domingo, 26 de outubro de 2008

Cotidiano - Blumenau, 26.outubro.2008

NACIONAIS

POLÍTICA

Hoje (domingo) é dia de segundo turno de eleições em várias cidades brasileiras (as com mais de 200 mil eleitores, como prevê a lei). Então, talvez fosse bom que os eleitores que irão votar – e os que não irão também – lessem com atenção o texto abaixo. Ele é conhecido, mas ainda tem um monte de gente que se acha melhor do que a política, que não se interessa, que não se informa.

O Analfabeto Político (Bertold Bretch)

"O pior analfabeto é o analfabeto político.

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Eugen Berthold Friedrich Brecht é um dos autores alemães mais importantes do século XX, especialmente nas suas facetas de dramaturgo e de poeta. Viveu de 1898 a 1956. Em www.netsaber.com.br/biografias pode-se encontrar mais sobre a vida dele. Em www.culturabrasil.pro.br/brechtantologia, pode-se conhecer a obra de Bretch. Pena que geralmente os que não precisam, é que pesquisam.

LOCAIS

CENAS URBANAS - I

Rapaz num Peugeot 206 preto, madruga quase de manhã, chega ao estacionamento do Blu Lanches, arruma discussão e sai anunciando que voltará armado. Quando chega, a PM chega junto. Armados, os policiais rendem o brigão, revistam o carro e encontram arma com número de série raspado. Não fosse a pronta ação da polícia, poderia-se ter, ali, uma tragédia.

Quanta coisa ruim acontece por aí por causa de atos de valentia, não?... Colocando em risco outras pessoas que nada tem a ver com a confusão, inclusive. Não seria melhor o rapaz ter saído com uma garota ou mesmo ir para casa dormir?

CENAS URBANAS – II

Tempo de Oktoberfest. Pessoas menos conscientes – ou mais alcoolizadas, o que dá no mesmo – urinam em frente às casas, estabelecimentos comerciais próximos à Vila Germânica, etc, principalmente nos finais de semana, quando o público é muito grande. Impossível controlar? Pois então há de se estabelecer um plano de limpeza definido, à base de jatos de água. Ruas Humberto de Campos e Alberto Stein que o digam.

CENAS URBANAS – III

Uma família de ciganos se instalou naquela nova rua que passa atrás do Corpo de Bombeiros, onde os circos costumam ficar (aliás, é interessante como terrenos locados por circos depois viram “casa” de ciganos). Vizinhança, incomodada, procurou autoridades para saber o que fazer. Recebeu como resposta que ciganos são nômades, a questão é cultural e nada pode ser feito para removê-los do local. Nem assistência social, nem abrigo público.

Interessante. Lembrei-me que é o mesmo argumento utilizado por quem pratica a farra do boi. A questão é cultural.

CENAS URBANAS – IV

Ainda sobre a mesma família de ciganos: a senhora mais velha do grupo trava batalha diária, de vassoura em mão, com quero-queros que habitam o local (provavelmente por terem ninhos ali). A cena é até engraçada, não fosse mais uma vez a intervenção do homem sobre o meio ambiente.

Até a próxima...

Um comentário:

JEFFERSON FOREST disse...

Parabéns pelo blog e pela postagem!!!