Agente Luciana Tamburini exibe B.O. contra juiz (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
É estarrecedor o caso da agente de trânsito do Rio
de Janeiro que há três anos e meio parou um juiz de direito em uma blitz e,
agora, foi condenada a pagar R$ 5 mil ao meritíssimo por danos morais. É claro
que não se sabe se houve discussão ou algum tipo de insulto entre as partes,
além do natural e nojento “carteiraço”, bem típico das pessoas que utilizam
cargo, profissão ou poder para obter privilégios que os demais mortais não têm.
À mídia, a agente de trânsito declara que não
insultou o meritíssimo. Apenas parou o juiz na blitz de Lei Seca e como ele
estava sem documentos, mandou guinchar o carro. Nisto, recebeu voz de prisão.
Isto mesmo! No Brasil atrasado do referido juiz, cumprir a lei que ele deveria
defender só serve para os outros, não para ele, ser superior magistrado. Ela
entrou na Justiça pedindo indenização pela situação vexatória eu passou, mas o
corporativismo e a injustiça prevaleceram: a 36ª Vara Cível RJ deu ganho de
causa ao juiz.
(http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/11/indenizacao-e-maior-que-meu-salario-diz-agente-que-parou-juiz-em-lei-seca.html)
Se é absurdo, não é novidade. Em um país onde a
democracia não tem mais do que 30 anos, onde governantes faziam o que bem
entendiam até bem pouco tempo sem qualquer fiscalização ou punição (muitos
ainda ficam impunes!) e onde o “carteiraço” parece ser moda entre várias
profissões, injustiças não sensibilizam mais. O caso do juiz em questão é o
mesmo caso do policial que, em dia de folga, quer entrar em uma danceteria sem
pagar, ou do jornalista que acredita que sua profissão, por si só, lhe garante
acesso a eventos e outras refestelações tão somente porque se acham detentores
de privilégios, acima dos demais.
Em nosso país, infelizmente, todo mundo se acha no
direito de protestar, de reclamar sobre qualquer coisa, prega atitudes éticas,
aponta o dedo em riste contra os benefícios dos outros, mas... se ele próprio é
o beneficiário, cala. E se por alguma razão se sente excluído dos ganhos extras,
sapateia, vocifera, briga. Neste país em que vivemos, na imensa maioria das
vezes caráter e ética são apenas discurso. Na prática, todos querem os
privilégios que criticam. Dois pesos e duas medidas, utilizados para benefício
próprio. Isto é que é pregar a moral de cuecas!
MEIAS E
INTEIRAS
Quem passou pelo Poder Legislativo, como eu que
trabalhei anos na TVL, sabe que a todo projeto de benefício para alguém, outros
são prejudicados. Assim funciona com a passagem do ônibus. Quanto mais
categorias beneficiadas com isenção ou meia tarifa, mais caro os outros
pagarão. Agora a patuscada se repete na “Lei da Meia Entrada”. Implantada em Santa Catarina para
estudantes há anos, ela encareceu os espetáculos para todos os demais seres
humanos que vão a eventos. O empresário cultural majora os preços para ter uma
média entre a meia e a inteira. A ideia de fazer o mesmo com professores em
Blumenau é demagógica.
Se a intenção é mesmo fomentar a cultura, que
acabem com toda esta meia entrada e proponham uma tarifa social para quem
realmente ganha pouco e não tem acesso. Afinal, há professores que ganham de R$
5 mil mensais e estudantes que nem saíram das fraldas mas andam de carro
importado por aí. O resto, é pura balela.
JÁ ERA
Quando cheguei em Blumenau, nos idos de 1983, a prestação de
serviços aqui tinha estado de excelência. Todo autônomo fazia um ótimo
trabalho, tinha clientela garantida. Hoje em dia, é um caos. Os serviços são
ruins, o “pós venda” é um horror. A imensa maioria quer fazer uma vez só,
ganhar dinheiro rápido e partir para outro otário... digo, cliente.
Por essas e outras que descobertas como um bom
eletricista (este já tenho há anos) e um bom pedreiro (descoberta recente,
depois de ver muito falcatrua atuando), valem ouro.
JÁ É
Ao encaminhar a finalização do livro História,
Cultura e Belezas do Vale Europeu, projeto Lei Rouanet que contém o patrocínio
de empresas de Blumenau e do estado, convenci-me do potencial turístico deste
pedaço de terra. É fantástico! O livro
de excelente qualidade e gigantescas fotografias estará em bibliotecas,
universidades, junto ao trade turístico
e cultural no início do ano que vem, gratuitamente.
JÁ !...
Neste sábado acontece mais uma prova de kart da
galera que reúne integrantes da imprensa, prefeitura e amigos, na pista de Brusque.
Na última, em setembro, a briga foi bonita entre Alexandre Pereira (RIC/Clube)
e Alexandre Caminha (Procon). Em minha estréia naquela pista, fiquei só em 4º.
A pista é muito boa, mas travada. Cansa pra caramba.
Mas cada prova é um novo pega e nesta tarde de sabadão... vamos acelerar!
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