A paralisação do
transporte coletivo, prejudicando mais de 100 mil usuários/dia e por extensão
toda a comunidade, é absurda em todos os aspectos. Respeito opiniões contrárias
– pois até bobagens fazem parte da democracia, mas defender prejuízo a toda uma
comunidade por causa de detalhes de segurança em terminais, é não querer o bem
daquela pessoa mais fragilizada na hora do ir e vir. Acompanhando de perto
todas as negociações em torno da “segurança nos terminais”, tenho absoluta
certeza de que este movimento não busca o objetivo pregado. O sindicato quer
aparecer porque é assim que as diretorias se mantém, fazendo um ‘mise-en-scéne’
com seu público representado. Isto se não houver outros interesses escusos por
trás da paralisação, visto que já tem sindicalista profissional importado de
Floripa e faixas vermelhas na história.
Para quem está
acompanhando os fatos, verificou o que o sindicato reivindicava na semana
passada e o que o Consórcio Siga, ladeado pelo Seterb, se comprometeu, a
diferença está em dois vigias – um para cada terminal escolhido pelo sindicato. As demais demandas, inclusive um vigia no terminal Aterro, já estão
sendo empreendidas, atendendo o clamor dos sindicalistas. Parar o transporte
coletivo de uma cidade prejudicando trabalhadores, estudantes, pessoas doentes,
idosos e crianças por causa de tão pouco, é, no mínimo, uma incoerência. Se bem
que está mais para burrice. O sindicato e, consequentemente, motoristas e
cobradores, já estão apanhando nas redes sociais. Logo toda a comunidade estará
contra o movimento. A continuar com o radicalismo, vão-se os anéis e os dedos.
O bom senso é sempre a
melhor saída, em qualquer situação. Porém, quando se joga para a platéia
(interna, no caso, porque a externa está sendo vilmente prejudicada), até isto
é deixado de lado em nome de resultados políticos.
PERIGO
Se há um profissional que
deveria estar preocupado com a repercussão deste movimento são os cobradores de
ônibus. Em vários municípios a extinção da profissão em razão dos avanços
tecnológicos, é uma realidade sem volta. Se a empresa concessionária do serviço
condicionar investimentos na segurança através da economia com cargos e
salários, eles ficam à mercê da sorte.
METRANCA
Mas não são só os
sindicatos que jogam para o público. Tem gente que aluga horário, compra espaço
para falar, que faz igual, mesmo tendo formação para não dizer tanta besteira.
E potencializa a baboseira nas redes sociais. A ética não escorrega até o ralo,
é lançada com força na lata do lixo.
CARGA GRANDE
Os ônibus pararam um dia
após os caminhões do Food Truck
deixarem a cidade. O evento tinha tudo para dar certo, não fosse o amadorismo
da organização. Dizer que esperava público menor não alivia. Ou então não se
anunciaria tanto na mídia. Se fosse contratada uma empresa de eventos fera,
todos os percalços seriam superados antes de acontecerem. É assim que se faz evento: planejamento, previsão de problemas e pré-soluções para as crises e
logística em sintonia fina. O público foi grande. Só não foi maior do que as reclamações,
inclusive nas redes sociais. Faltou estacionamento, banheiros e combater fila
pra tudo: de comprar tickets a
retirar produtos.
TEM FUTURO
Ainda assim, o evento tem
futuro. A mídia foi complacente; os problemas foram citados en passant. Como todos os acontecimentos
gastronômicos no Parque Vila Germânica – que, diga-se de passagem, nada tem a
ver com a organização do tal Food Truck,
pode dar certo. Desde que, como já disse, haja profissionalização da
organização. Mas dá para aproveitar a repaginação que fizeram dos antigos
trailers de lanches com esta pitada de nome em inglês, porque
norteamericanização das coisas é algo que o povo brasileiro adora. E engole sem
questionar.
PAGANDO A CONTA
Enquanto isso neste
Brasilzão da corrupção, a população paga alto pelo preço do combustível. Por
ironia do destino, exatamente no momento em que o barril do petróleo alcança
seu preço mais baixo. Estamos pagando o pato pela corrupção na Petrobrás. E
olha que eu nem conheço este pato.
BRASILEIRO
Como o brasileiro não
desiste nunca, continua acreditando que o Brasil é o país do... futuro?
VELOCIDADE
Começou no sábado passado,
21, no kartódromo de Brusque, a Copa Amigos da Velocidade de Kart. Ela reúne
uma galera de Blumenau, entre gente da imprensa, prefeitura, empresários e
profissionais liberais. A primeira etapa aconteceu em Brusque. Cristiano
Baifus chegou na frente, Alexandre Pereira em segundo e
acabei ficando com o terceiro lugar. A história tem sequência no kartódromo
internacional Beto Carrero, em Penha, no dia 19 de março, noite de
quinta-feira. Serão dez etapas até novembro. A coisa pega fogo!
Primeira etapa foi bastante concorrida, com pegas em várias posições.
Cinco primeiros colocados de cada etapa recebem medalhas.
VALE EUROPEU
O livro História, Cultura
e Belezas do Vale Europeu ficou pronto. E lindo. Um livro de fotografias que
mostra todo o potencial da região. Começa a chegar nas 100 melhores
universidades do país, nas 50 maiores bibliotecas brasileiras, ao trade turístico nacional, às bibliotecas
e prefeituras dos maiores municípios catarinenses e dos 49 do Vale Europeu,
além da mídia, inclusive nacional.
Na próxima edição,
detalhes sobre este trabalho possibilitado pela Lei Rouanet e incentivadores
privados muito especiais.