quinta-feira, 24 de março de 2016

IDOLATRIA, FRAQUEZA SOCIAL


Venerar ídolos é uma cultura muito, mas muito antiga. Na mitologia grega havia os deuses e semi-deuses. Há 2.016 anos, o cristianismo criou os santos. Alguns adoram Deus, outros Alá. Alguns chegam ao fanatismo nessas adorações. Talvez por isso, não seja tão difícil compreender a veneração de pessoas, também. A sociedade, desde sempre, criou seus ídolos, seus heróis, uma forma de buscar parâmetros de comportamento. Mais ou menos a ideia de que se todos agissem assim, a sociedade seria melhor. Porém, as pessoas que compõem a sociedade, em sua maioria, procuram compensar sua fraqueza interior na adoração a figuras que elas tornam ídolos. A idolatria, então, representa a fraqueza de uma sociedade e das pessoas que a compõem.

As pessoas têm a tendência de terceirizar seus fracassos como forma de dividir o peso do não alcance de suas expectativas. Se você mirar um exemplo que torna inalcançável, como um ídolo, isto pode ajudar em muito a conviver com seus insucessos pessoais. É claro que ao idolatrar alguém, as pessoas o fazem sem a consciência da razão do ato. Geralmente acreditam ser apenas uma admiração superlativa, ou mesmo entram na onda de admiração do grupo social que convivem. Ayrton Senna foi ídolo nacional. Era um vencedor no automobilismo e os brasileiros depositaram nele sua vontade de vencer. O juiz Sérgio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, é outro em quem os brasileiros depositam aquilo que desejariam ser. Justiceiros contra a corrupção que assola este país há muito – e que ultimamente assusta a todos com números inimagináveis que somam dezenas de bilhões de reais.

Até o ex-presidente Lula, durante um momento da vida política brasileira, chegou a encarnar a esperança de um Brasil diferente, para todos, mais honesto. Era romântico ver um trabalhador braçal chegar à presidência da República, apesar da desconfiança de alguns pelo seu pouco estudo. Porém as investigações em curso, o enriquecimento rápido da família e as insistentes negativas de propriedade de imóveis que soam escancaradamente como mentiras, mostram que o ídolo de alguns tem pés de barro. Mostrou que Lula não só não era um Ayrton Senna ou um Sérgio Moro, como também não pode ser comparado sequer a Robin Hood – outro ladrão imortalizado no folclore popular inglês, porque este outro roubava dos ricos para dar aos pobres e não a ele mesmo. 

Sempre considerei uma pena – pena mesmo! – alguém ter que idolatrar outra pessoa, seja um ser carnal, um santo ou uma imagem. Uma fraqueza de espírito que beira à falta de amor próprio. Se bem que com as questões psicológicas, é sempre difícil lidar. Algumas pessoas argumentam que muitos precisam adorar algo conhecido ou desconhecido (ideológica ou espiritualmente) para viver melhor, mais centrado. Isto me soa como “para aceitar melhor sua condição de vida”. Porém, as pessoas têm direito de fazer o que bem quiserem de suas vidas. Não posso negar, entretanto, que vejo isto como uma fuga da realidade, uma forma de o adorador (aquele que idolatra) encontrar forças nos outros para si, buscar externamente aquela força que não tem internamente (ou acredita que não tem). E pessoas internamente frágeis são sempre mais fáceis de serem dominadas.

Por isso este ressaltar quase icônico de pessoas tão diferentes como Moro e Lula, soam perigosos. Não que dê para comparar um ao outro. Todas as pessoas têm suas qualidades e seus defeitos e, até onde conhecemos, Moro é o juiz que tenta passar a limpo um passado obscuro da vida pública nacional, enquanto Lula é um ex-presidente que de esperança nacional desceu para o degrau baixo dos corruptos de plantão que usam o poder para levar vantagens indevidas. O que vem ao caso aqui, no entanto, é que idolatrar tanto a um quanto a outro só demonstra a fraqueza da nossa sociedade. Admirar e apoiar o trabalho do juiz Sérgio Moro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e de todos os organismos que enfrentam ameaças para desnudar a dura e bandida realidade da vida pública (e privada) deste país, é uma coisa. Real, consciente e necessária. Personificar este apoio na idolatria a uma pessoa, é fraqueza. Até porque se, um dia, o ídolo se vai, o processo é interrompido.

O Brasil precisa é de instituições fortes, não de ídolos. Precisa de partidos fortes – e sérios, não de políticos de estrela superior que criam seus currais ideológicos eleitorais. O Brasil precisa é de uma cultura de cidadania, que é construída pela consciência e atitude de cada um, e não de fracotes admiradores de salvadores da pátria. Ou isso ou o eterno “gigante adormecido em berço esplêndido” de uma nação de cordeirinhos que vivem seguindo as ordens de seus líderes (geralmente narcisistas e perniciosos).
  

ESTUPEFATO

Estou de cara com a cara de pau de Lula e do governo Dilma quando tratam da Lava Jato. A estratégia petista nacional é chamar o juiz Sérgio Moro de bandido, tentar desqualificá-lo e culpar a investigação da Polícia Federal pela recessão econômica do país. Eles têm interesse direto nisso, porque se não o governo cai e Lula pode até ir preso. Mais difícil de entender é o séqüito lulo-petista de fanáticos a repetir as mesmas bobagens insanas, como se fosse verdade. É doentio.


SABE DE NADA

Pelo visto Lula e Dilma não sabem que eles artificializaram a economia nos últimos anos buscando uma reeleição. O preço dos combustíveis é o maior exemplo, mas está longe de ser o único. Eles também não sabem que foi o governo do PT que institucionalizou a corrupção, em um mega processo de roubo do dinheiro público (nosso!) que fez a Petrobrás bambear financeiramente, esculhambou com a ideia de instituição estado brasileiro e jogou a credibilidade do país no abismo, fazendo os mercados de todo o mundo perderem a confiança no Brasil, o que, em uma economia globalizada, é suicídio. Enfim, eles não sabem de nada. A culpa é da PF e do Moro, que querem fazer o que é certo: investigar e punir os responsáveis.
Cegueira temporária é bem conveniente. 


LÁ E CÁ

Mas tais quais os fanáticos do estado islâmico que se auto-explodem e matam pessoas inocentes por sua “causa” na Europa, as estratégias lulo-petistas de tentar matar o que é certo para que sobreviva a “causa” deles, que se perdeu nos tortuosos caminhos da corrupção, causa estragos mas não podem terminar vitoriosas. As mentiras, inversão de valores e desconstrução da ética que contaminam cabeças mais fracas da claque que ainda aplaude este estado de coisas, não convencerão as pessoas de bem. Fatos são fatos.


GOEBBELS PURO

Joseph Goebbels foi o ministro de propaganda de Hitler. Ele tinha 11 princípios para confundir os fatos e tentar convencer a população daquilo que interessava ao reich alemão. Veja se a cartilha não parece estar sendo aplicada pelo PT no caso das investigações da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro.


1- Princípio da simplificação e do inimigo único.
 
Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.
 
2- Princípio do contágio
Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem. Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.
 
3- Princípio da Transposição
 
Transladar todos os males sociais a este inimigo.
 
4- Princípio da Exageração e desfiguração
 
Exagerar as más noticias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”
 
5- Princípio da Vulgarização
 
Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As ações do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.
 
6- Princípio da Orquestração
 
Fazer ressonar os boatos até se transformarem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial’.
 
7- Princípio da Renovação
 
Sempre há que bombardear com novas notícias (sobre o inimigo escolhido) para que o receptor não tenha tempo de pensar, pois está sufocado por elas.
 
8- Princípio do Verossímil
 
Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, mas todas em contra do inimigo escolhido. O objetivo deste debate é que o receptor, não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro.
 
9- Princípio do Silêncio.
 
Ocultar toda a informação que não seja conveniente.
 
10- Princípio da Transferência
 
Potencializar um fato presente com um fato passado. Sempre que se noticia um fato se acresce com um fato que tenha acontecido antes
 
11- Princípio de Unanimidade
 
Busca convergência em assuntos de interesse geral  apoderando-se do sentimento  produzido por estes e colocá-los contra do inimigo escolhido.



ASSINEI. ASSINE TAMBÉM

Recebi por whatsapp um link para assinar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) de cunho popular (no bom sentido da palavra) que pretende garantir que a Polícia Federal tenha liberdade em suas investigações. Todos sabem que paira no ar uma ameaça ditatorial do governo Dilma querer barrar investigações. Em menos de 30 segundos acessei o link, respondi três perguntinhas e assinei. Quando abri meu e-mail recebi a confirmação de minha participação.
  
Olá, Fabrício da Cunha Wolff,

Agradecemos o seu apoio e a sua assinatura na Carta do Povo Brasileiro ao Congresso Nacional pela Autonomia da Polícia Federal.

Para apoiar, acesse o nosso site e baixe o material da campanha. 
www.adpf.org.br


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Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal - ADPF#autonomiadaPF
#PEC412


Sugiro que você faça o mesmo, por um Brasil sem corrupção.

Um comentário:

Thiago Floriano disse...

Realmente os responsáveis pela articulação do discurso do PT leram a cartilha de Goebbels e assumiram como seu livro de cabeceira. A lógica central da propaganda petista é mentir ou ocultar parte da verdade "até que a mentira se torne verdade".