Torre de Babel: pressão na Câmara dos Deputados
Dilma não é santa, Temer não
é santo, Eduardo Cunha também não. Muito pelo contrário. Diante desta
realidade, tudo o que está acontecendo neste momento em Brasília, a Ilha de
Lost, envolvendo a possibilidade de impechment
da presidente (com “e” no final, como manda o correto português) da República e
a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, não deveria espantar ninguém.
O jogo da política rasteira, da mentira, da corrupção e do apoio com interesse
somente pelo poder, é um jogo de cartas marcadas.
A “traição”, neste caso, é
tão comum quanto mentir publicamente em campanha para iludir o eleitor e
conquistar mais alguns anos de poder. O ‘embarrigamento’ de decisões para se
manter no poder é tão esperado quanto ter contas não declaradas em bancos na
Suíça ou qualquer outro paraíso fiscal. Infelizmente foi isso que a política
brasileira – salvo raríssimas exceções – se tornou. Um grande balaio de gatos
(desculpem-me, bichanos!) de lata de lixo, mal cheirosos.
A carta pessoal do
vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma, que foi primeiro para a
imprensa, já deixou claro que se depender do Congresso, o impechment, até pouco tempo atrás improvável, virou uma realidade
possível. A impopularidade de Dilma e a sede de poder de alguns, fez com que
ela perdesse apoio político nas esferas de poder. E o julgamento de um impechment, por mais que deva haver um
gatilho jurídico, é uma decisão eminentemente política. Assim foi com Fernando
Collor. E naquela época, o PT lutava pelo impedimento do presidente sem chamar
a ação de golpe. Collor também foi eleito pelo voto popular.
Já que a política se
transformou em vergonha nacional pela ação dos próprios políticos, que nos
próximos capítulos eles pelo menos nos poupem de cenas lamentáveis como as
vistas ontem na Câmara dos Deputados, quando alguns representantes do povo
trocaram sopapos e, em uma aula de não-democracia, destruíram as urnas
eleitorais onde estava sendo votada a chapa da comissão que decidirá sobre o
encaminhamento do processo de impechment.
Vandalismo só porque sua opinião foi contrariada, lembra ditadura. E, se bem me
lembro, foi contra isso que eles lutaram num passado não muito distante. Ou
não?
CONCEITOS
A melhor definição de
ditadura e democracia, aliás, é de autor desconhecido: “ditadura é quando você
manda em mim; democracia é quando eu mando em você”.
Que assim não seja.
SUL AMERICANA PÁTRIA
Por falar em ditadura,
democracia e outros conceitos como esquerda, direita volver, o cenário político da América do Sul
parece estar mudando novamente. Nos anos 70, tínhamos as ditaduras militares. A
partir dos 80, eleições e uma natural ‘popularização’ dos governantes. Este
apelo popular parece estar perdendo força, agora, pelo que vê na Argentina,
Venezuela e até no Brasil.
COMBATENTES
Melhorzinha da semana, via face:
Arte do face
SALTO O QUÊ?
Agências de publicidade e os
próprios clientes precisavam cuidar um pouquinho mais das gravações de áudio de
seus anúncios. Quando em um comercial ouve-se a pronúncia “Salto Weissback”
demonstra-se não só falta de conhecimento, mas até mesmo de respeito pela
origem da cidade. A grafia é Weissbach e, em alemão, “ch” tem som de r que vem
da garganta. Como Bach, o músico erudito. As pessoas não precisam saber falar o
idioma, mas o mínimo de pesquisa faz parte do processo profissional da
comunicação. É como falar Shopping “Neu”markt.
Toda vez que ouço uma
pronúncia dessas, errada, transfiro naturalmente a ideia de burrice ao estabelecimento anunciante.
INTERESSA, SIM
Eis que a revista digital
Interessa ficou pronta. Trabalho prático do semestre dos meus queridos alunos
de Jornalismo de Revista – que, aliás, estão de parabéns. Sou suspeito para
falar (bem) dela. Mas o conteúdo jornalístico das matérias e o visual da
revista ficaram show. Para que vocês possam ver, ler e analisar, segue aí o
link: http://issuu.com/academicosjornalismo/docs/revista_interessa
ORGULHO DE PAI
Solenidade de entrega na OAB subseção Blumenau
No espaço da mesma semana (passada) meu
filho mais velho foi aprovado em banca do TCC e recebeu o certificado por sua
aprovação na prova da OAB. Vamos combinar: isso dá um orgulho danado para os
pais, especialmente por saber do futuro que terá pelo homem que é.
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