sexta-feira, 12 de junho de 2015

POVO QUE NÃO PENSA... MASSA DE MANOBRA



O caso do motorista que estacionou em lugar proibido na rua XV de Novembro, foi preso pela Polícia Militar e viralizou nas redes sociais dos blumenauenses, é caso claro e inequívoco de como a grande maioria da população não pensa. Age sob emoção quando se junta, nas ruas, e por impulso total quando está nas redes sociais. As ações desta turba são tão emotivas quanto inconsequentes, tão imediatas quanto insensatas. Chegam a ser perigosas.

O não-pensar é um ato deliberado de ignorância. Logo, todo aquele que prefere não pensar pode, sim, ser chamado de ignorante. Um chute nos culhões dos filósofos e um desserviço para uma nação enquanto sociedade. Mas, infelizmente, como coloquei em meu trabalho acadêmico de pós-graduação, este é um problema que nasce em casa e se estende à escola, na base, por um formato conteudista de muitas décadas que prefere o repetir de conteúdo ao provocar o pensar. Todos os que assim preferem, têm direito de não pensar. Apesar de triste, decisões pessoais fazem parte do indivíduo. O chato é ter que ficar aguentando a atitude “Maria vai com as outras” nas redes sociais. Ignorância deveria ser guardada no próprio ser.  

No caso em questão, da ação da PM em relação a um motorista inconsequente, o óbvio depois se desvendou. O que foi taxado emotivamente pela turba na rua como um ato de violência – e apoiado por outra turba de não-pensadores nas redes sociais exibindo vídeos feitos na rua, com opiniões sobre o que não sabiam – foi desmascarado pela própria imprensa pouco depois. Não só o motorista em questão colocou a van que dirigia em local proibido, como ainda não quis sair do carro quando interpelado pelos policiais. O que poderia ser um simples caso de guinchamento de veículo (já que havia problema também com a placa do veículo), tornou-se um caso de resistência a uma ordem policial.


Gostemos ou não, há espaços para veículos de transportes de valores nas baías de estacionamento da rua XV, assim como há vagas específicas para idosos e deficientes. É a lei. E agentes públicos como policiais e de trânsito, por exemplo, estão nas ruas para fazer cumprir a lei. Particularmente sou contrário à vaga para o carro-forte, mas se a lei existe e permite isso, não são os motoristas que podem descumpri-la. Os PMs foram xingados na rua e nas redes sociais por não-pensadores totalmente desinformados e despreparados para uma opinião de bom senso. Esta é uma triste realidade que a falta de uma boa formação provoca e o mau uso da tecnologia da informação potencializa.  


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