sexta-feira, 13 de junho de 2014

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES


O pé de Manacá que tenho em casa floresceu em pleno frio e dias chuvosos de outono. O outro (tenho dois no jardim) morreu. Na vida também é assim. Há sempre um contraponto, um outro lado, até mesmo como forma de compensação. A partir da realidade dos dois pés de Manacá que tenho no jardim na frente de casa, traço um paralelo de como as pessoas se comportam.

No cotidiano, há aqueles que preferem ver as coisas sempre pelo lado ruim. Enxergam defeitos no belo, problemas ao invés de soluções, razão para reclamar em tudo o que vivem. Para esses, a vida é bem mais difícil. Afinal, o universo conspira contra. É muita energia ruim emanada, que naturalmente volta. Ainda bem que neste mesmo dia a dia, existem aqueles que preferem enxergar as coisas boas. Vêem beleza até nos defeitos, soluções para os problemas, buscam razões para a alegria de viver mesmo nos momentos difíceis. Para esses, a vida sorri. São pessoas mais leves, queridas, para quem o universo costuma conspirar a favor. Emanam energia positiva e a receberão de volta do cosmo.

Há aquele velho adágio que fala sobre o copo de água pela metade. Um verá o copo meio vazio, outro o copo meio cheio. Ele mostra bem o tipo de atitude que temos diante da vida. Podemos escolher ver o fato negativo do copo da água pela metade, reclamar e ficar um pouco mais infelizes por faltar metade de água no recipiente. Ou podemos agradecer o fato de ter meio copo de água, a metade cheia, para matar a nossa sede. A vida é uma questão de escolha. As escolhas certas podem fazer as pessoas mais felizes. Ou menos, se fizerem as escolhas erradas.


É por isso que com os dois pés de Manacá em minha casa, que já floriram e alegraram o jardim, ao ver a alegria do que agora floresceu e a tristeza do outro que morreu, fotografei só o belo. Escolhi a leveza do lado bom da vida. O outro, quando tiver tempo, substituirei.


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