Oktoberfest 2016 (Foto: Marcelo Martins)
Quando
vejo uma Oktoberfest mais do que organizada, gostosa de viver, como a deste
ano, naturalmente me vejo remetido àquelas edições do início dos anos 90,
quando os números apontavam um milhão de participantes. A cidade virava um
caos, do centro à antiga Proeb. As reclamações dos blumenauenses eram muitas.
Simplesmente não havia como receber tanta gente de uma só vez. Para piorar,
naqueles tempos muitos turistas Brasil afora, especialmente em São Paulo , compraram a
nossa Oktober como um “carnaval alemão”... zoeira sem freio... bebedeira e
mulheres.
A
Oktoberfest de hoje não tem nada a ver com aquele tempo. Foi necessária uma
reposição da marca, que levou alguns anos. Da festa do chope para a festa das
tradições germânicas. Foi imprescindível a procura da qualificação. Da festa e
do público. Com a mesma cultura de trabalho, organização e limpeza de sempre, a
Oktoberfest de Blumenau praticamente se reinventou. Nos últimos três anos, em
especial, a festa cresceu em qualidade a olhos vistos. O incentivo às
cervejarias artesanais talvez tenha sido o principal motivo. A gastronomia
também melhorou. As bandas continuam ótimas e já nem dependemos tanto das
atrações internacionais (embora bem vindas).
Além
da preocupação com a limpeza e segurança, orgulho de sempre e itens mais do que
elogiados pelos turistas, detalhes que parecem pequenos mas fazem a diferença
foram implementados. O controle de ingressos e agilidade na entrada, a praça de
alimentação (Biergarten) muito melhorada, maior número de banheiros
disponíveis, restaurantes, pontos de fotografia... até a Sala de Imprensa é
outra coisa. São tantas melhorias que a gente sempre vai esquecer alguns itens.
Não é à toa que muita gente tem se referido à Oktoberfest/2016 como a melhor
festa de todos os tempos. Ela cresceu tanto em qualidade que até o
blumenauense, que um dia, lá atrás, torceu o nariz para a festa, está
aproveitando a alegria que contamina a cidade.
Acredito
que a ideia de parar de perseguir quebra de recorde de número de público para
investir forte no crescimento da qualidade, tenha sido a decisão mais acertada
de todos os tempos. Não é o número maior de pessoas dentro da festa que faz
dela um sucesso. É como essas pessoas se sentem dentro da festa que conta. E
neste quesito, a festa ofereceu muito mais opções de gastronomia, lazer,
segurança, muito mais comodidade com menos filas em caixas e banheiros, muito
mais alegria e encantou a todos, blumenauenses e turistas. Ainda que no sábado,
dia 15, o número limite máximo de pessoas tenha colocado à prova esta qualidade
superior, a organização esteve à altura. E, no geral, foi aprovada com
estrelinha.
Os
parabéns vão para a administração do Parque Vila Germânica, organizadores da
Oktoberfest, comissões que trabalham muito para este sucesso, administração
municipal... mas os parabéns vão, principalmente, para os blumenauenses, que
possuem a cultura da tradição e mostram sem pudor – especialmente em outubro –
o orgulho de viver esta cidade. É isto que encanta os turistas. E move a
economia. E alegra a cada um de nós. E, mais uma vez, coloca Blumenau no
patamar de um lugar especial, ímpar em suas peculiaridades, no coração de todos
os brasileiros.
DIA 30
Neste
domingo termina o longo período do segundo turno das eleições municipais.
Depois de muita propaganda sem ética (todos acompanharam de onde veio), é hora de escolher o próximo prefeito de Blumenau. Quem vota, opina. Quem
não vai votar, não adianta nem se manifestar antes ou protestar depois. Está deixando
que os outros escolham por ela.
ÚLTIMA CHANCE
Debate
da RBS TV nesta sexta, 28, é a última chance para aqueles que pretendem ir às
urnas e ainda não definiram o voto. Se é que tem alguém nesta indecisão. Sempre
é interessante ver os debates, mas não mudam muita coisa não...
SEM PESQUISA
Sem
as pesquisas de institutos que não acertam os percentuais em Blumenau (e não só
aqui), sabe-se se por incompetência ou interesses ocultos, a eleição parece
mais limpa. O eleitor que tem sua preferência deve ir às urnas votar por ela –
e não porque um instituto disse que alguém está na frente. E a ausência de
pesquisa deixa mais legal até mesmo os pitacos. Tem gente até fazendo bolão.
IMPRESSÃO
Eu
tinha uma leitura logo após o fim do primeiro turno. Analisando votos daqui,
dali e acolá, chegaria a apostar em algo em torno de 53,6% para Napoleão contra
46,4% para Jean. Mas vendo as propagandas eleitorais do segundo turno e
conhecendo o eleitor blumenauense, acredito que Napoleão passe de 60% dos votos
neste domingo. Algo na casa de 62%. Pitaco FW. Que é só mais um palpite.
FINAL DE FEIRA
Que
bom que, com a eleição, a campanha eleitoral chega ao fim. Nunca li tantas
asneiras escritas nas redes sociais, algumas por pessoas que conheço pessoalmente. A
gente ri, pensa e se decepciona. Ética pro lixo, respeito vai junto. Que venham
tempos de menos podridão, menos raiva e menos mentiras, pois nossos cérebros
não merecem isso.
ENQUANTO ISSO...
Em
Brasília o presidente do senador Renan “ainda tô livre” Calheiros desce das
tamancas e resolve comprar briga com o Poder Judiciário. Chamou ministro de “chefete”
e juiz de Direito de “juizeco”. Esqueceu que jogo de cintura é melhor do que desinteligência.
Afinal, qualquer pessoa de bom senso sabe que a língua é o chicote do rabo. Depois
que viu a m que fez, tentou provocar uma reunião com os chefes dos três
poderes. Pediu pro Temer intermediar. A ministra presidente do STF disse um
sonoro “não”.
Estou
só esperando o nome dele cair lá no STF pra ver o tamanho da derrota de Renan.
ESTUDANTES?
Na
boa... virou moda estudante invadir escola, universidade, paralisar as aulas e
atividades. Qualquer coisa que discordem, desde que bem manipulados (claro),
param tudo. A minoria prejudicando a maioria que gostaria de ter aulas. Uma
minoria que fugiu dos ensinamentos sobre democracia e não leu o que a palavra
significa no dicionário.
Alguém
aí tem alguma dúvida de quem está insuflando este movimento?
VAI, CURINTIA!...
Torcida
do Corinthians foi ao Rio para o jogo do Flamengo. Pequena parte dela aprontou.
Tem que pagar. Os trinta presos devem, no futuro, ser abolidos dos estádios.
Nunca mais ver um jogo de futebol. Assim resolveram o problema dos holligans na Inglaterra. Estádio de
futebol também é lugar de gente civilizada.
É
igual eleição. Se não vai fazer a coisa certa, fora!