quarta-feira, 5 de novembro de 2014

VOCÊ NÃO SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO!...

Agente Luciana Tamburini exibe B.O. contra juiz (Foto: Matheus Rodrigues/G1)

É estarrecedor o caso da agente de trânsito do Rio de Janeiro que há três anos e meio parou um juiz de direito em uma blitz e, agora, foi condenada a pagar R$ 5 mil ao meritíssimo por danos morais. É claro que não se sabe se houve discussão ou algum tipo de insulto entre as partes, além do natural e nojento “carteiraço”, bem típico das pessoas que utilizam cargo, profissão ou poder para obter privilégios que os demais mortais não têm.

À mídia, a agente de trânsito declara que não insultou o meritíssimo. Apenas parou o juiz na blitz de Lei Seca e como ele estava sem documentos, mandou guinchar o carro. Nisto, recebeu voz de prisão. Isto mesmo! No Brasil atrasado do referido juiz, cumprir a lei que ele deveria defender só serve para os outros, não para ele, ser superior magistrado. Ela entrou na Justiça pedindo indenização pela situação vexatória eu passou, mas o corporativismo e a injustiça prevaleceram: a 36ª Vara Cível RJ deu ganho de causa ao juiz.

(http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/11/indenizacao-e-maior-que-meu-salario-diz-agente-que-parou-juiz-em-lei-seca.html)

Se é absurdo, não é novidade. Em um país onde a democracia não tem mais do que 30 anos, onde governantes faziam o que bem entendiam até bem pouco tempo sem qualquer fiscalização ou punição (muitos ainda ficam impunes!) e onde o “carteiraço” parece ser moda entre várias profissões, injustiças não sensibilizam mais. O caso do juiz em questão é o mesmo caso do policial que, em dia de folga, quer entrar em uma danceteria sem pagar, ou do jornalista que acredita que sua profissão, por si só, lhe garante acesso a eventos e outras refestelações tão somente porque se acham detentores de privilégios, acima dos demais.

Em nosso país, infelizmente, todo mundo se acha no direito de protestar, de reclamar sobre qualquer coisa, prega atitudes éticas, aponta o dedo em riste contra os benefícios dos outros, mas... se ele próprio é o beneficiário, cala. E se por alguma razão se sente excluído dos ganhos extras, sapateia, vocifera, briga. Neste país em que vivemos, na imensa maioria das vezes caráter e ética são apenas discurso. Na prática, todos querem os privilégios que criticam. Dois pesos e duas medidas, utilizados para benefício próprio. Isto é que é pregar a moral de cuecas!

MEIAS E INTEIRAS

Quem passou pelo Poder Legislativo, como eu que trabalhei anos na TVL, sabe que a todo projeto de benefício para alguém, outros são prejudicados. Assim funciona com a passagem do ônibus. Quanto mais categorias beneficiadas com isenção ou meia tarifa, mais caro os outros pagarão. Agora a patuscada se repete na “Lei da Meia Entrada”. Implantada em Santa Catarina para estudantes há anos, ela encareceu os espetáculos para todos os demais seres humanos que vão a eventos. O empresário cultural majora os preços para ter uma média entre a meia e a inteira. A ideia de fazer o mesmo com professores em Blumenau é demagógica.

Se a intenção é mesmo fomentar a cultura, que acabem com toda esta meia entrada e proponham uma tarifa social para quem realmente ganha pouco e não tem acesso. Afinal, há professores que ganham de R$ 5 mil mensais e estudantes que nem saíram das fraldas mas andam de carro importado por aí. O resto, é pura balela.

JÁ ERA

Quando cheguei em Blumenau, nos idos de 1983, a prestação de serviços aqui tinha estado de excelência. Todo autônomo fazia um ótimo trabalho, tinha clientela garantida. Hoje em dia, é um caos. Os serviços são ruins, o “pós venda” é um horror. A imensa maioria quer fazer uma vez só, ganhar dinheiro rápido e partir para outro otário... digo, cliente.

Por essas e outras que descobertas como um bom eletricista (este já tenho há anos) e um bom pedreiro (descoberta recente, depois de ver muito falcatrua atuando), valem ouro.

JÁ É

Ao encaminhar a finalização do livro História, Cultura e Belezas do Vale Europeu, projeto Lei Rouanet que contém o patrocínio de empresas de Blumenau e do estado, convenci-me do potencial turístico deste pedaço de terra. É fantástico!  O livro de excelente qualidade e gigantescas fotografias estará em bibliotecas, universidades, junto ao trade turístico e cultural no início do ano que vem, gratuitamente.

JÁ !...

Neste sábado acontece mais uma prova de kart da galera que reúne integrantes da imprensa, prefeitura e amigos, na pista de Brusque. Na última, em setembro, a briga foi bonita entre Alexandre Pereira (RIC/Clube) e Alexandre Caminha (Procon). Em minha estréia naquela pista, fiquei só em 4º. A pista é muito boa, mas travada. Cansa pra caramba.

Mas cada prova é um novo pega e nesta tarde de sabadão... vamos acelerar!



Nenhum comentário: