Às vezes, nem os candidatos levam eleição à sério.
A atual
campanha eleitoral decepciona. É verdade que as campanhas para presidente da
República e governador do Estado nunca são tão apaixonantes quanto uma campanha
para a prefeitura de um município. Afinal, embora presidente e governadores
sejam muito importantes, pois comandam a maior parte do dinheiro do país e as
decisões mais abrangentes, é no município que pequenas decisões afetam a vida
das pessoas. Aliás, até por isso uma reforma tributária do pacto federativo é
necessidade mais do que urgente. Mas este não é o assunto desta nota.
Impressiona
é como, a poucas semanas da eleição, o clima junto às pessoas ainda é morno, morninho,
quase frio. Esta eleição parece não empolgar. Não fosse o acidente e morte do
então candidato Eduardo Campos, pouco se teria notado a eleição, exceto pelo
horário eleitoral gratuito que poucos veem. Alguns apostam que este
desinteresse pelas eleições resultará em uma enxurrada de votos brancos e nulos
– o que também é uma grande burrice do eleitor despreparado = cidadão sem
consciência. Ao votar assim, seu ‘protesto’ vira voto de quem está na frente. Ao
invés de escolher pelo menos “o menos pior”, ele passa uma procuração para que
os outros eleitores possam escolher “o pior de todos”. Existe até quem acredite
que se houver 50% dos votos brancos e nulos, uma eleição pode ser anulada. Isto
é uma mentira velha e sem qualquer amparo legal.
Enfim,
estamos a 20 dias das eleições e muita gente sequer definiu em quem vai votar,
cenário típico do desinteresse demonstrado pelas eleições. Talvez por isso os
candidatos que aparecem atrás nas pesquisas tenham tanta fé que ainda possam
virar o jogo. Com um índice tão grande de desinteresse, o índice de definições
fica sob suspeita. Dizer uma tendência de voto hoje, nem de longe garante o
voto naquele candidato no dia das eleições. Além disso, muita coisa anda
acontecendo no Brasil e toma conta dos noticiários: vide caso Petrobrás. Tudo
isto ainda pode ter repercussão nas urnas. Assim, considerar cristalizado o
voto por uma tendência em um país de eleitores desinteressados é, no mínimo,
uma temeridade.
PLACAS E OUTDOORS
A
legislação eleitoral, de umas eleições para cá, proibiu o uso de outdoors. A
ideia era não privilegiar candidatos com mais dinheiro para não desequilibrar
as chances. Mas aí permitiram colocar plaquinhas em tudo o que é lugar, como
calçadas, canteiros e rótulas. Quem tem mais dinheiro, terá mais dessas placas
espalhadas por aí. Não seria muito mais inteligente liberar apenas os outdoors
e limitar o número máximo para cada candidato? Se cada um pudesse colocar no máximo
5 ou 10 outdoors por 30 dias, o disparate financeiro não ficaria tão grande e
ninguém tropeçaria em plaquinhas.
FAST FODE
O Brasil
está na mesma linha alimentar temerária dos estadounidenses. Muito pão, comidas
rápidas, calorias e pouca coisa realmente nutritiva e saudável. A previsão dos
organismos que tratam da saúde é de que em poucas décadas teremos um país com
maioria considerável de obesos. E daí os problemas de saúde que disso advém,
inclusive psicológicos.
DOIS PESOS
Como
gremista, fiquei realmente triste com os xingamentos ao goleiro Aranha, do
Santos, no episódio que marcou o fim do Grêmio na Copa do Brasil. O clube
acabou penalizado pela atitude de uma dúzia de babacas. Porém, não vejo nenhuma
punição a clube algum quando chamam, por exemplo, algum jogador de bicha ou
viado. Isto quer dizer que temos dois pesos e duas medidas na justiça desportiva
e quem sabe no país? Não se pode
discriminar racialmente, mas sexualmente sim?
E chamar os juízes de filho da puta é legal? Não é ofensa maior do que as demais?
Como
diria um personagem de Jô Soares no antigo programa Viva o Gordo, “não precisa
explicar, eu só queria entender”.
NO LIXO
E não é
que encontraram uma tornozeleira eletrônica, dessas que colocam em presidiários,
no lixo, em Blumenau? Se ela estava ‘em
uso’, é bom colocar as barbas de molho. Parece mais fácil de tirar do que
pulseirinha de balada.
COISA BOA
Sábado,
dia 20, é dia de correr de kart. Uma turma composta por jornalistas e outros
amigos pisa fundo no kartódromo de Brusque, às 16h. Estou na fissura, já que na
prova do mês passado tive contratempo de última hora e fiquei sem correr. O amigo Alexandre Pereira (RIC/Clube), novo
presidente da Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi) é o cara
a ser batido.
2 comentários:
Parabéns pelo comentário quanto as eleições
Pode até ser proibido as placas em local público, mas não é o que se vê pelas ruas de Blumenau... Tem candidato que espalha várias pelos canteiros da cidade pela manhã, e recolhe no fim do dia.
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