Blumenau, terra das polêmicas. Foto: Marcelo Martins
Blumenau é uma terra sem
igual. Terra de sol, chope, gente bonita. Terra de tradições germânicas que vão
muito além da gastronomia e das músicas típicas e se traduzem em um povo
trabalhador, sério e ético. Mas que não consegue se livrar de uma peculiaridade
bem própria de cidade pequena: a adoração às polêmicas. A coisa por aqui é
levada tão a sério, que qualquer fofoquinha de boteco vira polêmica, valorizada
por jornal, rádio e, se bobear, até tevê. Redes sociais, então, nem se fala. E
a maioria dos “opinantes” (nome que poderia ser traduzido como “lavadeiras”, se
o contexto fosse outro), sequer sabe do que está falando. Apenas embarca no
bonde da polêmica. E pronto.
Não bastasse a vergonha de
alguns poucos blumenauenses irem até Brasília para fofocar para o BID sua
versão xenofóbica sobre a Ponte do Centro que se pretende construir ligando a
rua Itajaí ao bairro Ponta Aguda, tentando claramente prejudicar Blumenau ao
querer impedir a vinda de recursos financeiros para a cidade, implicam agora
até mesmo com o conceito de sustentabilidade. A fala de um profissional dizendo
que bicicleta não é sustentável (afinal, existe a utilização de material manufaturado
e, posteriormente, o descarte dele na natureza) virou notícia de jornal.
Parabéns! Grande tema para o futuro da
humanidade.
Não vale nem a pena
aprofundar o assunto. Utilizei o exemplo apenas para mostrar que enquanto
poderíamos debater temas importantes para o bem da cidade, alguns ficam dando
asas a polêmicas insustentáveis. É assim que Blumenau não vai para a frente. É
por isso que a cidade não avança muito mais do que poderia. Enquanto um grupo
rema para a frente, outro, no mesmo barco, rema para trás. O plantio de
polêmicas desnecessárias faz parte das ações do time que rema para trás. Com
isso, não perde apenas o grupo que faz força para avançar. Toda a comunidade é
prejudicada. Ser a “capital das polêmicas” tem um custo, um preço muito alto a
ser pago por todos nós. Afinal, estamos - todos - no mesmo barco.
MAIO AMARELO
Em tempos de Maio Amarelo,
é bom que os adeptos da polêmica da “indústria da multa” (outra fabricada por
quem não tem o que fazer) coloquem as barbas de molho. O trânsito é a praga que
mais mata no Brasil e os brasileiros só se conscientizam se a mordida dói no
bolso. Logo, fiscalização de guardas de trânsito é ato de extrema necessidade.
Eu mesmo já fui multado e, ainda assim, creio na fiscalização como forma de
frear o ímpeto dos mais apressados.
Melhor isto do que ver um
filho morto ou um pai em cadeira de rodas por causa de um motora irresponsável.
E está cheio por aí.
AMARELOU
Até quem se insurgiu
legalmente contra a fiscalização, amarelou. Afinal, a Justiça viu que os
argumentos insurgentes, se não eram mentirosos, eram ao menos falaciosos. Lidar
com acidentes, sequelas, vidas, é coisa bem mais séria do que aparecer na mídia
e nas redes sociais.
COISA BOA!
Depois do Stammtisch (até
dei uma passadinha por lá), o Festival de Botecos. Da mesma forma negativa em
que é pródiga em alimentar polêmicas, Blumenau é positivamente pródiga em fazer
dar certo eventos gastronômicos que envolvam cerveja. De hoje, quarta, até
sábado, a Vila Germânica reúne os botequeiros de plantão para curtir mais um
desses. Quinta estarei lá, já aproveito para ver a The Zorden.
Ah!.. Nunca é demais
lembrar: álcool e direção...
TEMPOS DIFÍCEIS
Panelaço nas casas e
prédios, derrota no Congresso. Tudo em uma noite só. Não há dúvidas que o
Governo Dilma e seu partido, o PT, vivem seu inferno astral ao mesmo tempo. E
olha que nem estão tão juntos assim. Pelo menos é o que parece.
PÁTRIA ECONÔMICA
A Pátria Educadora deixou
de investir na educação. Não há mais dinheiro para o Fies. Aliás, governos
prometerem financiamentos, investimentos e os recursos financeiros acabarem
antes de atender a demanda, não é de todo novidade. Mas se há necessidade de
economia, dá para unir o útil ao agradável: um dos corruptos condenados do Mensalão,
Pizzolatto disse que prefere morrer a ser preso no Brasil. Como cada detento
causa um custo ao Estado pago por nós, pode-se instituir a pena de morte no
Brasil. Atende a vontade do cara e economiza dinheiro para, quem sabe, investir
um pouco mais na educação.
AULA DE ÉTICA
Nunca na história deste país
deram tanta munição para professores, como eu, trabalharem as aulas da
disciplina de Ética.
TÁ BOM, TÁ BOM...
Depois de aguentar um
domingo e segunda de gozação de amigos colorados por conta do Grenal, vou virar
minhas baterias para a próxima etapa da Copa Amigos da Velocidade de Kart, que
rola no dia 14, quinta-feira, no kartódromo de Brusque. Se não dá na bola, que
seja na pista. Pelo menos ali a diversão é garantida e o resultado depende de
mim... hehehe
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