PMDB). Junto com o vice, Leonel Pavan (PSDB), o que jogaria o poder estadual no colo de Esperidião Amin (PP). O fato mudaria todo o planejamento dos partidos para as eleições de 2010, com a natural implosão antecipada da tríplice aliança (PMDB-PSDB-DEM).
Então?
A pergunta que fica é: isso afetará a composição política de Blumenau, onde até o PP é aliado?
Ex-comungado
De toda a presepada armada pela Igreja Católica em Recife, no caso do aborto da menina de nove anos estuprada pelo padrasto, ficaram duas lições. Primeira: como tem ‘carola’ em Blumenau, em sua maioria homens (que não são estuprados, nem engravidam... e, neste caso, não devem ter filhas também). Segunda: a igreja perdeu a chance de ficar quieta. Ao ameaçar excomungar médicos, mãe da menina e quem se posicionasse a favor do aborto, caiu no ridículo. Ninguém está nem aí para excomungações, inferno ou pecados. Isso é coisa de um passado muuuuito distante. Lá dos tempos da Idade Média.
Ainda preciso fazer um artigo sobre isso...
Sexta, 13
Nunca fui de acreditar em dia de azar. Aliás, nem sorte, nem azar, cético como sou. Mas a sexta-feira 13 não me assusta mais, nem que venha acompanhada da máscara do Jason. Minha sexta 13, por assim dizer, foi 31 de janeiro, dia do acidente que me mantém na cama. E antes que algum crédulo diga que 31 é 13 ao contrário, esclareço que era um sábado.
Atrasadão
Príncipe Charles veio ao Brasil, falou de futebol (e de economia, é claro) e pareceu mais sorridente do que costumam dizer dos ingleses, sisudos por natureza. Só não cravou a pontualidade britânica. Chegou com duas horas de atraso. Prova que nem no Reino Unido a “classe política” representa bem o país.
The Cure
Pode parecer contra-senso, mas juro que não estou louco. Quando fui ver o show da banda inglesa The Cure no Gigantinho, em Porto Alegre, nos idos anos de 1986, a banda pisou o palco às 21 horas em ponto, horário marcado para início do show. O que depreende a interpretação de que até banda de rock faz o que representante oficial de um país não consegue fazer.
Aproveitando
Já que falei de rock, aproveito para dar o toque: Marcelo Nova, único e eterno vocalista da banda Camisa de Vênus, faz show na Choperia Expresso, dia 19, quinta, acompanhado de banda. O show tem o apoio do Clube Anos 80. Ingressos antecipados podem ser encontrados na Be Bop Discos e Rancho do Pastel.
Ein Prosit!
Que legal! Numa lista das 20 melhores cervejas vendidas no Brasil, a Eisenbahn, de Blumenau, emplacou quatro: Lust (2º), Eisenbahn 5 (8º), A Dama do Lago (19º) e Dunkel (20º). O que comprova que minhas papilas (de)gustativas não entendem nada do riscado. Provei a Eisenbahn 5 umas cinco vezes e não tive jeito de gostar. No entanto curto a Weinzenbier, que nem aparece nesta lista.
Amador
Logo, tenho que me conscientizar. Sou um bebedor amador. Mas isso não é de todo ruim. A cerveja Dama do Lago, por exemplo, é receita de um cervejeiro amador, que venceu um concurso promovido pela Eisenbahn. Não estou em má companhia.
A tal lista diz que a melhor cerveja do Brasil é a Demoiselle, do interior de São Paulo. Não a beberei. Deixarei para meu amigo Giovani. Ela é fabricada pela Cervejaria Colorado – e eu sou gremista.
Processo LHS
Dois governadores (Maranhão e Paraíba) já rodaram na mão da alta corte judiciária do país. O próximo na mira é o de Santa Catarina, Luís Henrique da Silveira (PMDB). Junto com o vice, Leonel Pavan (PSDB), o que jogaria o poder estadual no colo de Esperidião Amin (PP). O fato mudaria todo o planejamento dos partidos para as eleições de 2010, com a natural implosão antecipada da tríplice aliança (PMDB-PSDB-DEM).
Então?
A pergunta que fica é: isso afetará a composição política de Blumenau, onde até o PP é aliado?
Ex-comungado
De toda a presepada armada pela Igreja Católica em Recife, no caso do aborto da menina de nove anos estuprada pelo padrasto, ficaram duas lições. Primeira: como tem ‘carola’ em Blumenau, em sua maioria homens (que não são estuprados, nem engravidam... e, neste caso, não devem ter filhas também). Segunda: a igreja perdeu a chance de ficar quieta. Ao ameaçar excomungar médicos, mãe da menina e quem se posicionasse a favor do aborto, caiu no ridículo. Ninguém está nem aí para excomungações, inferno ou pecados. Isso é coisa de um passado muuuuito distante. Lá dos tempos da Idade Média.
Ainda preciso fazer um artigo sobre isso...
terça-feira, 10 de março de 2009
BBB e a cultura da vigilância
Vivemos mais um período de Big Besteirol Baixo-nível (BBB), já em sua nona edição. A praga é global, mundial, mas em nosso verde-amarelo país a fórmula continua fazendo sucesso. Quando começou o programa este ano, fiz-me de rogado e prometi a mim que não escreveria sobre ele. Parece perda de tempo. Bem... acabo de quebrar a promessa. É impossível observar esta alienação nacional sem dizer algo.
Quebrei a promessa ao ouvir comentários sobre paredões, anjos, eliminações e briguinhas encomendadas pela produção do programa (que a maioria acha que são sérias), típicas de gente acéfala. Preso em minha recuperação do acidente, não assisti a um capítulo sequer, mas as notícias estão nos portais da internet, nos comerciais da Rede Globo e nos comentários de alguns.
Mas o que me fez quebrar a promessa foi ler no blog do amigo Márcio Santos que a cada paredão, mais de R$ 8 milhões são despejados pelos brasileiros na conta da Globo, pelo telefone, na hora de votar. Sem falar em assinatura de tevê a cabo, pagar por mensagem de celular e outras formas de tirar dinheiro dos brasileiros com tamanho besteirol. Só esses R$ 8 milhões por paredão são, praticamente, toda a arrecadação anual da campanha Criança Esperança, feita de agosto a outubro, pela mesma emissora de tevê. E olha a diferença do objetivo...
Porém o enfoque que quero dar sobre o BBB, é outro. Penso que a crítica deve ser ampliada: o Big Besteirol Baixo-nível é apenas um produto feito sob encomenda para o entretenimento dos pobres de espírito e cultura e para o engrandecimento da "cultura da vigilância" (sistema de dominação pela vigilância do comportamento social). E aí está o primeiro problema: veja que grande massa de pobres de espírito e cultura existe neste Brasil.
A cultura da vigilância é algo que está incluído no sistema em que vivemos como forma de dominação e manutenção do status quo deste sistema. O livro intitulado "1984", escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell, em 1948, retrata uma sociedade totalitária do futuro, onde todos são controlados, o tempo todo, por câmeras de vigilância. Tal qual BBB, tal qual câmeras nas ruas, elevadores, salas de trabalho, nosso cotidiano cada vez mais atual. Não há mais necessidade de ditadura de um regime. A nova ditadura é a do comportamento social. Mais eficaz e de menor violência aparente.
Cada vez mais acharemos normal sermos vigiados em elevadores, ruas, nossas casas... cada vez mais consideraremos normal que os outros se metam em nossa vida e definam nosso comportamento. E que façamos o mesmo com os outros. Cada vez mais, moldaremos uns aos outros àquele tipo de comportamento que o sistema quer que tenhamos. E faremos isso naturalmente, acreditando ser necessário para a organização da vida em sociedade, crentes que vivemos a democracia prometida e considerando absolutamente normal sermos vigiados todo o tempo, a vida toda, em nossas mais cotidianas atitudes.
O "panóptico" de Michel Foucault lhe diz algo? O filósofo contemporâneo Paul Michel Foucault (1926/1984) criou a teoria do panóptico cuja base está no duo vigilância e punição. A vigilância, segundo ele, é a maneira de observar se a pessoa está cumprindo seus deveres. É um poder que atinge os corpos dos indivíduos através de seus gestos, discursos, atividades... tudo para evitar que algo contrário ao poder aconteça. A punição mete medo e garante a eficiência da vigilância.
O panóptico propõe a idéia de uma torre redonda em meio a um presídio, da qual se tem visão de todas as celas. Com vidros espelhados, os observados (no caso, detentos) sentem-se vigiados 24 horas por dia, sete dias por semana. E são punidos caso tenham comportamento desautorizado. Muito interessante quando se trata de apenados, não? Até aí, estamos falando de seres que cometeram crimes e a vigilância pode até ser necessária.
Pois transfiramos este mesmo controle panóptico às nossas vidas, como propõe Foucault. O ser, com uma enormidade de regras sociais pré-estabelecidas a cumprir, sendo pressionado a isso e vigiado, controlado por todos os seus pares (amigos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos, desconhecidos, enfim, a sociedade). É isso que está acontecendo. A cultura da vigilância está a determinar nosso comportamento a cada instante.
Ah!, mas isso só traz a ordem social... é? Tem certeza? Você já notou que as pessoas, em sua grande maioria, não parecem mais demonstrar leveza, alegria, felicidade? Parecem tristes, nervosas, agressivas, egoístas, individualistas. Penso que a cultura da vigilância traz muito mais. Traz pessoas frustradas, depressivas e consumidoras de fluoxetina, drogas lícitas como o álcool e ilícitas como os entorpecentes. Traz pessoas infelizes, famílias com problemas e aumento do desinteresse e da violência em casa e nas ruas.
A pressão desespera as pessoas e a frustração faz com que fiquem depressivas. Tudo isso aumenta a violência, a desestabilidade social, mas não tira lucros das grandes corporações, nem crédulos das igrejas. Pelo contrário. O ser humano frágil e desesperado, porém obediente aos ditames sociais em sua vida cotidiana, é templo fácil para as artimanhas do capital e dos mistérios da fé. Basta adaptar o discurso e prática às suas necessidades. É o que vemos acontecer todos os dias.
E o que tem o Big Besteirol Baixo-nível a ver com isso? É a popularização da perfeita maneira de controle social, a cultura da vigilância, neste caso através do entretenimento, onde a Globo é apenas uma peça do sistema e a educação governamental pífia é outra. A falta de educação, de formação de capacidade para análise dos acontecimentos e criação de opinião própria, potencializa a pobreza de espírito e de cultura, próprios da falta de conhecimento.
Assim, não há como negar: a grande maioria do nosso povo cai como um patinho. Ninguém mais pensa, porque as pessoas são doutrinadas a não ter opinião própria. Agora "acham" o máximo a cultura da vigilância, que nem sabem o que é e que lhes faz infelizes cordeiros do sistema. E programas travestidos de leves e inofensivos como o BBB – um belo espécime de formar um bando lavadeiras fofoqueiras - caem como uma luva para o reforço da doutrina da vigilância, base do controle social moderno. Não é à toa que está disseminado pelo mundo.
Quebrei a promessa ao ouvir comentários sobre paredões, anjos, eliminações e briguinhas encomendadas pela produção do programa (que a maioria acha que são sérias), típicas de gente acéfala. Preso em minha recuperação do acidente, não assisti a um capítulo sequer, mas as notícias estão nos portais da internet, nos comerciais da Rede Globo e nos comentários de alguns.
Mas o que me fez quebrar a promessa foi ler no blog do amigo Márcio Santos que a cada paredão, mais de R$ 8 milhões são despejados pelos brasileiros na conta da Globo, pelo telefone, na hora de votar. Sem falar em assinatura de tevê a cabo, pagar por mensagem de celular e outras formas de tirar dinheiro dos brasileiros com tamanho besteirol. Só esses R$ 8 milhões por paredão são, praticamente, toda a arrecadação anual da campanha Criança Esperança, feita de agosto a outubro, pela mesma emissora de tevê. E olha a diferença do objetivo...
Porém o enfoque que quero dar sobre o BBB, é outro. Penso que a crítica deve ser ampliada: o Big Besteirol Baixo-nível é apenas um produto feito sob encomenda para o entretenimento dos pobres de espírito e cultura e para o engrandecimento da "cultura da vigilância" (sistema de dominação pela vigilância do comportamento social). E aí está o primeiro problema: veja que grande massa de pobres de espírito e cultura existe neste Brasil.
A cultura da vigilância é algo que está incluído no sistema em que vivemos como forma de dominação e manutenção do status quo deste sistema. O livro intitulado "1984", escrito por Eric Arthur Blair sob o pseudônimo de George Orwell, em 1948, retrata uma sociedade totalitária do futuro, onde todos são controlados, o tempo todo, por câmeras de vigilância. Tal qual BBB, tal qual câmeras nas ruas, elevadores, salas de trabalho, nosso cotidiano cada vez mais atual. Não há mais necessidade de ditadura de um regime. A nova ditadura é a do comportamento social. Mais eficaz e de menor violência aparente.
Cada vez mais acharemos normal sermos vigiados em elevadores, ruas, nossas casas... cada vez mais consideraremos normal que os outros se metam em nossa vida e definam nosso comportamento. E que façamos o mesmo com os outros. Cada vez mais, moldaremos uns aos outros àquele tipo de comportamento que o sistema quer que tenhamos. E faremos isso naturalmente, acreditando ser necessário para a organização da vida em sociedade, crentes que vivemos a democracia prometida e considerando absolutamente normal sermos vigiados todo o tempo, a vida toda, em nossas mais cotidianas atitudes.
O "panóptico" de Michel Foucault lhe diz algo? O filósofo contemporâneo Paul Michel Foucault (1926/1984) criou a teoria do panóptico cuja base está no duo vigilância e punição. A vigilância, segundo ele, é a maneira de observar se a pessoa está cumprindo seus deveres. É um poder que atinge os corpos dos indivíduos através de seus gestos, discursos, atividades... tudo para evitar que algo contrário ao poder aconteça. A punição mete medo e garante a eficiência da vigilância.
O panóptico propõe a idéia de uma torre redonda em meio a um presídio, da qual se tem visão de todas as celas. Com vidros espelhados, os observados (no caso, detentos) sentem-se vigiados 24 horas por dia, sete dias por semana. E são punidos caso tenham comportamento desautorizado. Muito interessante quando se trata de apenados, não? Até aí, estamos falando de seres que cometeram crimes e a vigilância pode até ser necessária.
Pois transfiramos este mesmo controle panóptico às nossas vidas, como propõe Foucault. O ser, com uma enormidade de regras sociais pré-estabelecidas a cumprir, sendo pressionado a isso e vigiado, controlado por todos os seus pares (amigos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos, desconhecidos, enfim, a sociedade). É isso que está acontecendo. A cultura da vigilância está a determinar nosso comportamento a cada instante.
Ah!, mas isso só traz a ordem social... é? Tem certeza? Você já notou que as pessoas, em sua grande maioria, não parecem mais demonstrar leveza, alegria, felicidade? Parecem tristes, nervosas, agressivas, egoístas, individualistas. Penso que a cultura da vigilância traz muito mais. Traz pessoas frustradas, depressivas e consumidoras de fluoxetina, drogas lícitas como o álcool e ilícitas como os entorpecentes. Traz pessoas infelizes, famílias com problemas e aumento do desinteresse e da violência em casa e nas ruas.
A pressão desespera as pessoas e a frustração faz com que fiquem depressivas. Tudo isso aumenta a violência, a desestabilidade social, mas não tira lucros das grandes corporações, nem crédulos das igrejas. Pelo contrário. O ser humano frágil e desesperado, porém obediente aos ditames sociais em sua vida cotidiana, é templo fácil para as artimanhas do capital e dos mistérios da fé. Basta adaptar o discurso e prática às suas necessidades. É o que vemos acontecer todos os dias.
E o que tem o Big Besteirol Baixo-nível a ver com isso? É a popularização da perfeita maneira de controle social, a cultura da vigilância, neste caso através do entretenimento, onde a Globo é apenas uma peça do sistema e a educação governamental pífia é outra. A falta de educação, de formação de capacidade para análise dos acontecimentos e criação de opinião própria, potencializa a pobreza de espírito e de cultura, próprios da falta de conhecimento.
Assim, não há como negar: a grande maioria do nosso povo cai como um patinho. Ninguém mais pensa, porque as pessoas são doutrinadas a não ter opinião própria. Agora "acham" o máximo a cultura da vigilância, que nem sabem o que é e que lhes faz infelizes cordeiros do sistema. E programas travestidos de leves e inofensivos como o BBB – um belo espécime de formar um bando lavadeiras fofoqueiras - caem como uma luva para o reforço da doutrina da vigilância, base do controle social moderno. Não é à toa que está disseminado pelo mundo.
domingo, 8 de março de 2009
MULHERES
Com a vênia de todos os homens que acessam o blog - e ainda que eu acredite que as mulheres devam ser homenageadas todos os dias e não apenas nesta data - o post de hoje é especialmente dedicada a elas.
MULHERES
Mulheres…
São mães…
Filhas…
Avós..
São profissionais…
Esposas…
Guerreiras…
São super-mulheres…
Mulheres-maravilha...
São heroínas do cotidiano.
São mulheres a serem respeitadas, reconhecidas, admiradas.
São mulheres que geram e movem o mundo.
Que cada vez mais mostram sua força, coragem e competência.
São mulheres que embalam nossos sonhos,
Desde pequeninos... e por toda a vida.
Ah! Essas mulheres...
Todos sabem – alguns esquecem
Por um instante, um momento
O valor de uma mulher.
Mas é só parar e olhar pra elas
Pra sua beleza infinita
Independente das marcas do tempo
E ver que ali está a vida em sua forma mais pura,
Mais dura, mais tenaz... mais capaz.
É a mulher de hoje.
Moderna, trabalhadora e independente.
Que conquista seu espaço a cada dia
Mas não perde a ternura jamais.
MULHERES
Mulheres…
São mães…
Filhas…
Avós..
São profissionais…
Esposas…
Guerreiras…
São super-mulheres…
Mulheres-maravilha...
São heroínas do cotidiano.
São mulheres a serem respeitadas, reconhecidas, admiradas.
São mulheres que geram e movem o mundo.
Que cada vez mais mostram sua força, coragem e competência.
São mulheres que embalam nossos sonhos,
Desde pequeninos... e por toda a vida.
Ah! Essas mulheres...
Todos sabem – alguns esquecem
Por um instante, um momento
O valor de uma mulher.
Mas é só parar e olhar pra elas
Pra sua beleza infinita
Independente das marcas do tempo
E ver que ali está a vida em sua forma mais pura,
Mais dura, mais tenaz... mais capaz.
É a mulher de hoje.
Moderna, trabalhadora e independente.
Que conquista seu espaço a cada dia
Mas não perde a ternura jamais.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Cotidiano - Blumenau, 05.03.2009
INTERNACIONAIS
EU, PARA EMBAIXADOR
Deu na imprensa: presidente Lula vai abrir quatro embaixadas no Caribe. Quatro! Impossível que não sobre uma vaguinha para mim. Se já tiverem escolhido os caras, digo, embaixadores, abre uma quinta, pô...
Se o Celso Amorim pode ser Ministro das Relações Exteriores, a gente pode pleitear uma vaga de embaixador, não acha?
NACIONAIS
ABORTO?
Em Recife, um padrasto estupra a enteada de apenas nove anos. A coitada da criança engravida – e de gêmeos. Quer interromper a gestação indesejada, claro. Além do que é apenas uma criancinha... pois a igreja católica chegou a entrar com pedido no Ministério Público para que este impedisse o “aborto”. Não deu tempo. Os médicos o fizeram, ainda bem.
Mas fica claro porque a igreja católica tem cada vez menos adeptos e cada vez mais resistência nesses tempos modernos. Em casos como este, fica claro a falta de bom senso e até de humanidade. Tudo por um dogma.
BILINGÜE
Comerciais de tevê da Volkswagem, brincando com a língua (portuguesa e alemã) estão muito bons. Depois do “é nóis (na fita)”, agora o novo VT troca o masculino pelo feminino, típico erro de alemão tentando falar português. E o outro alemão, do lado do trocador de letras, dá uma do tipo “eu fora”. Muito legal.
LOCAIS
A MAIS ALEMÃ
Blumenau deu a mão à palmatória. Na programação da Fimtur (evento de agentes de turismo que acontece por aqui), está a visita à Pomerode, “a cidade mais alemã do Brasil”. Que plantou o slogan e colhe os frutos. Nem se discute mais a questão.
ESTATUTO
Caso polêmico da falta de água no bairro da Velha, em Blumenau, deixou pelo menos uma questão importante no ar (mas ninguém falou dela): é interessante ter presidentes de Associação de Moradores envolvidos com política partidária? Penso que a comunidade perde com isso, porque qualquer justa reivindicação acaba ganhando outra conotação.
Os presidentes não têm culpa disso. O estatuto permite. Alguns até fazem um bom trabalho comunitário. Mas é fato que toda reivindicação é levada para outro lado, naturalmente perde credibilidade. A discussão que se levanta é: e se o estatuto das associações proibisse filiação partidária, não seria melhor para a comunidade? Caso para a Uniblam debater. Eu, na minha tranqüila posição de questionador, fico me perguntando se haveria tanto interesse pelas direções de associações...
BIG IDÉIA
O Supermercado Big teve uma grande idéia. Colocou à disposição do público, em sua loja, um cestão de livros didáticos usados. Quem não vai usar mais um livro escolar, deixa lá. As pessoas podem mexer no cestão e levar o que lhes interessa, de graça. Disseram-me que o cestão está cheio num período, no outro já está pela metade. Prova da boa iniciativa.
As filas nos caixas, no entanto, continuam as mesmas.
FUTEBOL
O Metropolitano, agora que engrenou uma recuperação, perdeu o técnico. O Peninha, comentarista da RIC Record, definiu bem: a relação técnico de futebol e clube é prostituída (por favor, entendam, não queremos ofender as prostitutas). Mas discordo quando ele diz que é dos dois lados. Quando um clube manda técnico embora por maus resultados, é por incompetência deste. Ou tática, ou de psicologia motivacional, ou de ter o grupo na mão. Porém o técnico deixar o time na mão quando a equipe mais precisa dele, recebendo salário em dia... sei não. Dá pinta de falta de caráter. Sérgio Ramirez que o diga.
NA TORCIDA
Metrô não quis César Paulista, que está aí dando sopa (deve ter algo muito grave entre algum diretor e ele), e trouxe de volta Lio Evaristo. Aquele mesmo que no ano passado foi mandado embora por colher duas derrotas seguidas no começo do campeonato. Resolverá agora, com o time à beira do rebaixamento? Torço que sim. Acreditar...
FORA ROTH!
Já no Grêmio, a torcida anda tão fula com Celso Roth que criou um site para detonar o treinador e cobrar posição da diretoria. É www.foraroth.com.br, com direito a link para um abaixo-assinado para pedir a cabeça do treinador.
EU, PARA EMBAIXADOR
Deu na imprensa: presidente Lula vai abrir quatro embaixadas no Caribe. Quatro! Impossível que não sobre uma vaguinha para mim. Se já tiverem escolhido os caras, digo, embaixadores, abre uma quinta, pô...
Se o Celso Amorim pode ser Ministro das Relações Exteriores, a gente pode pleitear uma vaga de embaixador, não acha?
NACIONAIS
ABORTO?
Em Recife, um padrasto estupra a enteada de apenas nove anos. A coitada da criança engravida – e de gêmeos. Quer interromper a gestação indesejada, claro. Além do que é apenas uma criancinha... pois a igreja católica chegou a entrar com pedido no Ministério Público para que este impedisse o “aborto”. Não deu tempo. Os médicos o fizeram, ainda bem.
Mas fica claro porque a igreja católica tem cada vez menos adeptos e cada vez mais resistência nesses tempos modernos. Em casos como este, fica claro a falta de bom senso e até de humanidade. Tudo por um dogma.
BILINGÜE
Comerciais de tevê da Volkswagem, brincando com a língua (portuguesa e alemã) estão muito bons. Depois do “é nóis (na fita)”, agora o novo VT troca o masculino pelo feminino, típico erro de alemão tentando falar português. E o outro alemão, do lado do trocador de letras, dá uma do tipo “eu fora”. Muito legal.
LOCAIS
A MAIS ALEMÃ
Blumenau deu a mão à palmatória. Na programação da Fimtur (evento de agentes de turismo que acontece por aqui), está a visita à Pomerode, “a cidade mais alemã do Brasil”. Que plantou o slogan e colhe os frutos. Nem se discute mais a questão.
ESTATUTO
Caso polêmico da falta de água no bairro da Velha, em Blumenau, deixou pelo menos uma questão importante no ar (mas ninguém falou dela): é interessante ter presidentes de Associação de Moradores envolvidos com política partidária? Penso que a comunidade perde com isso, porque qualquer justa reivindicação acaba ganhando outra conotação.
Os presidentes não têm culpa disso. O estatuto permite. Alguns até fazem um bom trabalho comunitário. Mas é fato que toda reivindicação é levada para outro lado, naturalmente perde credibilidade. A discussão que se levanta é: e se o estatuto das associações proibisse filiação partidária, não seria melhor para a comunidade? Caso para a Uniblam debater. Eu, na minha tranqüila posição de questionador, fico me perguntando se haveria tanto interesse pelas direções de associações...
BIG IDÉIA
O Supermercado Big teve uma grande idéia. Colocou à disposição do público, em sua loja, um cestão de livros didáticos usados. Quem não vai usar mais um livro escolar, deixa lá. As pessoas podem mexer no cestão e levar o que lhes interessa, de graça. Disseram-me que o cestão está cheio num período, no outro já está pela metade. Prova da boa iniciativa.
As filas nos caixas, no entanto, continuam as mesmas.
FUTEBOL
O Metropolitano, agora que engrenou uma recuperação, perdeu o técnico. O Peninha, comentarista da RIC Record, definiu bem: a relação técnico de futebol e clube é prostituída (por favor, entendam, não queremos ofender as prostitutas). Mas discordo quando ele diz que é dos dois lados. Quando um clube manda técnico embora por maus resultados, é por incompetência deste. Ou tática, ou de psicologia motivacional, ou de ter o grupo na mão. Porém o técnico deixar o time na mão quando a equipe mais precisa dele, recebendo salário em dia... sei não. Dá pinta de falta de caráter. Sérgio Ramirez que o diga.
NA TORCIDA
Metrô não quis César Paulista, que está aí dando sopa (deve ter algo muito grave entre algum diretor e ele), e trouxe de volta Lio Evaristo. Aquele mesmo que no ano passado foi mandado embora por colher duas derrotas seguidas no começo do campeonato. Resolverá agora, com o time à beira do rebaixamento? Torço que sim. Acreditar...
FORA ROTH!
Já no Grêmio, a torcida anda tão fula com Celso Roth que criou um site para detonar o treinador e cobrar posição da diretoria. É www.foraroth.com.br, com direito a link para um abaixo-assinado para pedir a cabeça do treinador.
terça-feira, 3 de março de 2009
Artigo - Opinião do Jornal do Comércio
Dentro desta idéia de trazer para o blog assuntos que são importantes, que devem ser lidos, seja por prazer, para pensar ou como informação (ainda que não escritos por mim), vejam o que foi publicado no Jornal do Comércio, de Porto Alegre.
A invasão e estrangeirização da Amazônia não parecem ser apenas ‘viagens internéticas’, como diziam há algum tempo.
O tamanho da dominação estrangeira na Amazônia
Opinião - Jornal do Comércio, Porto Alegre, pg. 02
De quem é a Amazônia? Nas escolas, os professores ensinam que é dos brasileiros. Al Gore, que já foi vice-presidente dos EUA, discorda. Em Londres, o pedido escrito no guardanapo de um restaurante declara guerra: "Lute pela Amazônia. Torre um brasileiro".
Há um fato. A Amazônia é imensa. Tem o tamanho de 17 países europeus juntos. E outro fato. A região é riquíssima em recursos. Por isso, dá para entender o interesse estrangeiro nela. Ao longo da história, essa cobiça foi escondida atrás de máscaras como a que Abraham Lincoln usou quando propôs ao então governo brasileiro que doasse lotes de terra na Amazônia aos negros que ele havia libertado, mas dos quais desejava livrar a sua administração.
Em 1983, Margareth Tatcher declarou que "Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas, que vendam suas riquezas, suas fábricas e seus territórios". Se levarmos em conta - ela certamente fez isso - o ouro que o Brasil desembolsou para pagar a dívida de Portugal com a Inglaterra quando comprou sua independência, a indigesta sugestão faz sentido.
Em 1989, foi a vez de o francês Jacques Mitterrand se manifestar. "O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia". Em seguida, o russo Gorbachev afirmou que "O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia a organismos internacionais."
Devemos temer uma guerra pela Amazônia? Nos anos 1990, Geraldo Cavagnari Filho, pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, listou motivos. Segundo ele, entre os argumentos que a Secretaria do Conselho de Segurança Nacional apresentou para justificar a criação do Projeto Calha Norte, em 1985, estavam: a cobiça internacional dos recursos minerais da região e o crescente trânsito ilegal de estrangeiros. Esses argumentos foram repetidos na implementação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Em 2004, o general-de-brigada Marco Aurélio Costa Vieira disse ao jornalista Javier Godinho que um levantamento do Exército havia constatado "o risco de o Brasil perder 56% do seu território", justamente o mais rico em minerais, petróleo, fauna, flora e água potável. Vieira acrescentou que não acredita em movimentos organizados, mas apontou a existência de 20 bases militares dos EUA cercando a região, para controlar o narcotráfico e a guerrilha, além de mais de 600 ONGs, instituições religiosas, científicas e culturais.
No dia 5 de março de 2008, Rolf Hackbart (Incra) relatou que "3,1 milhões de hectares da Amazônia Legal estão nas mãos de estrangeiros". Ele previu um agravamento da situação, porque, para comprar um imóvel "basta ser residente no País e apresentar uma carteira de identidade" e "para ter uma empresa basta ter autorização de funcionamento".
No início de 2009, Mara Silvia Alexandre Costa, funcionária pública federal, levou um choque em Manaus quando soube que em Roraima, onde apenas uma em cada dez pessoas é roraimense e pouco mais de 70% do território são demarcados como reserva indígena. E atenção: "Na única rodovia em direção ao Brasil que liga Boa Vista a Manaus, (800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km da reserva Waimiri Atroari fechada pelos índios entre 18h e 6h. Brasileiro não passa, mas o acesso é livre aos europeus e japoneses. Os americanos entram quando querem. Detalhe: se a pessoa não tem a autorização da Funai, mas tem a dos americanos, tudo bem. Para completar, a "maioria dos índios fala inglês ou francês, mas não fala português". Vamos perder a Amazônia beijando a mão do bandido se o Brasil não acordar.
Fonte: Jornal do Comércio, Porto Alegre, RS - 02 03 2009
Site: http://jcrs.uol.com.br/
A invasão e estrangeirização da Amazônia não parecem ser apenas ‘viagens internéticas’, como diziam há algum tempo.
O tamanho da dominação estrangeira na Amazônia
Opinião - Jornal do Comércio, Porto Alegre, pg. 02
De quem é a Amazônia? Nas escolas, os professores ensinam que é dos brasileiros. Al Gore, que já foi vice-presidente dos EUA, discorda. Em Londres, o pedido escrito no guardanapo de um restaurante declara guerra: "Lute pela Amazônia. Torre um brasileiro".
Há um fato. A Amazônia é imensa. Tem o tamanho de 17 países europeus juntos. E outro fato. A região é riquíssima em recursos. Por isso, dá para entender o interesse estrangeiro nela. Ao longo da história, essa cobiça foi escondida atrás de máscaras como a que Abraham Lincoln usou quando propôs ao então governo brasileiro que doasse lotes de terra na Amazônia aos negros que ele havia libertado, mas dos quais desejava livrar a sua administração.
Em 1983, Margareth Tatcher declarou que "Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas, que vendam suas riquezas, suas fábricas e seus territórios". Se levarmos em conta - ela certamente fez isso - o ouro que o Brasil desembolsou para pagar a dívida de Portugal com a Inglaterra quando comprou sua independência, a indigesta sugestão faz sentido.
Em 1989, foi a vez de o francês Jacques Mitterrand se manifestar. "O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia". Em seguida, o russo Gorbachev afirmou que "O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia a organismos internacionais."
Devemos temer uma guerra pela Amazônia? Nos anos 1990, Geraldo Cavagnari Filho, pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, listou motivos. Segundo ele, entre os argumentos que a Secretaria do Conselho de Segurança Nacional apresentou para justificar a criação do Projeto Calha Norte, em 1985, estavam: a cobiça internacional dos recursos minerais da região e o crescente trânsito ilegal de estrangeiros. Esses argumentos foram repetidos na implementação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
Em 2004, o general-de-brigada Marco Aurélio Costa Vieira disse ao jornalista Javier Godinho que um levantamento do Exército havia constatado "o risco de o Brasil perder 56% do seu território", justamente o mais rico em minerais, petróleo, fauna, flora e água potável. Vieira acrescentou que não acredita em movimentos organizados, mas apontou a existência de 20 bases militares dos EUA cercando a região, para controlar o narcotráfico e a guerrilha, além de mais de 600 ONGs, instituições religiosas, científicas e culturais.
No dia 5 de março de 2008, Rolf Hackbart (Incra) relatou que "3,1 milhões de hectares da Amazônia Legal estão nas mãos de estrangeiros". Ele previu um agravamento da situação, porque, para comprar um imóvel "basta ser residente no País e apresentar uma carteira de identidade" e "para ter uma empresa basta ter autorização de funcionamento".
No início de 2009, Mara Silvia Alexandre Costa, funcionária pública federal, levou um choque em Manaus quando soube que em Roraima, onde apenas uma em cada dez pessoas é roraimense e pouco mais de 70% do território são demarcados como reserva indígena. E atenção: "Na única rodovia em direção ao Brasil que liga Boa Vista a Manaus, (800 km) existe um trecho de aproximadamente 200 km da reserva Waimiri Atroari fechada pelos índios entre 18h e 6h. Brasileiro não passa, mas o acesso é livre aos europeus e japoneses. Os americanos entram quando querem. Detalhe: se a pessoa não tem a autorização da Funai, mas tem a dos americanos, tudo bem. Para completar, a "maioria dos índios fala inglês ou francês, mas não fala português". Vamos perder a Amazônia beijando a mão do bandido se o Brasil não acordar.
Fonte: Jornal do Comércio, Porto Alegre, RS - 02 03 2009
Site: http://jcrs.uol.com.br/
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