Queda de avião foi proposital. O que leva uma pessoa a fazer isto?
A história do co-piloto que lançou o avião contra as montanhas matando cerca de 150 pessoas na Europa, deveria colocar em dúvida a própria sociedade. Enquanto todos os que souberam do fato amplamente noticiado pela mídia jornalística ficaram abismados com o acontecido, poucos se perguntam o porquê da causa de tal ato. Realmente difícil entender. Especialmente quando se vê, agora, o teor das conversas na caixa preta, onde sabe-se que um piloto desesperado, do lado de fora, tentava convencer o co-piloto a não fazer qualquer bobagem, a ponto de, ao final, tentar abrir a porta da cabine a machadadas.
Segundo as notícias, o
co-piloto sofria de depressão. Teria inclusive escondido laudos dos últimos
exames, que apontavam para sanções em exercer a profissão de altíssima responsabilidade.
Em uma crise, matou a si e a uma centena e meia de inocentes. Porém a pergunta “por
que” teria que ser aprofundada. Não estará a sociedade exigindo expectativas
demais das pessoas tornando-as infelizes?
Qual o efeito que esta exigência pode ocasionar em pessoas que não
convivem bem com a pressão? O que a
sociedade pode fazer para atenuar esta situação em sua causa – e não em seus
efeitos?
É claro que nada justifica a
atitude do co-piloto. Ninguém quererá justificá-la. Mas como são as perguntas –
e não as respostas – que movem o mundo, seria muito importante que a própria
sociedade mundial se questionasse se este é o formato ideal para as pessoas,
para a humanidade. Produzir e competir até a exaustão pode ser muito interessante para o
sistema de produção de capital, para girar e fazer funcionar a roda da economia
mundial, mas parece que ao mesmo tempo estamos criando um matadouro de pessoas
extremamente frustradas... logo, infelizes.
PÁTRIA O QUÊ?
Como uma pátria pode ser
educadora com o salário que ganham os professores, a falta de respeito a eles
dos próprios alunos e a complicada política pública que deixa os universitários
financiados pelo Fies na mão?
Não esqueçamos. As perguntas
é que movem o mundo.
DAS TRADIÇÕES
Particularmente sou um
sujeito avesso às tradições quando elas remetem ao consumismo, ao apelo
comercial. Talvez por isso tente ficar afastado dos dogmas como as de datas
comercialmente comemorativas. Não consigo entender o recado de todo mundo
fazendo a mesma coisa ao mesmo tempo sem saber exatamente por quê. E ainda que
soubesse, torceria o nariz. Não me agrada o espírito de manada.
Ah! A Páscoa está chegando...
EM DESUSO
Aliás, uma tradição não
comercial que está caindo em desuso vertiginosamente é o Dia da Mentira. O 1º
de abril já foi muito mais utilizado e gozado. Mas na atualidade de tantas mentiras
deslavadas, muitas oriundas dos próprios governantes de Brasília, parece que a
brincadeira perdeu a graça. Caiu em desgraça.
DE PIMENTAS E MOTOS
Dia desses vi o amigo
Valther Ostermann publicar em sua coluna sobre pimentas. Apreciador que sou,
faço meus próprios molhos. Aliás, já falamos sobre. Agora ele vem com uma foto
(Santa desta segunda, 30) de uma linda moto custom – outra de minhas paixões. Só
falta agora o Valther dizer que é leitor inveterado de Nietzsche. Porque de Big
Brother, aposto que não é. (hehehe)
BELO ARRANJO
O convite à Camerata Florianópolis
para acompanhar o guitarrista Steve Vai – considerado um dos melhores do mundo,
se não o melhor – em apresentação no Rock in Rio pode ser considerado uma vitória
catarinense. E a certeza (que os músicos já têm) de que o rock bebe na fonte
erudita.
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