O pé de
Manacá que tenho em casa floresceu em pleno frio e dias chuvosos de outono. O
outro (tenho dois no jardim) morreu. Na vida também é assim. Há sempre um
contraponto, um outro lado, até mesmo como forma de compensação. A partir da
realidade dos dois pés de Manacá que tenho no jardim na frente de casa, traço
um paralelo de como as pessoas se comportam.
No
cotidiano, há aqueles que preferem ver as coisas sempre pelo lado ruim.
Enxergam defeitos no belo, problemas ao invés de soluções, razão para reclamar
em tudo o que vivem. Para esses, a vida é bem mais difícil. Afinal, o universo
conspira contra. É muita energia ruim emanada, que naturalmente volta. Ainda
bem que neste mesmo dia a dia, existem aqueles que preferem enxergar as coisas
boas. Vêem beleza até nos defeitos, soluções para os problemas, buscam razões
para a alegria de viver mesmo nos momentos difíceis. Para esses, a vida sorri.
São pessoas mais leves, queridas, para quem o universo costuma conspirar a
favor. Emanam energia positiva e a receberão de volta do cosmo.
Há aquele
velho adágio que fala sobre o copo de água pela metade. Um verá o copo meio
vazio, outro o copo meio cheio. Ele mostra bem o tipo de atitude que temos
diante da vida. Podemos escolher ver o fato negativo do copo da água pela
metade, reclamar e ficar um pouco mais infelizes por faltar metade de água no
recipiente. Ou podemos agradecer o fato de ter meio copo de água, a metade
cheia, para matar a nossa sede. A vida é uma questão de escolha. As escolhas
certas podem fazer as pessoas mais felizes. Ou menos, se fizerem as escolhas erradas.
É por
isso que com os dois pés de Manacá em minha casa, que já floriram e alegraram o
jardim, ao ver a alegria do que agora floresceu e a tristeza do outro que
morreu, fotografei só o belo. Escolhi a leveza do lado bom da vida. O outro,
quando tiver tempo, substituirei.
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