quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

MAIS UM ANO SE VAI


Passou rápido, como todos ultimamente. Lá se foram 365 dias de vida, para os que viveram. E para esses, independente do “balanço” de final de ano, 2015 valeu a pena. Porque viver, no sentido mais filosófico possível da palavra, sempre vale a pena. Aproveitar os bons momentos, superar – ou pelo menos tentar – os maus, aprender com as adversidades, vislumbrar novos horizontes, rir com a vida e da vida. É isto que vale a pena.

O escritor irlandês Oscar Wilde já dizia que “viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”, porém esta frase de profundo valor existencial chama a atenção de cada indivíduo para suas escolhas. Somos cada um de nós que decidimos se queremos fazer a vida valer a pena, ou apenas contabilizar mais um ano de existência. Viver é sorrir, cantar, brincar, chorar, se divertir, se emocionar. Fazer valer cada momento; transformar cada experiência em uma dádiva.

A vida não é um mar de rosas e muita coisa ruim acontece, outras tantas são escancaradas em nossa cara pela mídia, mas isso faz parte da existência. Porém, a existência por si só é muito pouco para ser considerada. Para existir, basta nascer. Quando o filósofo René Descartes fez da frase “Penso, logo existo” uma das veneradas da história da humanidade, descartou a ideia de que é preciso mais para se considerar um ser pensante. Muita coisa existe sem pensar. Por outro lado, quem pensa deveria buscar muito mais do que o simples existir; precisa buscar o viver.

Neste momento em que um novo ano começa, estou certo de que quero viver mais 365 dias da forma mais intensa possível que meu corpo e mente aguentarem. Quero ter novas emoções, adquirir mais experiência ainda, transmitir aquilo que de bom minha consciência conseguir filtrar. Quero continuar sem convicções, sem ideias pré-concebidas, sem estreitar minha visão. Quero ficar longe do ‘fundamentalismo’ que habita todos aqueles que não conseguem aceitar opiniões contrárias e manter distância dos mal humorados e mal educados. Quero contato com gente com energia positiva, que ri da e com a vida por mais que a ela, a vida, lhe seja dura.

Quero continuar tendo dúvidas e incertezas, pois são elas que me farão procurar respostas que proporcionarão meu crescimento pessoal. Não quero prato pronto, nem respostas sem os porquês. Afinal, a dádiva da dúvida é a dívida do óbvio. Quero ser e estar, ainda que seja na sala de jantar. Quero pouco e muito. Em 2016, mais uma vez, procurarei viver, com toda aquela carga filosófica que Oscar Wilde cravou em sua frase que contrapõe vida e existência. Por isso penso, logo insisto. Insisto em continuar pensando e em continuar vivendo, em um mundo onde isto parece cada vez mais raro.

Enfim, desejo a todos que em 2016 façamos um ótimo ano. Ríamos muito, questionemos muito, vivamos mais ainda. Definitivamente a escolha entre viver e existir depende de cada um de nós, em sua fantástica individualidade de ser único no planeta. A escolha de ter um bom ano, ou um ano meia-boca, depende da postura e escolha de cada um. Fazer um ano novo melhor, mais vivo, depende de você, apesar da crise econômica, política e institucional do país. Pode ficar mais difícil, mas o que são as dificuldades senão oportunidades para que superemos barreiras e saíamos mais fortes dessas experiências? 


Aos meus amigos tenho, sempre, desejado saúde para o novo ano. Com ela, podemos continuar vivendo – e não apenas existindo – a vida, porque todo o resto depende de nossas atitudes, escolhas e conquistas.  


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

SOBRA OPINIÃO, FALTA CONHECIMENTO


Tempos muito estranhos esses de redes sociais. Todo mundo discute sobre tudo, opina sobre todos os temas, inclusive técnicos ou específicos, sem ter conhecimento sobre o assunto. Torna-se um festival de baboseiras. E o mais interessante é que os “pitaqueiros” de plantão utilizam a democracia como argumento. Eles têm direito à opinião! 

É verdade, tem. Por mais imbecil, burra e sem noção que a opinião seja, o regime democrático garante a qualquer ignorante a livre expressão. Isso é uma das belezas da democracia. Se bem aplicada, pode realmente fazer com que as pessoas cresçam, um país cresça. Do jeito que esta livre expressão é utilizada nas redes sociais no Brasil, está desvendando um mar de ignorância tão grande e lamacento quanto o mar de corrupção que assola o país.

Entre alguns benefícios da tecnologia, está o fato das pessoas poderem se comunicar mais rápido e com maior facilidade. As redes sociais como facebook, whatsapp, entre outras, são campo fértil de troca de ideias e mensagens. O que não poderia se imaginar, em um primeiro momento, é que desnudaria, também, quanta ignorância campeia entre os brasileiros. E não só os menos letrados. Mas, quase sempre, os menos cultos.

Engenheiro dá pitaco em administração pública, advogado dá pitaco sobre pontes, comerciante dá pitaco sobre direito, educador dá pitaco sobre comércio... uma verdadeira torre de babel de imbecilidades. E a impressão que dá é que quanto mais técnico o assunto, mais alguns ‘seres iluminados’ acreditam saber as soluções para os problemas. As redes sociais escancararam o “achismo” de grande parte dos brasileiros, que abusam do senso comum travestido de opinião, como se entendesse do tema tratado.

Dia desses, vendo televisão, uma frase do ator Alexandre Nero resumiu esta verdadeira mania nacional de falar sem saber o que se está dizendo, o que acontece especialmente em redes sociais: “sobra muita opinião, falta conhecimento”. Perfeita!  E emendou: “falta procurar o saber”. Abordar assuntos, falar ou escrever sobre temas utilizando o senso comum é uma das maiores pobrezas intelectuais que se pode mostrar. Chega a ser um desserviço à sociedade, porque só causa confusão sem agregar nada de valor a uma discussão, a um debate. É reproduzir o mais do mesmo, geralmente exatamente aquilo que os ‘sabichões do achismo’ querem criticar.

Se você é um desses, saiba que está no meio da grande maioria, no centro da manada. Não é razão de vergonha, desde que fique calado até buscar estudar o tema sobre o qual vai se manifestar. É preciso buscar saber, é necessário ir atrás das informações, do conhecimento sobre determinado assunto para, depois, opinar sobre ele. As redes sociais são livres, a democracia existe para todos, mas olhos e ouvidos dos seus semelhantes não são penico. Não passe vergonha em vão. Opine sempre sobre o que você conhece de verdade. Caso contrário, não é opinião; é pitaco de boteco.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

NINGUÉM SABE DE NADA, INOCENTE

Torre de Babel: pressão na Câmara dos Deputados

Dilma não é santa, Temer não é santo, Eduardo Cunha também não. Muito pelo contrário. Diante desta realidade, tudo o que está acontecendo neste momento em Brasília, a Ilha de Lost, envolvendo a possibilidade de impechment da presidente (com “e” no final, como manda o correto português) da República e a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, não deveria espantar ninguém. O jogo da política rasteira, da mentira, da corrupção e do apoio com interesse somente pelo poder, é um jogo de cartas marcadas.

A “traição”, neste caso, é tão comum quanto mentir publicamente em campanha para iludir o eleitor e conquistar mais alguns anos de poder. O ‘embarrigamento’ de decisões para se manter no poder é tão esperado quanto ter contas não declaradas em bancos na Suíça ou qualquer outro paraíso fiscal. Infelizmente foi isso que a política brasileira – salvo raríssimas exceções – se tornou. Um grande balaio de gatos (desculpem-me, bichanos!) de lata de lixo, mal cheirosos.

A carta pessoal do vice-presidente Michel Temer à presidente Dilma, que foi primeiro para a imprensa, já deixou claro que se depender do Congresso, o impechment, até pouco tempo atrás improvável, virou uma realidade possível. A impopularidade de Dilma e a sede de poder de alguns, fez com que ela perdesse apoio político nas esferas de poder. E o julgamento de um impechment, por mais que deva haver um gatilho jurídico, é uma decisão eminentemente política. Assim foi com Fernando Collor. E naquela época, o PT lutava pelo impedimento do presidente sem chamar a ação de golpe. Collor também foi eleito pelo voto popular.

Já que a política se transformou em vergonha nacional pela ação dos próprios políticos, que nos próximos capítulos eles pelo menos nos poupem de cenas lamentáveis como as vistas ontem na Câmara dos Deputados, quando alguns representantes do povo trocaram sopapos e, em uma aula de não-democracia, destruíram as urnas eleitorais onde estava sendo votada a chapa da comissão que decidirá sobre o encaminhamento do processo de impechment. Vandalismo só porque sua opinião foi contrariada, lembra ditadura. E, se bem me lembro, foi contra isso que eles lutaram num passado não muito distante. Ou não?


CONCEITOS

A melhor definição de ditadura e democracia, aliás, é de autor desconhecido: “ditadura é quando você manda em mim; democracia é quando eu mando em você”.

Que assim não seja.


SUL AMERICANA PÁTRIA

Por falar em ditadura, democracia e outros conceitos como esquerda, direita  volver, o cenário político da América do Sul parece estar mudando novamente. Nos anos 70, tínhamos as ditaduras militares. A partir dos 80, eleições e uma natural ‘popularização’ dos governantes. Este apelo popular parece estar perdendo força, agora, pelo que vê na Argentina, Venezuela e até no Brasil.


COMBATENTES


Melhorzinha da semana, via face:

Arte do face

SALTO O QUÊ?

Agências de publicidade e os próprios clientes precisavam cuidar um pouquinho mais das gravações de áudio de seus anúncios. Quando em um comercial ouve-se a pronúncia “Salto Weissback” demonstra-se não só falta de conhecimento, mas até mesmo de respeito pela origem da cidade. A grafia é Weissbach e, em alemão, “ch” tem som de r que vem da garganta. Como Bach, o músico erudito. As pessoas não precisam saber falar o idioma, mas o mínimo de pesquisa faz parte do processo profissional da comunicação. É como falar Shopping “Neu”markt.

Toda vez que ouço uma pronúncia dessas, errada, transfiro naturalmente a ideia de burrice ao  estabelecimento anunciante.


INTERESSA, SIM

Eis que a revista digital Interessa ficou pronta. Trabalho prático do semestre dos meus queridos alunos de Jornalismo de Revista – que, aliás, estão de parabéns. Sou suspeito para falar (bem) dela. Mas o conteúdo jornalístico das matérias e o visual da revista ficaram show. Para que vocês possam ver, ler e analisar, segue aí o link: http://issuu.com/academicosjornalismo/docs/revista_interessa


ORGULHO DE PAI

Solenidade de entrega na OAB subseção Blumenau

No espaço da mesma semana (passada) meu filho mais velho foi aprovado em banca do TCC e recebeu o certificado por sua aprovação na prova da OAB. Vamos combinar: isso dá um orgulho danado para os pais, especialmente por saber do futuro que terá pelo homem que é.  

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA CORRUPÇÃO


O Brasil está perdido. A corrupção está institucionalizada em todos os poderes. Do Palácio do Planalto ao Congresso Nacional, passando por partidos políticos, com suspeitas até mesmo sobre o Judiciário. Desta forma, não há governabilidade, não há como enfrentar crise econômica, não há como pedir compreensão da população para medidas quaisquer que sejam. Estamos perdidos, pagando altíssimos impostos que se perdem na corrupção de Brasília, a Ilha de Lost, onde os governantes vivem em um outro mundo fora da realidade dos pobres mortais brasileiros (também conhecidos como nós).

A crise ética escancarada pelas investigações da Polícia Federal e estampada pela mídia mostram um país em profunda crise. Não há como sair dela com medidas econômicas. O dinheiro que pagamos a mais com novas taxas e impostos e que, porventura, o governo federal venha a economizar cortando investimentos que nos são devidos na infraestrutura, educação e saúde, continuará escorrendo pelo nojento ralo da corrupção. A realidade nua e crua é que não há saída: teríamos que começar tudo de novo.


CONTROL C

O caso do control c – control v do filho do ex-presidente Lula, que faturou mais de R$ 2 milhões em uma consultoria esportiva cujo parecer foi uma colagem de textos copiados do Wikipédia e de outras fontes, via Google, acaba com o discurso de qualquer professor que tenta mostrar aos alunos que a enganação do control c – control v, a cópia descarada, não dá futuro. Que não é ético, é óbvio. Que não dá futuro...


CONTROL V

Mais do que nunca, o problema do país é ético. As práticas afrontam aquilo que é correto, aquilo que é sério. Infelizmente o Brasil tem a corrupção como marca histórica, desde os seus primórdios. Afinal, os índios foram “comprados” por bugigangas coloridas trazidas por Cabral e sua trupe. Isto não justifica, porém, que o país fique à mercê da corrupção institucionalizada, onde aqueles que detêm o poder fazem gato e sapato para ganhar mais, para virarem milionários da noite para o dia, beneficiando a si próprio, aos filhos e apadrinhados, enquanto as pessoas de bem, comuns, trabalham diariamente para pagar toda esta conta através de impostos escorchantes.


CONTRASSENSO?

Sem qualquer intenção ideológica, muito menos partidária, fico a imaginar os deputados do PT na Comissão de Ética da Câmara Federal. Parece-me um grande contrassenso, considerando mensalão, Petrobrás e lavajato...
Se bem que não sei quantos parlamentares sobrariam na Comissão de Ética, visto o envolvimento de vários partidos no rolo. É de se pensar...


COTIDIANO PERIGOSO

Os ladrões não estão só nas altas esferas. Na sexta de madrugada presenciei um assalto à mão armada, na rua Gustavo Zimmermann, Itoupava Central. Caras roubando um carro e, para isso, rendendo um casal que saía de uma festa. O problema da violência é uma realidade e não dá mais para dar mole em Blumenau. As pessoas de bem têm que mudar seus hábitos para não facilitar a vida dos bandidos. A violência, aliás, muito mais do que um problema de repressão, é um problema social de educação. Em casa.


COISA BOA

Faltam 25 dias para o Natal e um mês para o Ano Novo. Não que tudo vá mudar como em um passe de mágica, muito pelo contrário. Mas descansar um pouco a cabeça, renovar esperanças e refletir como fazer o novo sem repetir mais do mesmo é sempre um bom momento. 


IMPRESSIONOU

Público para ver rugby no Sesi assustou positivamente. Mais gente do que para os jogos do Metropolitano. Menos pelo amistoso internacional, acredito, e mais pelo esporte (ainda) inusitado para nós, pelo valor do ingresso (1 kg de alimento) e pela mídia insistente. Deu resultado. Mas pra Alemanha, de novo.


QUE VENHA 2016!

Pódium da classificação geral 2015. Foto: Márcia Annuseck

Depois de um longo ano com 10 etapas e muita disputa, terminou a Copa Amigos da Velocidade de Kart, promovida pela turma Nós no Kart. Foi show!  Não só pelos resultados, já que o terceiro lugar na classificação geral, que obtive, diante de uma turma que corre bem, foi suado, disputado. Mas a adrenalina que a velocidade proporciona no kart representa a vontade de viver, de se divertir, de ultrapassar o existir.
Tão bom quanto correr, foi conviver com uma turma pra lá de legal, amigos de mais ou de menos tempo, mas que formam um “time” de primeira. Fiquei orgulhoso de ter organizado este primeiro campeonato da turma e já passei a bola para que outros o façam. Que venha 2016!  Vamos pisar fundo de novo e, independente do resultado nas pistas, já seremos vencedores da amizade antes mesmo da primeira bandeirada de largada.


Classificação Geral FINAL

Lugar
Piloto
Pontos
Cristiano Baifus
 141
Alexandre Pereira
 129
Fabrício Wolff
 121
Rodrigo Pereira
 113
Dudu Cunha
 105
Eduardo Bonononi
   90
Sandro Locatelli
   87
Carlos / Nilton
   84
Rodrigo Estevão
   75
10º
João Paulo de Souza
   53
11º
Thiago / Fábio
   20


Antes da prova final. Foto: Márcia Annuseck

Pista de Brusque, largada. Foto: Márcia Annuseck


Pódium no kartódromo de Brusque. Foto: Márcia Annuseck


De prontidão, antes da largada. Foto: Márcia Annuseck


Turma Nós no Kart.  Foto: Márcia Annuseck


2016 promete!..  turma gente boa!   Foto: Márcia Annnuseck


Selfie garantida.  Foto: Fabrício Wolff

Pista do kartódromo de Indaial.  Foto: Alexandre Caminha (Flyvision)



Preparos finais para entrar no kart.  Foto: Jandir Nascimento


Velocidade. Um prazer!   Foto: Márcia Annuseck




Reportagem em vídeo da etapa final do campeonato, apresentado pela RIC TV Record Blumenau, no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=VLsm8yvvOxk .