quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FALTA EDUCAÇÃO, FALTA CULTURA

As noções de cidadania vem da Grécia Antiga. Mas ser cidadão é muito mais do que exigir direitos.

Todo mundo sabe, fala e ouve que o problema em nosso país é a educação. E é. Mas não apenas a educação dos bancos escolares, que produzem conhecimento, muito mais para que os seres tornem-se produtivos para o sistema capitalista do que para que possam pensar por si próprios para promover melhores escolhas. A educação que nos falta, no Brasil, é aquela que tem um condão cultural, de tradição, passada de geração em geração como traço de caráter e senso de responsabilidade, de cidadania. É por isso, em especial, que temos tanta corrupção no país. É por isso, em especial, que o Brasil, apesar das grandes potencialidades naturais e de seu povo, não dá certo.

Vislumbro este cenário toda vez que vejo alguém reclamar da coisa pública. Não que o cidadão não tenha este direito, muito pelo contrário. Porém acreditar que o simples fato de pagar impostos lhe dá direito de virar as costas para as boas atitudes, para o cumprimento da lei e das regras sociais, para a sua cota parte do bem estar da coletividade, mostra um ser acéfalo. Geralmente esses seres enchem a boca para dizer que reclamam porque pagam impostos. E esquecem de todo o resto. Esquecem, por exemplo, de que suas atitudes educam seus filhos, de que seus atos podem ser referência para algumas pessoas.

Por isso é extremamente comum – e imensamente burro – reclamar de falta de segurança no trânsito quando quem a causa é exatamente os motoristas. Ou seja, o indivíduo, a população. E se o poder público institui maneiras de fiscalizar a velocidade, há quem reclame de uma suposta “indústria da multa”.  Tem gente que reclama de mato em sua rua, mas não é capaz de tirar da frente de sua casa.  Há pessoas que falam da falta de ajardinamento de uma cidade, mas não plantam uma flor sequer em seu jardim. E esses exemplos se multiplicam aos montes na falta de noção de cidadania, de comunidade, existente em pessoas nesta Brasil afora.

Queremos soluções, mas não nos dispomos a contribuir nem um pouquinho com elas. Colocamos tudo na conta do poder público (municipal, estadual ou federal) como se não tivéssemos nenhuma responsabilidade sobre a sociedade em que vivemos. Queremos exercer nossos direitos, mas não queremos cumprir nossas obrigações, nossos deveres. Enquanto pensarmos assim, que pagando os impostos já fazemos a nossa parte, sofreremos nas mãos de nossa própria ignorância. Os governos quando muito tentam administrar dinheiro de nossos impostos e prioridades. Quem constrói uma nação é a civilidade de seu povo.

Ignorância molotov

Há algo que não entra na cabeça de pessoas pensantes: o vandalismo. O que faz um cara jogar um coquetel molotov em uma estação de pré-embarque do transporte coletivo? Estraga um bem que é de todos e que, caso destruído, todos vão pagar de alguma forma... Merecia penalização dupla. Afinal, vandalismo é burrice potencializada.  

35 anos

Post sobre o aniversário do PT neste blog repercutiu. Muitas manifestações por e-mail e até por telefone. Pelo tweeter até Roger Moreira, líder da banda Ultraje a Rigor, retuitou o endereço do blog para seus milhares de seguidores. Mas um ou outro ceguinho daqueles quis combater com o desvio de atenção para outros temas. Não tem jeito, mesmo. Eles nunca erram, nunca roubam. No máximo, não sabem de nada.

Ô, coisa!

Tem muita gente que vive pelas redes sociais virtuais da vida que ainda não se tocou que o mundo virtual é uma coisa, o real outra. Exemplo claro disso são as manifestações. Quando houve o último reajuste da tarifa em Blumenau, um pretenso protesto obteve mais de 300 confirmações virtuais. Menos de 30 pessoas (10%) estiveram no local marcado. Ontem alguns políticos de oposição tentaram engendrar novo protesto, agora contra ônibus lotado. Das 86 confirmações virtuais, 4 compareceram (5%), dois deles organizadores do protesto com evidentes interesses político-partidários.

Resta saber se no protesto contra a presidente Dilma, dia 15 de março, às 9h30min, em Blumenau, os milhares de confirmados também ficarão nos gatos pingados.

Coisa boa

Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau vem quente (ou melhor, gelaaaado) para a terceira edição (8 a 10 de março). Serão 136 cervejarias, 117 estilos de cervejas e 847 rótulos, 111% a mais do que na última edição. Será que vamos ter que beber 111% a mais de cerva para compensar o interesse da organização e cervejarias? 

Coisa ruim


Definitivamente 2015 será um ano de sofrimento para mim, no futebol. Meu Grêmio desmontou o time. Falta grana. Pelo mesmo problema, ainda que com muitos milhões a menos, o Metropolitano de Blumenau, pelo visto, vai lutar contra o rebaixamento. 

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