quarta-feira, 13 de julho de 2016

A TOCHA DA DISCÓRDIA

Imagens com as belezas de Blumenau circularam o país em jornais, web e tv.

Desde sempre o brasileiro misturou governo e país, nação e partidos políticos, posições políticas com esportivas. Desta vez, com as Olimpíadas, não foi diferente. A passagem da tocha olímpica pelos municípios fez das redes sociais o espelho desta dificuldade de muita gente entender que política é uma coisa, esporte é outra. A olimpíada é um evento esportivo – o maior do esporte amador no planeta. O governo brasileiro e as mazelas de corrupção engendradas nos salões de Brasília é outra realidade. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, como se diz no jargão popular. Misturar as duas, é falácia.

Considerar inadequada a realização de uma olimpíada no atual momento que o país atravessa, é bem sensato. Particularmente, penso que nem deveria ser aqui, agora. Assim como na Copa do Mundo, o Brasil não conseguiu ver o legado físico desses grandes eventos esportivos mundiais. Muito, é claro, por nossa própria incompetência. Estádios construídos em lugares que mal tem time de futebol, obras de infraestrutura que não acabaram e muitas que nem começaram e outras patuscadas mensuráveis próprias de um país como o nosso. A culpa é dos eventos?  Não. Eles seriam uma oportunidade. Nossos governantes (eleitos por nós) não souberam aproveitar.

Por outro lado, quem tem bom senso vislumbra que há legados difíceis de mensurar. As obras que foram em frente empregaram milhares de brasileiros por um bom tempo. Os eventos em si, enquanto duraram, renderam até para pipoqueiro em porta de estádio. Não ver esses benefícios econômicos às pessoas é, no mínimo, um estratosférico esforço de egoísmo. E essa talvez seja uma das marcas dos “reclamantes de plantão” das redes sociais: se o acontecimento não beneficiar a ele, é contra. Porque não há como negar que, no meio esportivo, uma olimpíada no Brasil não só motiva os atletas de alta performance a treinar mais, melhorar muito para tentar chegar à olimpíada, como também ajuda a criar uma cultura de esporte amador nas crianças ainda em idade escolar.

Reforço: penso que não era a hora de ter o evento por aqui, mas não consigo ver só coisa ruim nas Olimpíadas (e Paralimpíadas). Vejo que quem é do contra, só é do contra. Não propõe nada. Não quer ao menos tentar enxergar algo de bom, ainda que o legado fique bem aquém do desejável.

A mesma linha de pensamento serve para aqueles que criticam a passagem da tocha por uma cidade. Em primeiro lugar, porque as redes sociais foram espaço de mentiras de gente dizendo que um município paga R$ 180 mil para que a tocha venha à cidade. É mentira! Coisa de quem não pesquisa, não busca informações, mas... quer ser do contra. Um levantamento prévio aponta que Blumenau pagou um equipamento de som, um ônibus da Secretaria de Educação para transportar fanfarra, ambulância e grades de proteção deslocadas para a rua XV...  vamos falar sério: não chega nem a 10% do que os mal informados andam falando.

Em troca, quase 400 pessoas de fora da cidade (entre pessoas que trabalham para o Comitê Olímpico Brasileiro e patrocinadores das Olimpíadas mais os parentes de que ia carregar a tocha) ocuparam hotéis, restaurantes, compraram souvenirs. A Vila Germânica lotou em plena terça-feira à noite. A cidade foi notícia em redes da mídia nacional. Tudo isto gerou recursos para comerciantes da área turística que mantém empregos na cidade. Gerou impostos para o município em plena crise econômica nacional. Gerou exposição positiva de Blumenau para o país, o que serve como propaganda turística gratuita. Dá para afirmar: Blumenau ganhou com a passagem da tocha.

Enfim, ser a favor ou contra a olimpíada é questão da opinião de cada um, assim como ser contra ou a favor do governo. Misturar as duas coisas e esquecer que o esporte movimenta saúde, educação, cidadania, economia e sonhos... é ser extremamente egoísta.


PROCONLINE

Baixei o aplicativo do Procon de Blumenau e fiquei bem impressionado com as possibilidades que o sistema oferece. Até foto-denúncia é possível. Várias leis, incluindo o Código de Defesa do Consumidor, também estão ali. É a informação útil na palma da mão.


FARÓIS ACESOS

Em apenas quatro dias, 12 mil veículos foram multados nas rodovias pelo país afora. Aí é capaz de algum arauto do apocalipse bradar “indústria da multa!”...  Não. É uma nova lei. Parece-me pertinente, mas mesmo que não fosse, é lei. Então só é multado quem não a cumpre. Simples assim.

Mas... #ficaadica: Polícia Rodoviária tem que dar o exemplo.


DIA DE ROCK

13 de julho é considerado o Dia Mundial do Rock. Pra mim, ele é todo dia, mas... tudo bem. Mais uma razão para ouvi-lo. Também dá pra aproveitar e entrar na brincadeira (sem limite de tempo) da fan page facebook.com/livroskolrock . Só acessar e deixar escrito qual o rock resume sua paixão pelo estilo.  ;) 

Vamos ver o que aparece...



COISAS DA GINCANA

Falar nisso, a Gincana Cidade de Blumenau teve uma prova muito legal. Arrecadar violões para doação em prol da Fundação Pró-Família, que faz um trabalho super legal com adolescentes e jovens também. Essas tarefas sociais são marca registrada desta gincana que já soma 24 anos de histórias – e cada história... Maior orgulho de tê-la criado e ver gente competente tocando o barco. Parabéns equipes! Parabéns, André!


COISA BOA

As redes sociais têm boas surpresas para quem curte ver a metade cheia do copo, ao invés de ficar reclamando da metade vazia. O blog (www.blumenaudobem.wordpress.com) e fan page Blumenau do Bem (facebook.com/blumenaudobem), projeto criado para o evento 100em1dia do ano passado, é uma ótima oportunidade de uma visão legal da cidade e daqueles que colaboram para que ela fique melhor.


Gostar da cidade é fazer algo por ela, além de pagar impostos. Penso que galera como a do 100em1dia (e não só eles) trazem uma nova cultura de cidadania. Está aí uma coisa que pode ajudar a mudar o Brasil, a partir da mentalidade de cada brasileiro.


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