Quem estava mais atento ao
Brasil, sabia que a retomada pós-eleição não seria fácil, independente do
presidente eleito. Os economistas já avisavam sobre momentos difíceis, baseados
na economia mundial e em um tratamento artificial da economia tupiniquim nos
últimos anos. Isto, aliás, é recorrente no país. Toda vez que se aproxima uma
eleição, o Governo Federal mantém uma política econômica de retração de preços
com subsídios eleitoreiros que acabam por estourar logo após o pleito eleitoral
majoritário. A novela é conhecida e o final previsível.
Aumentaram os combustíveis,
impostos, energia elétrica, taxa de juros e o caso Petrobrás explodiu. Tudo
represado convenientemente antes da eleição para não prejudicar interesses
eleitorais. É por essas e outras que a classe política acaba tão desacreditada
pela população. Seria muito mais honesto e economicamente menos assustador se
os aumentos e ajustes econômicos fossem feitos gradativamente, como manda a
economia de mercado, ao invés de utilizar a economia politicamente para depois
de uma eleição despejar a realidade no colo dos brasileiros, pobres
contribuintes.
DÓLAR E PRODUÇÃO
Os perigos vêm de todos os
lados. Dólar em alta, produção industrial em queda e a inflação brincando de
querer aparecer de novo. O desejo de Feliz Ano Novo tem que ser dito mais alto
para 2015.
NÃO VOU FALAR
Nem vou perder tempo
escrevendo sobre o toma lá dá cá ocorrido no Congresso Nacional para que os
legisladores aliviassem o Governo Dilma pelas metas não cumpridas. A
institucionalização da compra dos ocupantes do Poder Legislativo Nacional
mostra porque o PT caiu na mesma desgraça popular do lugar comum da política
brasileira aos olhos do povo.
ECONOMIA DOMÉSTICA
Estudo do Serasa Experian dá
conta de que 24,5% da população brasileira – ou seja, 35 milhões de pessoas –
está endividada. Fazem parte do mapeamento dívidas superiores a 90 dias e R$
200,00. Mas só foram analisados os municípios brasileiros com mais de um milhão
de habitantes. Jovens adultos da periferia (23%) e massa trabalhadora urbana
(17%) seriam grupos expressivos nesta história. Umas aulinhas de economia
doméstica não iriam nada mal.
O governo também pode dar o
exemplo. Se não apertar o cinto de verdade nos gastos internos, vai quebrar a
todos nós. A diferença é que nós pagamos a conta dele. Em casa, cada um assume
a sua.
UMA VOLTINHA
Um pulo em São Paulo renderá pelo
menos duas colunas muito legais. Aproveitei a estada para fotografar prédios
antigos, de arquitetura pra lá de bonita. A forma, o formato, o visual, sempre
me interessou. Trarei os cliques para a próxima coluna. Outra experiência
legal em Sampa foi a visita ao Museu da Língua Portuguesa. A história da língua
é fantástica e reproduzirei em coluna posterior, talvez no início de 2015. Vale
(e muito) como conhecimento.
Por enquanto, publico apenas
a foto que tirei com Arnaldo Antunes, o cérebro, ex-Titãs. Encontrei a figura
nas calçadas ao redor da Pinacoteca. Quem viveu os anos 80 sabe da importância
do cara para o rock nacional. Quem acompanhou depois, sabe da importância dele
para a cultura (musical, literária etc) brasileira.
Com Arnaldo Antunes, figura emblemática da nova cultura brasileira.
PARA PENSAR
"A única coisa que se leva da vida é a vida que você leva" (Barão de Itararé)
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