terça-feira, 7 de outubro de 2008
Cotidiano - Blumenau, 07.outubro.2008
INTERNACIONAIS
ADEUS USA
Curado o porre das eleições por aqui, é hora de enfrentar a tsunami provocada pela quebradeira norte-americana. É o que dá ter uma moeda forte a ponto de nortear a economia nos outros países. A crise deles, provocada pela irresponsabilidade e ganância econômica, vai acabar trazendo prejuízo a todos.
Dá bom discurso para o candidato de oposição Barack Obama.
NACIONAIS
A FESTA
Costumam chamar as eleições de "festa da democracia". Festa, só para quem ganha. Mas somente após a eleição em segundo turno, na grande maioria das principais capitais, é que estará desenhado o novo mapa político do país.
MARAVILHA
Túlio Maravilha, o artilheiro falastrão, agora também é vereador. Foi o terceiro candidato mais votado de Goiania, a capital de Goiás. Como é de seu estilo, ao comemorar a eleição já falou em ser deputado, governador e quem sabe até presidente da República. Ô marketing...
LOCAIS
POLÍTICA É...
Alguns amigos ligados ao PT questionavam, dia desses, minhas notas neste blog, em colunas anteriores. Como sempre fiz questão de emitir minha opinião em cima de fatos e de leituras da experiência política, confesso que não compreendia muito suas críticas. O resultado das eleições para prefeito em Blumenau, por exemplo, comprova aquilo que eu escrevi nas colunas Cotidiano neste período.
Política é ciência, gente... Todos deveriam entender que para pensar politicamente, tentar reconhecer as estratégias e seus possíveis resultados, fazer uma análise real da situação, é necessário manter a paixão ideológica longe.
PROVA DISSO...
Ainda no dia da eleição, com tudo o que já estava posto, divulgado e visto, ainda houve quem me chegasse e dissesse que acreditava na vitória do candidato Décio Lima (PT) no primeiro turno. É nessas horas que a paixão ideológica ou partidária atrapalha a visão da realidade.
PORCALHÕES
Por falar em dia da eleição, mais uma vez pontos de ônibus e entradas de seções eleitorais amanheceram emporcalhadas com santinhos dos candidatos espalhados pelo chão. Se o cara não teve competência para ganhar o voto durante a campanha, ganhará assim? Conheço algumas pessoas que disseram que deixaram de votar em determinados candidatos ao ver seus santinhos emporcalhando a via pública.
E a Justiça Eleitoral, que arrumou uma legislação tão rígida este ano, poderia incluir uma pesada multa aos que fazem isso.
NA CÂMARA
Tudo bem. Não era preciso ser mágico para prever quantas cadeiras cada partido/coligação faria nesta eleição. Mas copio abaixo (agora em itálico) o texto que escrevi nesta coluna sete dias antes de 5 de outubro. Acertei na mosca!
“Vejo grandes possibilidades dos Democratas fazerem 4 vereadores (com possibilidade de 5). A coligação PSDB-PMDB dever fazer 4 (pode chegar a 5). O PT faz 2, de certeza (mas pode chegar a 3 na legenda). O PP deve fazer apenas 1 (mas não será surpresa se fizer 2). Se considerarmos que todos esses façam a possibilidade máxima, já somaria 15 e fecharia a conta. Mas há muita possibilidade de algum não chegar a este número máximo e o PDT conseguir colocar um vereador seu. E é isso. Os demais pequenos, sem chance.”
DEM fez 5, PSDB-PMDB 5, PT 2, PP 2 e o PDT 1.
SURPRESAS
O mau desempenho do PMDB, que fez apenas 1 vereador. DEM e PSDB tinham boas nominatas, fizeram bom número de vereadores. O PT ficou refém do fraco desempenho de seu candidato a prefeito. Senão teria eleito mais um para a Câmara.
INDIVIDUAIS
Não quis dar os nomes de quem eu apostava que se elegeria para a Câmara. Mas se o tivesse feito, ganharia o bolão de novo. De uma forma geral, apenas Vânio Salm (PT) e Zeca Bombeiro (PDT) me surpreenderam com seu bom desempenho e eleição. Acreditava num bom desempenho de Beto Tribess (PMDB) e Helenice (PSDB), mas não imaginava que superassem Marlene Schilindwein, Gaspar e o próprio novato Álvaro Pinheiro. Sabia que Veneza (DEM) era forte, mas confesso que estava difícil para arriscar o quinto eleito do partido, pois Norma Dickmann (que ficou com a primeira suplência) também era de chegada.
No geral, acertaria de 11 a 12 novos eleitos. Ganharia o bolão.
BONS DE VOTO
Jovino Cardoso (DEM) mostrou ter trabalhado bem no seu primeiro mandato e se reelegeu como o candidato mais votado (6.494 votos). Mas surpreendente foi a votação de Napoleão Bernardes (PSDB). Garoto simpático, de bom caráter (se bem que isso não determina eleição), competente e sério, fez 6.352 votos, quase cinco mil a mais do que a eleição passada, em que fez 1.700. Conseguiu chamar para si a vontade de renovação do eleitor.
Tutu (PP) não se elegeu. Fez 1.143 votos. Mas para uma figura que coloca como proposta construir um estádio de futebol na região para a Copa do Mundo, fez muito.
NÚMEROS
Para quem estiver curioso sobre os números desta eleição, alguns números: nas 561 seções eleitorais de Blumenau, compareceram 187.615 eleitores neste dia 5. Deste total, 7.304 anularam seu voto para prefeito e 3.615 votaram em branco. João Paulo Kleinübing (DEM) foi eleito com 112.509 votos (63,67%). Décio Lima (PT) obteve 48.754 (27,59%), Ivan Naatz (PV) 13.664 (7,72%), Dari Diehl 1.280 (0,72%) e José “Latinha” Ouriques 509 votos (0,29%).
Ficou claro que os que estavam indecisos até o dia, descarregaram seus votos em JPK. O resultado ficou acima do percentual das pesquisas, até mesmo das mais rechaçadas pelo PT. Ivan Naatz fez a votação que dele se esperava, mas impressionou o mau desempenho nas urnas da candidatura Décio Lima/Amauri Cadore.
Os números de vereador podem ser vistos no site do TRE (tre-sc.gov.br).
Até a próxima!
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Um comentário:
Tenho uma tese sobre essa avalanche de votos dos indecisos pra candidatura de JPK, mas devo colocar no blog no final dessa semana. De qualquer maneira, é bom voltar à normalidade pós-eleições. Abraço.
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