Acompanhando
a política nacional, a impressão que me dá é que todo mundo está preocupado com
as pesquisas eleitorais efetuadas pelos institutos e noticiadas pela imprensa.
Definitivamente, entendo cada vez menos por quê. Em primeiro lugar, porque há
resultados para todos os gostos: tem pesquisas onde quem vence é a candidata
Dilma Roussef (Ibope, Datafolha); em outras, quem ganha é Aécio Neves (www.institutoverita.com.br). Todas têm uma coisa em comum. A diferença pouquíssimo passa da margem de erro. Vamos combinar: depois de errar tanto no primeiro
turno, até os institutos de pesquisa colocaram as barbas de molho.
Ao comentar
o assunto com amigos, um deles me disse que há institutos que ninguém conhece
anunciando pesquisa – essas mais divulgadas nas redes sociais. Lembrei a ele
que os grandes institutos é que foram os imensos derrotados do primeiro turno.
Erraram feio. A “margem de erro” era de 4% e o “índice de confiabilidade” de
95%. Pois a diferença deu perto de 20%, se verificarem os resultados. Para os
blumenauenses, não é novidade. O Ibope, por exemplo, errou tudo por aqui na
eleição municipal de 2012.
Tenho para
mim que as pesquisas não são confiáveis. Primeiro porque já demonstraram isto
nas últimas eleições. Segundo porque é sempre manipulável – pelo menos dentro
da tal margem de erro. Terceiro porque há uma tendência de penderem para o lado
que oferece mais. E em quarto lugar porque uma amostragem de 4 mil pessoas em
um universo de quase 150 milhões de eleitores, é uma gotícula no oceano. Nem
estatística aguenta corroborar um rojão
deste tamanho.
Pesquisa pode
até ser coisa séria, mas quando se trata de política ela não é tão séria assim.
Há muitos interesses envolvidos, inclusive o de manipular a opinião pública,
tentando atrair o voto dos indecisos. Sendo assim, nesta reta final seria muito
mais interessante os candidatos e seus capitães, sargentos e cabos eleitorais
esquecerem esta história de pesquisa e arregaçarem as mangas com tudo para
conquistarem votos dos eleitores que não possuem partido político nem corrente
ideológica. São esses, sem dúvida, que decidem as eleições.
MORTAL
Os dizeres
do outdoor (foto acima) colocado em alguns lugares (como na rua dos Caçadores,
bairro da Velha, em Blumenau), juntamente com o desenho da cara de palhaço, tão
utilizada nas manifestações de rua contra a corrupção, é fatal. Diz tudo: “Quem
vota em branco não acha graça depois”. E a matada vem nas letras menores: “Seu
voto vale um futuro”.
NOVO MOMENTO
Porém,
analistas acreditam que a disputa acirrada no segundo turno vai fazer muito
eleitor sair da casca. Não se interessava, não estava a fim de votar, mas agora
tem o gostinho de saber que seu voto pode decidir o presidente do país. Terá
peso, fará diferença.
Sinceramente,
não me lembro de uma eleição tão apertada.
REALIDADE
Eleição é
sempre uma disputa de poder. Ao final, independente de qualquer vencedor, os
economistas prevêem que o país enfrentará grandes dificuldades econômicas no
ano que vem. E é aí que a porca torce o rabo.
ENQUANTO ISSO...
Na
Oktoberfest, muita gente curtindo de montão. Passando por um estande que vende
camisetas me chamaram atenção os escritos das peças:
“Ressacas
são para amadores”
“Minha vida
é um litro aberto”
“12 chopes:
R$ 72,00. Multa por dirigir embriagado: R$ 1.913,00. Encontrar os amigos na
delegacia... não tem preço.”
Haja
criatividade!...
FRASE CERTEIRA
Enquanto as
caravanas passam – e elas sempre passam – os bois brancos mugem. Mas eles só
mugem porque foram largados na beira da estrada. Abatê-los daria um churrasco e
se evitaria a lamentação.
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