terça-feira, 16 de setembro de 2014

CAMPANHA ELEITORAL MAIS DO QUE MORNA

Às vezes, nem os candidatos levam eleição à sério.

A atual campanha eleitoral decepciona. É verdade que as campanhas para presidente da República e governador do Estado nunca são tão apaixonantes quanto uma campanha para a prefeitura de um município. Afinal, embora presidente e governadores sejam muito importantes, pois comandam a maior parte do dinheiro do país e as decisões mais abrangentes, é no município que pequenas decisões afetam a vida das pessoas. Aliás, até por isso uma reforma tributária do pacto federativo é necessidade mais do que urgente. Mas este não é o assunto desta nota.

Impressiona é como, a poucas semanas da eleição, o clima junto às pessoas ainda é morno, morninho, quase frio. Esta eleição parece não empolgar. Não fosse o acidente e morte do então candidato Eduardo Campos, pouco se teria notado a eleição, exceto pelo horário eleitoral gratuito que poucos veem. Alguns apostam que este desinteresse pelas eleições resultará em uma enxurrada de votos brancos e nulos – o que também é uma grande burrice do eleitor despreparado = cidadão sem consciência. Ao votar assim, seu ‘protesto’ vira voto de quem está na frente. Ao invés de escolher pelo menos “o menos pior”, ele passa uma procuração para que os outros eleitores possam escolher “o pior de todos”. Existe até quem acredite que se houver 50% dos votos brancos e nulos, uma eleição pode ser anulada. Isto é uma mentira velha e sem qualquer amparo legal.

Enfim, estamos a 20 dias das eleições e muita gente sequer definiu em quem vai votar, cenário típico do desinteresse demonstrado pelas eleições. Talvez por isso os candidatos que aparecem atrás nas pesquisas tenham tanta fé que ainda possam virar o jogo. Com um índice tão grande de desinteresse, o índice de definições fica sob suspeita. Dizer uma tendência de voto hoje, nem de longe garante o voto naquele candidato no dia das eleições. Além disso, muita coisa anda acontecendo no Brasil e toma conta dos noticiários: vide caso Petrobrás. Tudo isto ainda pode ter repercussão nas urnas. Assim, considerar cristalizado o voto por uma tendência em um país de eleitores desinteressados é, no mínimo, uma temeridade.


PLACAS E OUTDOORS

A legislação eleitoral, de umas eleições para cá, proibiu o uso de outdoors. A ideia era não privilegiar candidatos com mais dinheiro para não desequilibrar as chances. Mas aí permitiram colocar plaquinhas em tudo o que é lugar, como calçadas, canteiros e rótulas. Quem tem mais dinheiro, terá mais dessas placas espalhadas por aí. Não seria muito mais inteligente liberar apenas os outdoors e limitar o número máximo para cada candidato? Se cada um pudesse colocar no máximo 5 ou 10 outdoors por 30 dias, o disparate financeiro não ficaria tão grande e ninguém tropeçaria em plaquinhas.


FAST FODE

O Brasil está na mesma linha alimentar temerária dos estadounidenses. Muito pão, comidas rápidas, calorias e pouca coisa realmente nutritiva e saudável. A previsão dos organismos que tratam da saúde é de que em poucas décadas teremos um país com maioria considerável de obesos. E daí os problemas de saúde que disso advém, inclusive psicológicos.


DOIS PESOS

Como gremista, fiquei realmente triste com os xingamentos ao goleiro Aranha, do Santos, no episódio que marcou o fim do Grêmio na Copa do Brasil. O clube acabou penalizado pela atitude de uma dúzia de babacas. Porém, não vejo nenhuma punição a clube algum quando chamam, por exemplo, algum jogador de bicha ou viado. Isto quer dizer que temos dois pesos e duas medidas na justiça desportiva e quem sabe no país?  Não se pode discriminar racialmente, mas sexualmente sim?  E chamar os juízes de filho da puta é legal?  Não é ofensa maior do que as demais?

Como diria um personagem de Jô Soares no antigo programa Viva o Gordo, “não precisa explicar, eu só queria entender”.


NO LIXO

E não é que encontraram uma tornozeleira eletrônica, dessas que colocam em presidiários, no lixo, em Blumenau?  Se ela estava ‘em uso’, é bom colocar as barbas de molho. Parece mais fácil de tirar do que pulseirinha de balada.


COISA BOA

Sábado, dia 20, é dia de correr de kart. Uma turma composta por jornalistas e outros amigos pisa fundo no kartódromo de Brusque, às 16h. Estou na fissura, já que na prova do mês passado tive contratempo de última hora e fiquei sem correr.  O amigo Alexandre Pereira (RIC/Clube), novo presidente da Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi) é o cara a ser batido.


2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo comentário quanto as eleições

Unknown disse...

Pode até ser proibido as placas em local público, mas não é o que se vê pelas ruas de Blumenau... Tem candidato que espalha várias pelos canteiros da cidade pela manhã, e recolhe no fim do dia.