terça-feira, 30 de setembro de 2014

O SUS E A ESQUERDA RADICAL: EMBUSTES

O SUS é uma das coisas que não funciona na prática.

Há certas coisas que são, definitivamente, um embuste. Funcionam no papel, mas são uma aberração na prática. Em tempos de reta final de campanha política, algumas delas merecem destaque. O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo. Paga uma miséria para procedimentos hospitalares que custam muitas e muitas vezes mais. Dia desses ouvi uma barbaridade na mídia: um determinado procedimento para o qual o SUS paga R$ 7,00, custa cerca de R$ 450,00 no hospital. Não fica nenhuma dúvida por que a saúde no Brasil não funciona. Assim não funcionará nunca, independente do esforço de profissionais da saúde, prefeituras e outros personagens desta história. Não é possível, simplesmente. Acreditar que pode dar certo, é utopia.

Fantasia também vivem os pequenos partidos políticos comunistas-socialistas que habitam o cenário político brasileiro. Assistindo a alguns capítulos dos programas do horário eleitoral gratuito, dá para ficar de cabelo em pé. E não vou nem perder tempo de escrever sobre propostas dificílimas de serem executadas, o que me parece uma atração irresistível àqueles que escrevem os programas para serem lidos pelos candidatos de qualquer partido. Vou ficar mesmo no ópio do impossível levado ao ar em propostas bem genéricas pelos nanicos PSTU, PCO, PCB, PSol... em pleno século 21 ouvir sobre a dicotomia patrão-empregado como se um pudesse sobreviver sem a existência do outro, é um disparate mais do que um absurdo. A pregação esquerdo-comunista nunca esteve tão longe da realidade mundial. Os caras não só não viram que o comunismo morreu como prática de gerenciamento de estado, como parecem acreditar piamente de que é possível governar olhando apenas para um lado da moeda – o que eles creem. Talvez por isso muitos deles tenham abandonado o barco petista. Afinal, eles têm o discurso do PT antes de chegar ao poder.

Por conveniência (caso do Governo Federal e o SUS) ou por absoluto fanatismo, que sempre cega (caso dos mais do que míopes partidos de ultraesquerda), a realidade é que na sociedade hipócrita em que vivemos há certas coisas que nunca darão certo mas que insistem em serem levadas a sério por muitos. Ou por poucos. Dá no mesmo. O que impressiona é saber que ainda há quem acredite no SUS ou na prática de ideologias inaplicáveis na vida real. É como querer acreditar em Papai Noel na marra e ainda ficar esperando o velhinho descer com o presente pela chaminé.

RETA FINAL

Como disse na coluna anterior, a eleição não empolgou. Não sei se estamos vivendo um tempo tão corrido, tão estressante, que esquecemos de viver momentos importantes como decidir o futuro do país, ou se é porque as campanhas em si não conseguiram chamar a atenção do eleitor. Ainda assim, domingo é dia de definir os próximos quatro anos do país e do estado.

SINALEIRAS

Está cada vez mais difícil parar o carro e não ser abordado por candidato ou cabo eleitoral entregando panfleto.


A FIGURA

Eduardo Jorge se tornou ‘a figura’ dessas eleições presidenciais. Não tenho assistido aos debates – até porque já tenho meus votos decididos, inclusive nos menos piores – mas as redes sociais trazem os melhores momentos. Não há como não rir. Já Levy Fidélix é o polêmico.

BANDIDAGEM

Uma nova onda de ataques assola Santa Catarina. Não se sabe por que, mas provavelmente algum ato desagradou os presidiários. Ataques a ônibus, delegacias e policiais são a manifestação bandida dos criminosos. Tal qual os black blocks naquela onda de indignação (de junho do ano passado) que não deu em nada.

TORNOZELO FINO

Enquanto isso, em Blumenau, só soltam detentos com tornozelo fino. Pelo menos é o que se imagina ao saber que três tornozeleiras eletrônicas – aquelas para manter o detento sob vigilância – já foram encontradas no lixo. Como as autoridades devem ter testado a sua inviolabilidade, só sobra a versão do tornozelo fino demais. Ou tem gente amputando o pé.

ÀS AVESSAS

E ontem, tarde da noite, acompanhando o twitter, soube que um idoso está preso porque atirou em dois assaltantes. Quase não acreditei. Fui pesquisar: http://cgn.uol.com.br/noticia/105975/idoso-que-ajudou-filho-a-matar-bandidos-esta-preso. O velhinho de 76 anos merecia uma estátua em praça pública, mas...

ALÍVIO IMEDIATO


Para quem curte os dias e noites de outubro, a Oktoberfest começa no dia 8, quarta-feira. Agora são 19 dias de festa, com novidades que prometem melhorar ainda mais a qualidade do evento. Para saber tudo sobre a Oktoberfest 2014, é só acessar http://www.oktoberfestblumenau.com.br/


terça-feira, 16 de setembro de 2014

CAMPANHA ELEITORAL MAIS DO QUE MORNA

Às vezes, nem os candidatos levam eleição à sério.

A atual campanha eleitoral decepciona. É verdade que as campanhas para presidente da República e governador do Estado nunca são tão apaixonantes quanto uma campanha para a prefeitura de um município. Afinal, embora presidente e governadores sejam muito importantes, pois comandam a maior parte do dinheiro do país e as decisões mais abrangentes, é no município que pequenas decisões afetam a vida das pessoas. Aliás, até por isso uma reforma tributária do pacto federativo é necessidade mais do que urgente. Mas este não é o assunto desta nota.

Impressiona é como, a poucas semanas da eleição, o clima junto às pessoas ainda é morno, morninho, quase frio. Esta eleição parece não empolgar. Não fosse o acidente e morte do então candidato Eduardo Campos, pouco se teria notado a eleição, exceto pelo horário eleitoral gratuito que poucos veem. Alguns apostam que este desinteresse pelas eleições resultará em uma enxurrada de votos brancos e nulos – o que também é uma grande burrice do eleitor despreparado = cidadão sem consciência. Ao votar assim, seu ‘protesto’ vira voto de quem está na frente. Ao invés de escolher pelo menos “o menos pior”, ele passa uma procuração para que os outros eleitores possam escolher “o pior de todos”. Existe até quem acredite que se houver 50% dos votos brancos e nulos, uma eleição pode ser anulada. Isto é uma mentira velha e sem qualquer amparo legal.

Enfim, estamos a 20 dias das eleições e muita gente sequer definiu em quem vai votar, cenário típico do desinteresse demonstrado pelas eleições. Talvez por isso os candidatos que aparecem atrás nas pesquisas tenham tanta fé que ainda possam virar o jogo. Com um índice tão grande de desinteresse, o índice de definições fica sob suspeita. Dizer uma tendência de voto hoje, nem de longe garante o voto naquele candidato no dia das eleições. Além disso, muita coisa anda acontecendo no Brasil e toma conta dos noticiários: vide caso Petrobrás. Tudo isto ainda pode ter repercussão nas urnas. Assim, considerar cristalizado o voto por uma tendência em um país de eleitores desinteressados é, no mínimo, uma temeridade.


PLACAS E OUTDOORS

A legislação eleitoral, de umas eleições para cá, proibiu o uso de outdoors. A ideia era não privilegiar candidatos com mais dinheiro para não desequilibrar as chances. Mas aí permitiram colocar plaquinhas em tudo o que é lugar, como calçadas, canteiros e rótulas. Quem tem mais dinheiro, terá mais dessas placas espalhadas por aí. Não seria muito mais inteligente liberar apenas os outdoors e limitar o número máximo para cada candidato? Se cada um pudesse colocar no máximo 5 ou 10 outdoors por 30 dias, o disparate financeiro não ficaria tão grande e ninguém tropeçaria em plaquinhas.


FAST FODE

O Brasil está na mesma linha alimentar temerária dos estadounidenses. Muito pão, comidas rápidas, calorias e pouca coisa realmente nutritiva e saudável. A previsão dos organismos que tratam da saúde é de que em poucas décadas teremos um país com maioria considerável de obesos. E daí os problemas de saúde que disso advém, inclusive psicológicos.


DOIS PESOS

Como gremista, fiquei realmente triste com os xingamentos ao goleiro Aranha, do Santos, no episódio que marcou o fim do Grêmio na Copa do Brasil. O clube acabou penalizado pela atitude de uma dúzia de babacas. Porém, não vejo nenhuma punição a clube algum quando chamam, por exemplo, algum jogador de bicha ou viado. Isto quer dizer que temos dois pesos e duas medidas na justiça desportiva e quem sabe no país?  Não se pode discriminar racialmente, mas sexualmente sim?  E chamar os juízes de filho da puta é legal?  Não é ofensa maior do que as demais?

Como diria um personagem de Jô Soares no antigo programa Viva o Gordo, “não precisa explicar, eu só queria entender”.


NO LIXO

E não é que encontraram uma tornozeleira eletrônica, dessas que colocam em presidiários, no lixo, em Blumenau?  Se ela estava ‘em uso’, é bom colocar as barbas de molho. Parece mais fácil de tirar do que pulseirinha de balada.


COISA BOA

Sábado, dia 20, é dia de correr de kart. Uma turma composta por jornalistas e outros amigos pisa fundo no kartódromo de Brusque, às 16h. Estou na fissura, já que na prova do mês passado tive contratempo de última hora e fiquei sem correr.  O amigo Alexandre Pereira (RIC/Clube), novo presidente da Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi) é o cara a ser batido.


domingo, 7 de setembro de 2014

MEDO E CORAGEM: QUESTÃO DE ESCOLHA



Medo e coragem são dois lados de uma mesma moeda. Somos nós, cada um de nós, que fazemos a escolha do lado que queremos adotar. Não é um sorteio, um cara ou coroa. É uma decisão que pode influenciar toda a nossa vida como parte integrante de nossa personalidade. Ao escolher o medo, você fragiliza a si próprio, acredita na incapacidade de enfrentar situações – às vezes até comuns – e se torna uma pessoa menos segura. Ao escolher a coragem, a situação se inverte. Você, mais auto-confiante, passa a correr mais riscos, enfrentar as adversidades e, ao vencê-las, torna-se ainda mais forte. Simples assim. Não é preciso ler livro de auto-ajuda, seguir uma religião ou acreditar em crendices heterodoxas. Basta apenas escolher crer em você mesmo.

Isto me lembra da minha infância. Víamos filmes de terror toda a meia noite de sexta-feira, na casa de minha avó, em Porto Alegre. Eram filmes realmente assustadores. Quando ia deitar, muitas vezes sonhava com o lobo mau (quase um contrassenso para alguém com o sobrenome Wolff). Acordava com medo e ia dormir na cama de meus pais. Até o dia em que resolvi enfrentar o bobo medo oriundo nas noites escuras de minha mente. Resolvi enfrentá-lo nas madrugadas de meu quarto. Aos poucos fui substituindo o medo pela coragem. Eu mesmo me ajudei. Passei pelo lobo mau e, inconscientemente, repassei a decisão para minhas outras adversidades e lutas, imaginárias ou do cotidiano real. Penso que deu certo. Mas é verdade que para isso tive que apostar todas as fichas em mim mesmo.

Talvez ter estudado em colégio de padres tenha até colaborado. Notei, em determinado momento, que as coisas – boas ou ruins – não vinham de crer ou não em religião. Ainda na adolescência, busquei outras explicações, que caminharam juventude adentro. E quanto mais buscava, mais compreendia que o poder não está lá fora, não está em crendices, em esoterismos ou qualquer outra força que não esteja dentro de nós mesmos. Mesmo que eu não soubesse à época, a decisão da coragem foi tomada ao mesmo tempo em que foi tomada a decisão de não terceirizar minha vida. Eu é que tomo conta dela. Eu é que decido o caminho por onde quero seguir. E eu colho os frutos ou desventuras de minhas decisões. Alguém já disse que “quando alimentamos mais a nossa coragem do que os nossos medos, passamos a derrubar muros e construir pontes”. É disso que se trata. Fazer uma escolha, ultrapassar as dificuldades e construir o próprio caminho.

Pensar assim tem vantagens. Você sai mais forte de cada barreira superada, de cada adversidade suplantada, de cada luta vencida. Você se torna um super homem pela sua vontade de potência, como pregaria Nietzsche. Não o super homem dos filmes, que veste capa e voa, mas o super homem que sabe que sua vida depende de suas decisões e não espera que o cosmo influencie nela. E pensar assim também tem suas desvantagens. Você não pode culpar ninguém pelas suas derrotas, não pode culpar o cosmo por seus deslizes ou imaginar que ter esperança resolverá as coisas. Tem que ter maturidade para assumir cada resultado do difícil cotidiano do dia a dia. Qualquer resultado, seja ele qual for, será o resultado de suas decisões mais o resultado de suas ações. Somente isso. E isso pode ser muito, muito bom. Afinal, do céu, só vem chuva.