As noções de cidadania vem da Grécia Antiga. Mas ser cidadão é muito mais do que exigir direitos.
Todo mundo sabe, fala e
ouve que o problema em nosso país é a educação. E é. Mas não apenas a educação
dos bancos escolares, que produzem conhecimento, muito mais para que os seres
tornem-se produtivos para o sistema capitalista do que para que possam pensar
por si próprios para promover melhores escolhas. A educação que nos falta, no
Brasil, é aquela que tem um condão cultural, de tradição, passada de geração em
geração como traço de caráter e senso de responsabilidade, de cidadania. É por
isso, em especial, que temos tanta corrupção no país. É por isso, em especial,
que o Brasil, apesar das grandes potencialidades naturais e de seu povo, não dá
certo.
Vislumbro este cenário
toda vez que vejo alguém reclamar da coisa pública. Não que o cidadão não tenha
este direito, muito pelo contrário. Porém acreditar que o simples fato de pagar
impostos lhe dá direito de virar as costas para as boas atitudes, para o
cumprimento da lei e das regras sociais, para a sua cota parte do bem estar da
coletividade, mostra um ser acéfalo. Geralmente esses seres enchem a boca para
dizer que reclamam porque pagam impostos. E esquecem de todo o resto. Esquecem,
por exemplo, de que suas atitudes educam seus filhos, de que seus atos podem
ser referência para algumas pessoas.
Por isso é extremamente
comum – e imensamente burro – reclamar de falta de segurança no trânsito quando
quem a causa é exatamente os motoristas. Ou seja, o indivíduo, a população. E
se o poder público institui maneiras de fiscalizar a velocidade, há quem
reclame de uma suposta “indústria da multa”.
Tem gente que reclama de mato em sua rua, mas não é capaz de tirar da
frente de sua casa. Há pessoas que falam
da falta de ajardinamento de uma cidade, mas não plantam uma flor sequer em seu
jardim. E esses exemplos se multiplicam aos montes na falta de noção de
cidadania, de comunidade, existente em pessoas nesta Brasil afora.
Queremos soluções, mas não
nos dispomos a contribuir nem um pouquinho com elas. Colocamos tudo na conta do
poder público (municipal, estadual ou federal) como se não tivéssemos nenhuma
responsabilidade sobre a sociedade em que vivemos. Queremos exercer nossos
direitos, mas não queremos cumprir nossas obrigações, nossos deveres. Enquanto
pensarmos assim, que pagando os impostos já fazemos a nossa parte, sofreremos
nas mãos de nossa própria ignorância. Os governos quando muito tentam
administrar dinheiro de nossos impostos e prioridades. Quem constrói uma nação
é a civilidade de seu povo.
Ignorância molotov
Há algo que não entra na
cabeça de pessoas pensantes: o vandalismo. O que faz um cara jogar um coquetel
molotov em uma estação de pré-embarque do transporte coletivo? Estraga um bem
que é de todos e que, caso destruído, todos vão pagar de alguma forma... Merecia
penalização dupla. Afinal, vandalismo é burrice potencializada.
35 anos
Post sobre o aniversário
do PT neste blog repercutiu. Muitas manifestações por e-mail e até por
telefone. Pelo tweeter até Roger Moreira, líder da banda Ultraje a Rigor,
retuitou o endereço do blog para seus milhares de seguidores. Mas um ou outro
ceguinho daqueles quis combater com o desvio de atenção para outros temas. Não
tem jeito, mesmo. Eles nunca erram, nunca roubam. No máximo, não sabem de nada.
Ô, coisa!
Tem muita gente que vive
pelas redes sociais virtuais da vida que ainda não se tocou que o mundo virtual
é uma coisa, o real outra. Exemplo claro disso são as manifestações. Quando
houve o último reajuste da tarifa em Blumenau, um pretenso protesto obteve mais
de 300 confirmações virtuais. Menos de 30 pessoas (10%) estiveram no local marcado.
Ontem alguns políticos de oposição tentaram engendrar novo protesto, agora
contra ônibus lotado. Das 86 confirmações virtuais, 4 compareceram (5%), dois deles organizadores
do protesto com evidentes interesses político-partidários.
Resta saber se no protesto
contra a presidente Dilma, dia 15 de março, às 9h30min, em Blumenau, os
milhares de confirmados também ficarão nos gatos pingados.
Coisa boa
Festival Brasileiro da
Cerveja de Blumenau vem quente (ou melhor, gelaaaado) para a terceira edição (8 a 10 de março). Serão 136
cervejarias, 117 estilos de cervejas e 847 rótulos, 111% a mais do que na última
edição. Será que vamos ter que beber 111% a mais de cerva para compensar o
interesse da organização e cervejarias?
Coisa ruim
Definitivamente 2015 será
um ano de sofrimento para mim, no futebol. Meu Grêmio desmontou o time. Falta
grana. Pelo mesmo problema, ainda que com muitos milhões a menos, o
Metropolitano de Blumenau, pelo visto, vai lutar contra o rebaixamento.
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