Deputado mostra áudio de mentiras eleitorais da presidente Dilma.
Boa parte da população brasileira já reclama do que considera um estelionato eleitoral. Particularmente, sou a favor da democracia. Se a presidente Dilma Roussef recebeu mais votos nas urnas, tem o direito legal de estar no cargo. Porém não há como negar que para chegar lá, a candidata-presidente mentiu. E como mentiu... Vendeu o “país das maravilhas” para seus eleitores e está entregando um Brasil de maltrapilhas. O que disse na campanha, está desdizendo a cada dia com aumento de produtos, serviços e impostos que desmentem cada palavra dita no horário eleitoral gratuito (o vídeo coletado no You Tube comprova parte deste estelionato). O brasileiro que nela votou se sente enganado. O que não votou (quase metade da população eleitoral), mais do que revoltado.
Nunca fui petista. Não sou
filiado a nenhum partido político, diga-se de passagem. Mas há algumas décadas
até cheguei a pensar que o PT era aquele partido que poderia restituir a ética
na política. Tinha um discurso – e também uma prática, oposicionista e
descomprometida, claro – que encantavam os ouvidos. Parecia ser possível.
Passados alguns mandatos e o que vemos é a institucionalização da corrupção, da
bandalheira, da falta de ética. Da total falta de respeito com as pessoas, com
o povo, com a nação. Toda esta prática hedionda, soma-se agora às mentiras de
campanha. Dilma e seu governo petista perderam toda a credibilidade. Prova
disto é que até deputados governistas votaram para abertura da CPI da Petrobrás.
Penso em como haverá governabilidade se ninguém mais – exceto os petistas mais
fervorosos – acreditam no governo.
Se o PT decepcionou muita
gente na sua história de governo (não pelas ações sociais que empreendeu, mas
pelo fato de rasgar o discurso da ética que empunhava com fervor quando oposição,
principalmente), é difícil dizer, agora, o que mais decepciona milhões e milhões
de brasileiros: se o mar de lama que passa por sobre o Palácio do Planalto,
produzido pelo próprio, ou se a fantástica capacidade dos fanáticos petistas
espalhados pelo país em furar os próprios olhos, tornarem-se cegos e negarem,
tal qual papagaios dos líderes maiores, as falcatruas cometidas em nome da
governabilidade.
Como já disse em outros
textos, não foi o PT que criou a prática de aliciar votos de congressistas para
os interesses do governo com “benefícios” espúrios. Mas teve a capacidade de
institucionalizar isto com pagamento mensal, o malfadado mensalão. O partido
foi mais criticado porque não se esperava isso dele, pregador da moralidade e ética.
Porém o que estarrece é a capacidade de Lula dizer que “não sabia de nada”, dos
petistas conhecidos fazerem coro de que o mensalão não existiu e dos (bem) menos
graduados em fingirem-se de cegos e acreditarem em sua cegueira proposital.
O mesmo antídoto falho foi
aplicado no caso Petrobrás. A roubalheira foi tão grande, que faz a compra de
votos mensal de deputados parecer trocados, esmola. Mas a roubalheira não
locupletou apenas alguns espertalhões que cobravam propina em tudo que era
contrato. Esses ficavam com a menor parte. O bolo maior do dinheiro corrupto ia
para partidos da base aliada, especialmente o PT. Caixa de campanha. Não sou eu
que digo. É a investigação da Polícia Federal. Claro que ela só foi aprofundada
depois da data do segundo turno das eleições. Se as prisões acontecessem antes,
poderia mudar o resultado das eleições.
Agora é Dilma que nega
saber do mar de lama em meio ao petróleo da Petrobrás. Manteve Graça Foster até
as ações da estatal caírem a níveis absurdos. Fez-se de cega e foi fiel a quem
garantiu o escoamento de bilhões de reais pelo oleoduto da corrupção como forma
de garantir a reeleição. Mas experimente perguntar a um petista sobre o caso. É
tudo culpa da grande mídia, o ‘poder oculto’ que quer derrubar o PT do governo
porque blá, blá, blá, blá... não se sabe se o papo é mais cansativo do que
maluco; difícil mensurar se apenas são cegos pela lavagem cerebral recebida ou
se fazem de loucos. É como aquele cara que vê uma mesa de vidro em sua frente e
teima que é de madeira. Impossível debater o tema assim. E talvez seja esta a tática.
Como não há explicação para tamanha decepção, melhor evitar o debate com falácias
de todo o tipo. E aí até se fazer de louco vale.
Porém, quem não tem um viés
de fanatismo ideológico acompanha as notícias (da grande, média e pequena mídia)
e fica apavorado. Definitivamente, parece nunca se ter roubado tanto na história
deste país. E aquele partido que, nascido há exatos 35 anos bancava ser a
salvação ética da política nacional, hoje não tem mais o que comemorar. A não
ser claro, os bilhões de reais que garantiram mais quatro anos de vida boa e de
um projeto político que não pestaneja um minuto em rasgar a cartilha ética e a
apregoada moral política para se manter no poder. E que continua tentando
pregar moral. Só que agora, de cuecas.
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