quarta-feira, 6 de maio de 2015

BLUMENAU DAS POLÊMICAS GRATUITAS

Blumenau, terra das polêmicas.      Foto: Marcelo Martins

Blumenau é uma terra sem igual. Terra de sol, chope, gente bonita. Terra de tradições germânicas que vão muito além da gastronomia e das músicas típicas e se traduzem em um povo trabalhador, sério e ético. Mas que não consegue se livrar de uma peculiaridade bem própria de cidade pequena: a adoração às polêmicas. A coisa por aqui é levada tão a sério, que qualquer fofoquinha de boteco vira polêmica, valorizada por jornal, rádio e, se bobear, até tevê. Redes sociais, então, nem se fala. E a maioria dos “opinantes” (nome que poderia ser traduzido como “lavadeiras”, se o contexto fosse outro), sequer sabe do que está falando. Apenas embarca no bonde da polêmica. E pronto.

Não bastasse a vergonha de alguns poucos blumenauenses irem até Brasília para fofocar para o BID sua versão xenofóbica sobre a Ponte do Centro que se pretende construir ligando a rua Itajaí ao bairro Ponta Aguda, tentando claramente prejudicar Blumenau ao querer impedir a vinda de recursos financeiros para a cidade, implicam agora até mesmo com o conceito de sustentabilidade. A fala de um profissional dizendo que bicicleta não é sustentável (afinal, existe a utilização de material manufaturado e, posteriormente, o descarte dele na natureza) virou notícia de jornal. Parabéns!  Grande tema para o futuro da humanidade.

Não vale nem a pena aprofundar o assunto. Utilizei o exemplo apenas para mostrar que enquanto poderíamos debater temas importantes para o bem da cidade, alguns ficam dando asas a polêmicas insustentáveis. É assim que Blumenau não vai para a frente. É por isso que a cidade não avança muito mais do que poderia. Enquanto um grupo rema para a frente, outro, no mesmo barco, rema para trás. O plantio de polêmicas desnecessárias faz parte das ações do time que rema para trás. Com isso, não perde apenas o grupo que faz força para avançar. Toda a comunidade é prejudicada. Ser a “capital das polêmicas” tem um custo, um preço muito alto a ser pago por todos nós. Afinal, estamos - todos - no mesmo barco.

MAIO AMARELO

Em tempos de Maio Amarelo, é bom que os adeptos da polêmica da “indústria da multa” (outra fabricada por quem não tem o que fazer) coloquem as barbas de molho. O trânsito é a praga que mais mata no Brasil e os brasileiros só se conscientizam se a mordida dói no bolso. Logo, fiscalização de guardas de trânsito é ato de extrema necessidade. Eu mesmo já fui multado e, ainda assim, creio na fiscalização como forma de frear o ímpeto dos mais apressados.

Melhor isto do que ver um filho morto ou um pai em cadeira de rodas por causa de um motora irresponsável. E está cheio por aí.

AMARELOU

Até quem se insurgiu legalmente contra a fiscalização, amarelou. Afinal, a Justiça viu que os argumentos insurgentes, se não eram mentirosos, eram ao menos falaciosos. Lidar com acidentes, sequelas, vidas, é coisa bem mais séria do que aparecer na mídia e nas redes sociais.

COISA BOA!

Depois do Stammtisch (até dei uma passadinha por lá), o Festival de Botecos. Da mesma forma negativa em que é pródiga em alimentar polêmicas, Blumenau é positivamente pródiga em fazer dar certo eventos gastronômicos que envolvam cerveja. De hoje, quarta, até sábado, a Vila Germânica reúne os botequeiros de plantão para curtir mais um desses. Quinta estarei lá, já aproveito para ver a The Zorden.

Ah!.. Nunca é demais lembrar: álcool e direção... 

TEMPOS DIFÍCEIS

Panelaço nas casas e prédios, derrota no Congresso. Tudo em uma noite só. Não há dúvidas que o Governo Dilma e seu partido, o PT, vivem seu inferno astral ao mesmo tempo. E olha que nem estão tão juntos assim. Pelo menos é o que parece.

PÁTRIA ECONÔMICA

A Pátria Educadora deixou de investir na educação. Não há mais dinheiro para o Fies. Aliás, governos prometerem financiamentos, investimentos e os recursos financeiros acabarem antes de atender a demanda, não é de todo novidade. Mas se há necessidade de economia, dá para unir o útil ao agradável: um dos corruptos condenados do Mensalão, Pizzolatto disse que prefere morrer a ser preso no Brasil. Como cada detento causa um custo ao Estado pago por nós, pode-se instituir a pena de morte no Brasil. Atende a vontade do cara e economiza dinheiro para, quem sabe, investir um pouco mais na educação.

AULA DE ÉTICA

Nunca na história deste país deram tanta munição para professores, como eu, trabalharem as aulas da disciplina de Ética.

TÁ BOM, TÁ BOM...


Depois de aguentar um domingo e segunda de gozação de amigos colorados por conta do Grenal, vou virar minhas baterias para a próxima etapa da Copa Amigos da Velocidade de Kart, que rola no dia 14, quinta-feira, no kartódromo de Brusque. Se não dá na bola, que seja na pista. Pelo menos ali a diversão é garantida e o resultado depende de mim... hehehe

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