quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Pena de morte já!

A onda de crimes, estupros, assassinatos, na grande maioria das vezes por motivos fúteis, como o caso Eloá, ou por doença psicológica (só isso justifica o crime ocorrido em Curitiba onde uma menina de nove anos foi estuprada, esquartejada e colocada dentro de uma mala) só demonstra com ainda mais clareza a necessidade de modificação na legislação penal.

Chega de retórica! É preciso instituir a pena de morte para determinados casos no país. O grande problema atual de nossa sociedade é que a sensação de impunidade se tornou tão grande, tão certa, tão óbvia, que qualquer um faz o que quer sem pensar nas conseqüências para suas vítimas. Mata-se por amor, por demência, para roubar alguns trocados para comprar uma pedra de crack.

Esse monte de doidos, bandidos que se escoram na impunidade de um sistema social-penal falido, não quer saber se uma criança ficará marcada para sempre ao ser vítima de um estupro; não quer saber como viverão dali para frente os pais de uma criança estuprada ou mesmo morta; não quer saber se o caixa de um estabelecimento comercial tem mulher e filhos para criar. Simplesmente cometem o crime e pronto.

São covardes de todos os tipos, inconseqüentes garantidos em seus atos pela impunidade que impera no país onde as leis protegem os bandidos e a morosidade da Justiça pune as vítimas. Não há mais porque ficar sustentando essas barbaridades. O cidadão que trabalha diariamente e paga seus impostos, vítima potencial desses criminosos, ainda tem que sustentar aqueles que, com armas na mão, os subjugam.

É até desumano imaginar isso, mas é o que ocorre. Os pais de Eloá, por exemplo, ajudam a pagar, com seus impostos, a estada do seu assassino na cadeia. Aliás, só eles não. Todos nós ajudamos a pagar a estada desses bárbaros nos presídios deste Brasil afora. Eles devem rir de nós, ainda que inconscientemente, suas vítimas duas vezes.

É mais do que sabido que a prisão não ressocializa. Mas ainda que isto possa ocorrer em alguns poucos presídios melhor preparados, nunca ocorrerá com alguns tipos de criminosos. Quem estupra e mata uma criança e a esquarteja merece tão somente a pena de morte. Nada mais. Nenhum perdão, nenhuma atenuante, nenhuma clemência.

Esta mais do que na hora da sociedade brasileira parar de se enganar. Somos reféns dos criminosos e não há quem nos proteja. Antes que passemos a viver de vez num país onde todo mundo terá que fazer justiça com as próprias mãos, as autoridades devem fazer o trabalho para as quais são pagas e instituir a pena de morte no país para casos extremos, onde não há como recuperar o bandido.

E não me venham com papo de direitos humanos ou de cunho religioso que ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Porque os assassinos estão fazendo isto a toda hora, contabilizando vítimas, e não há ninguém realmente preocupado com essas vítimas. A hipocrisia em torno deste assunto já cansou: pena de morte já, para quem a merece.

Esta é minha opinião de cidadão, de advogado e de jornalista.


Um comentário:

Thiago Floriano disse...

Entendo tua opinião porque é realmente revoltante a situação atual. O grande problema não é o tipo de pena, mas a fragilidade do sistema como um todo. Não adianta instituir uma pena mais severa, se nossa polícia não consegue apurar os fatos de forma precisa. Não adianta acreditar que penas mais severas vão intimidar criminosos se as penas não são cumpridas à risca. Nos países onde há pena de morte se deixa de cometer crimes hediondos como este que estás mencionando? Creio que não, né? Sobre a pena de morte (por uma perspectiva diferente da tua) aconselho assistir o filme A VIDA DE DAVID GALE. Também vale a pena ver por ter um enredo focado na atuação de uma repórter. Vamos lá. O que não pode deixar de existir é a discussão. Abraço.