quinta-feira, 23 de outubro de 2014

HOJE, QUEM ACREDITA EM PESQUISA ELEITORAL?



Acompanhando a política nacional, a impressão que me dá é que todo mundo está preocupado com as pesquisas eleitorais efetuadas pelos institutos e noticiadas pela imprensa. Definitivamente, entendo cada vez menos por quê. Em primeiro lugar, porque há resultados para todos os gostos: tem pesquisas onde quem vence é a candidata Dilma Roussef (Ibope, Datafolha); em outras, quem ganha é Aécio Neves (www.institutoverita.com.br). Todas têm uma coisa em comum. A diferença pouquíssimo passa da margem de erro. Vamos combinar: depois de errar tanto no primeiro turno, até os institutos de pesquisa colocaram as barbas de molho.

Ao comentar o assunto com amigos, um deles me disse que há institutos que ninguém conhece anunciando pesquisa – essas mais divulgadas nas redes sociais. Lembrei a ele que os grandes institutos é que foram os imensos derrotados do primeiro turno. Erraram feio. A “margem de erro” era de 4% e o “índice de confiabilidade” de 95%. Pois a diferença deu perto de 20%, se verificarem os resultados. Para os blumenauenses, não é novidade. O Ibope, por exemplo, errou tudo por aqui na eleição municipal de 2012.

Tenho para mim que as pesquisas não são confiáveis. Primeiro porque já demonstraram isto nas últimas eleições. Segundo porque é sempre manipulável – pelo menos dentro da tal margem de erro. Terceiro porque há uma tendência de penderem para o lado que oferece mais. E em quarto lugar porque uma amostragem de 4 mil pessoas em um universo de quase 150 milhões de eleitores, é uma gotícula no oceano. Nem estatística  aguenta corroborar um rojão deste tamanho.

Pesquisa pode até ser coisa séria, mas quando se trata de política ela não é tão séria assim. Há muitos interesses envolvidos, inclusive o de manipular a opinião pública, tentando atrair o voto dos indecisos. Sendo assim, nesta reta final seria muito mais interessante os candidatos e seus capitães, sargentos e cabos eleitorais esquecerem esta história de pesquisa e arregaçarem as mangas com tudo para conquistarem votos dos eleitores que não possuem partido político nem corrente ideológica. São esses, sem dúvida, que decidem as eleições.

MORTAL

Os dizeres do outdoor (foto acima) colocado em alguns lugares (como na rua dos Caçadores, bairro da Velha, em Blumenau), juntamente com o desenho da cara de palhaço, tão utilizada nas manifestações de rua contra a corrupção, é fatal. Diz tudo: “Quem vota em branco não acha graça depois”. E a matada vem nas letras menores: “Seu voto vale um futuro”.

NOVO MOMENTO

Porém, analistas acreditam que a disputa acirrada no segundo turno vai fazer muito eleitor sair da casca. Não se interessava, não estava a fim de votar, mas agora tem o gostinho de saber que seu voto pode decidir o presidente do país. Terá peso, fará diferença.
Sinceramente, não me lembro de uma eleição tão apertada.

REALIDADE

Eleição é sempre uma disputa de poder. Ao final, independente de qualquer vencedor, os economistas prevêem que o país enfrentará grandes dificuldades econômicas no ano que vem. E é aí que a porca torce o rabo.

ENQUANTO ISSO...

Na Oktoberfest, muita gente curtindo de montão. Passando por um estande que vende camisetas me chamaram atenção os escritos das peças:
“Ressacas são para amadores”
“Minha vida é um litro aberto”
“12 chopes: R$ 72,00. Multa por dirigir embriagado: R$ 1.913,00. Encontrar os amigos na delegacia... não tem preço.”

Haja criatividade!...



FRASE CERTEIRA


Enquanto as caravanas passam – e elas sempre passam – os bois brancos mugem. Mas eles só mugem porque foram largados na beira da estrada. Abatê-los daria um churrasco e se evitaria a lamentação.

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