segunda-feira, 16 de março de 2015

MOBILIZAÇÃO NACIONAL SURPREENDE


Mais de 40 mil pessoas participaram da manifestação em Blumenau. Foto: Jaime Batista

A mobilização vista no último domingo, 15 de março, contra a corrupção e o Governo Dilma foi superlativa. Em pleno domingo, um dia de descanso para a imensa maioria dos brasileros, muitos foram às ruas manifestar seu descontentamento. É óbvio que muitos e muitos outros descontentes não tem a vontade de participar de manifestos de rua e ficam em casa, às vezes acompanhando as notícias, por outras vezes potencializando-as pelas redes sociais. Se manifestos da expressão popular são sempre bem vindos em um regime democrático, não se pode banalizar a voz das ruas.

Foi o município catarinense com maior número de participantes. Foto: Jaime Batista

Ficou muito claro que boa parte da sociedade está descontente com os rumos do país e não é a “grande mídia”, nem os “poderosos financeiros” que apertaram o botão do movimento. Ele foi deflagrado pelo alto nível de corrupção verificado nos últimos anos, envolvendo o Congresso Nacional (mensalão) e a Petrobrás e a situação adversa da economia nacional que foi mascarada pela atual presidente da República na campanha eleitoral. Qualquer leitura muito diferente disso, é leitura ideologicamente apaixonada. E, aí, naturalmente prejudicada.

A manifestação foi exemplarmente pacífica, sem ocorrências policiais. Foto: Jaime Batista


Em Blumenau a manifestação foi gigante, uma das mais expressivas do Brasil. Aproximadamente 40 mil pessoas nas ruas, segundo a própria PM, o que dá cerca de 13% de toda a população do município. Nenhum incidente. Aliás, o pacifismo da mobilização em todo o país foi de dar inveja a alguns movimentos organizados – inclusive que apoiam o atual governo federal.


 

Fotos: Fabrício Wolff

Já está marcada uma nova manifestação para o dia 12 de abril, outro domingo, pelo Movimento Brasil Livre, que junto com o Vem Pra Rua agiu ativamente nesta mobilização de domingo. Aí os manifestantes entram em uma bifurcação: se a próxima for menor do que a primeira, tende a arrefecer a situação. Se for maior, pode colocar o Governo Dilma em maus lençóis. É imprevisível saber o nível de governabilidade daqui/daí por diante.

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